O delegado Vitor Pubel da delegacia de crimes financeiros, da Polícia Federal do Rio de Janeiro, será o responsável pelas investigações contra Ricardo Teixeira e seu irmão Guilherme Teixeira, ambos suspeitos de lavagem de dinheiro, na gestão da empresa Sanud. Além de presidir a Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo dirige também o Comitê Organizador Local da Copa 2014

O pedido de investigação foi encaminhado pelo procurador da República Marcelo Freire há 15 dias. Em seu ofício, o procurador deu um prazo inicial de 90 dias para que o trabalho seja concluído.

O MPF pede que a Polícia Federal investigue a evolução patrimonial de Ricardo Teixeira, seus sócios e familiares, além do irmão Guilherme.

O inquérito que está na Delegacia de Crimes Financeiros,  na Polícia Federal/RJ,  vai apurar novas denúncias contra as duas empresas de Teixeira por remessa ilegal de dinheiro para o Brasil: a Sanud e a RLJ. Guilherme Teixeira é procurador da Sanud no Brasil, há mais de dez anos.

No ofício enviado à PF, o procurador da República Marcelo Freire diz que “Ricardo Teixeira e sua quadrilha podem ter cometido novos crimes de evasão de divisas”, usando a Sanud.

Agora, o caso ganha força pela entrada do CNJ na apuração da conduta de juízes que se relacionam com Ricardo Teixeira. Outro ponto  novo:  documentos que listam operações de suborno de mais de U$150 milhões citam também a Sanud com o beneficiária, em processo que corre na Suíça. Os suíços descobriam a Sanud e outras empresas de fachada em investigação sobre a falência da empresa que vendida os direitos de transmissão dos eventos da Fifa, a ISL.

“O caso está na Suíça mas os documentos serão requisitados pela Justiça brasileira”, informou uma fonte do Ministério Público Federal, habituada em investigações de crimes internacionais.

Da lista de empresa usadas para pagar propinas a dirigentes da Fifa, constam algumas empresas que podem esconder nomes de brasileiros, além de Ricardo Teixeira.  Wando, Beleza, Sicuretta, Renford Investments e Gilmark Tradings, com sede em Hong Kong, lideram os repasses ilegais, segundo investigadores europeus.