Os estados brasileiros devem comunicar amplamente que o imunizante Sputnik V não possui avaliação de qualidade, eficácia e segurança. Esta é uma das restrições dadas pela Anvisa para a importação controlada aprovada nesta sexta-feira (4).

O gerente-geral de medicamentos Gustavo Mendes disse que a importação, distribuição e uso da vacina devem ser suspensos caso a Anvisa ou OMS reprovem o uso emergencial da Sputnik V. “Os estados devem comunicar amplamente à sociedade que a vacina Sputnik V importada não possui avaliação da Anvisa quanto aos critérios de qualidade, eficácia e segurança. Nós não tivemos acesso aos dados, então, como atestar?”, disse ele.

Mendes alertou ainda que passa a ser responsabilidade dos estados evitar que sejam trocadas as doses da Sputnik V.

A primeira e segunda dose do imunizante russo têm adenovírus diferentes e devem ser administradas conforme a bula. “Todas essas condicionantes terão que estar na bula. Como essa vacina é com dois adenovírus, o risco de troca dos dois componentes é grande, por isso estados deverão estabelecer as ações necessárias para evitar os erros de trocas entre os dois componentes da vacina”.