Em reunião com Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), deputados evangélicos pediram a cabeça do ministro Fernando Haddad (Educação) após a polêmica envolvendo o “kit anti-homofobia”, informa o “Painel” da Folha, editado por Renata Lo Prete (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Os parlamentares ouviram de Carvalho: “Como cristãos, vocês precisam perdoar o ministro”. E responderam: “Perdoamos, mas ele tem que se retratar!”.

Ontem, a presidente Dilma Rousseff determinou a suspensão da produção e distribuição do kit em planejamento no Ministério da Educação, e definiu que todo material do governo que se refira a “costumes” passe por uma consulta aos setores interessados da sociedade antes de serem publicados ou divulgados.

Segundo o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), Dilma considerou o material do MEC “inadequado” e o vídeo “impróprio para seu objetivo”.

Os vídeos do kit anti-homofobia, que foram suspensos por determinação da presidente Dilma Rousseff, poderão ser integralmente refeitos, disse hoje o ministro da Educação, Fernando Haddad. Segundo o ministro, Dilma entendeu que o material da forma como está não combate a homofobia. “A presidente entendeu que ele não foi desenhado de maneira apropriada para promover aquilo que pretende, que é o combate à violência, à humilhação dessas pessoas na escola, à evasão desse público”, comentou o ministro.

O kit de combate à homofobia seria composto por três vídeos e um guia de orientação aos professores. Os vídeos, com duração de cinco minutos, enfocariam transexualidade, bissexualidade e a relação entre duas meninas homossexuais. O material seria enviado a seis mil escolas de ensino médio no segundo semestre deste ano.