O Ministério Público Federal (MPF) pedirá esta semana o indiciamento por contrabando de alguns dos jogadores e artistas que compraram os carros importados apreendidos pela Polícia Federal (PF), na sexta-feira (7), durante a “Operação Black Ops”. De acordo com o MPF, em alguns casos há evidências de que os clientes sabiam que os carros vendidos eram ilegais.

Entre os jogadores de futebol contam os nomes do atacante Emerson, do Corinthians, e Diguinho, do Fluminense. Todos negam as acusações. A importação de veículos usados é considerada contrabando pela legislação brasileira, mas os contrabandistas conseguiam a entrada dos carros como novos com a falsificação de documentos e pagamento de propinas nos portos do Recife, de Vitória e do Rio. A quadrilha atuava em 15 estados.

“Em diversas transações, existem elementos fartos nos autos que levam a conclusão de que o comprador do veículo sabia que o carro tinha origem ilegal. Chamaremos para prestar depoimento aqueles sobre os quais pairam dúvidas (sobre a inocência), mas em caso de indícios fortes os compradores serão processados”, afirmou o procurador da República, Antônio Cabral. O MPF aguarda apenas a lista de apreensões durante a operação, que deverá ser fornecida pela PF e pela Receita Federal, para denunciar os compradores.

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