Um grupo de parlamentares apresentará ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de retirada de Abraham Weintraub do cargo de ministro da Educação.

Eles querem o que chamam de “impeachment” do ministro por suposto crime de responsabilidade. Haverá na tarde desta terça-feira uma entrevista na qual os parlamentares detalharão as acusações e apresentarão o texto que será entregue ao STF.

O texto se apoia em trechos do relatório produzido pela Comissão Externa de Acompanhamento do MEC (Comex), presidida pela deputada federal Tabata Amaral (Sem partido-SP) e sob relatoria do deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES).

Dezenove parlamentares assinam o pedido: Felipe Rigoni (PSB), Tabata Amaral (sem partido), João Campos de Araújo (Repúblicanos), Raul Henry (MDB), Reginaldo Lopes (PT), Professor Israel (PV), Aliel Machado (PSB), Rodrigo Agostinho (PSB), Marcelo Calero (Cidadania), Maria do Rosário (PT), Perpétua Almeida (PCdoB), Margarida Salomão (PT), Danilo Cabral (PSB), Rafael Motta (PSB), Joênia Wapichana (Rede), Fabiano Tolentino (Cidadania) e Alexandre Frota (PSDB) e pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania) e Fabiano Contarato (Rede).

Entre os argumentos que justificam a “eloquente ineficiência do ministro” estão: a ausência de políticas de alfabetização; as falhas do Enem; o favorecimento de apoiadores do Governo; ofensas às mães de diferentes cidadãos; e a omissão quanto ao uso de R$ 1 bilhão resgatados pela Lava Jato.

“A denúncia é baseada em quase um ano de reuniões, requerimentos e análises. Há um relatório robusto comprovando a ineficiência, que é um princípio constitucional. A Educação é fundamental para o desenvolvimento socioeconômico do país, mas vem sendo tratada com descaso e irresponsabilidade. É nosso papel cobrar mudanças”, afirmou Rigoni.

Já Tabata Amaral afirmou que o Enem foi uma “tragédia anunciada”. “O volume de assinaturas mostra que, mesmo discordando em muitas coisas no dia a dia, o que nos une é a busca por soluções para a Educação”, defendeu.

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