Agregação de valor é apontada como alternativa para elevar vendas

A produção de frutas do Rio Grande do Norte destinada ao mercado interno tem como foco principal as grandes redes supermercadistas. O cenário atual favorece as negociações, especialmente as relacionadas ao melão. Números do Grupo Pão de Açúcar (GPA), maior representante do setor, dão conta de que 5.5% das frutas compradas são de melão. A quantidade é expressiva, mas segundo o gerente Comercial Nacional de Frutas Frescas do GPA, Renato Generoso, que ministrou palestra durante o lançamento da edição 2014 da Feira Internacional da Fruticultura Irrigada (Expofruit), na noite desta quarta-feira (7), em Mossoró, o dado pode ser ainda mais relevante. A agregação de valor é apontada como alternativa para elevar esta cifra.

“O total de 5.5% das compras já representa algo muito expressivo dentro do universo de compras do grupo, mas temos demanda para que esse número seja elevado. Agregar valor ao produto é uma saída. O mercado tem condições de absorver novos produtos como o melão já cortado ou em saladas prontas, por exemplo”, detalha.
De acordo com executivo, a alternativa está diretamente ligada ao novo perfil de consumidores brasileiros, que exigem, além da qualidade, cada vez mais praticidade nos produtos consumidos.
“Os consumidores têm uma vida super corrida, e toda facilidade que for apresentada, será benvinda. Produtos que facilitem este novo estilo de vida aumentarão o consumo e, consequentemente, o grupo passará a comprar mais a fruta”, alerta.
Outro fator a ser considerado é o fato do Rio Grande do Norte está localizado na Região Nordeste, a praça que apresenta maior crescimento junto ao Grupo Pão de Açúcar, entre 25% e 30% ao ano. Os investimentos do grupo na região também representarão aumento nas comercializações com fruticultores potiguares.

Além de variadas espécies de melão, mas com carro chefe o do tipo amarelo, o Grupo Pão de Açúcar compra ainda dos produtores potiguares como a mandioca, o mamão formosa e a melancia. Neste último caso, a quantidade ainda é pequena. A produção do Estado ainda é insuficiente para atender ao grupo em números mais elevados.

Fonte: Assessoria