O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu aumentar a taxa básica de juros (Selic) de 11,25% ao ano para 11,75% ao ano. Foi a segunda alta seguida dos juros. A primeira elevação foi feita somente três dias após à reeleição da presidente Dilma.

A nova alta era esperada pelo mercado. O BC teve de apertar a política contra a inflação pela persistência da alta de preços. O índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em 6,59%, acima do teto da meta estabelecida pela própria equipe econômica.

A medida do Copom é acertada do ponto de vista técnico, e chega inclusive tarde demais, pois vários economistas apontavam tal necessidade antes. Mas fica exposta a falácia da campanha de Dilma, que deseduca a população mais ignorante.

O barato sai caro. O governo Dilma manteve a taxa de juros artificialmente reduzida por tempo demais, de olho apenas nas eleições e também por equívocos ideológicos dos desenvolvimentistas. Agora precisa jogar a taxa para cima, colocar o Brasil na liderança das maiores taxas de juros do mundo, enquanto em termos de crescimento estamos na rabeira do ranking. (Veja)