O jornal “Financial Times” destacou que os manifestantes “em verde e amarelo, com bandeiras e balões”, evocam uma atmosfera semelhante à dos protestos de junho de 2013. “Enquanto analistas dizem que o impeachment [de Dilma Rousseff] é improvável, os protestos acrescentam um clima de instabilidade política”, diz a publicação.

De acordo com o jornal, a tensão política levou o real a sua menor cotação em 12 anos frente ao dólar, e torna ainda mais difícil a introdução de medidas de austeridade necessárias para corrigir a situação fiscal do país”.

Ao “FT”, João Augusto de Castro Neves, especialista em relações internacionais do Eurasia Group, afirmou ao jornal que as medidas de equilíbrio fiscal darão o tom do descontantamento popular e das mobilizações que a presidente pode enfrentar nos próximos meses.

 

A “Bloomberg” noticiou neste domingo que a insatisfação popular cresceu depois que o governo aumentou impostos e preços que estavam represados, como da gasolina, ao passo que o país passa por seu “maior escândalo de corrupção”.

A rede também destacou que os protestos são os maiores no país desde junho de 2013, quando mais de um milhão de pessoas levantaram a voz exigindo melhorias nos serviços públicos e o fim da corrupção.

A “Forbes” destacou, em publicação deste sábado (14) em seu site, que os manifestantes não estão interessados no futuro do Partido dos Trabalhadores (PT), mas no futuro do Brasil. “E neste momento, a visão de curto-prazo desse futuro é um grande mistério. Há ondas e ondas tempestuosas contra Dilma desde o começo de 2015”, apontou a publicação.   ( Imagens de Carlos Scarlack )