Os efeitos da dívida crônica — aquela que compromete mais de 50% do orçamento familiar e que perdura por meses ou anos — são muito mais devastadores para a saúde do que simples dores de cabeça. É o que mostra uma pesquisa da Universidade Northwestern, dos Estados Unidos, publicada no ano passado. Segundo o estudo, o estresse do endividamento afeta todo o organismo, numa reação em cadeia, e eleva a probabili­dade de problemas graves, como úlceras e derrames. No Brasil, 64,3% das famílias estão endividadas, segundo a Confederação Nacional do Comércio. Isso significa que mais da metade da população brasileira vive sob a angústia de saber que o dinheiro acabará antes do fim do mês. Essa é uma das explicações para o fato de sermos o segundo povo mais estressado do mundo, atrás apenas dos japoneses, para quem o trabalho é a maior fonte de preocupação.