Da Agência Tucana

“Dramático. O país fica sem justiça para fatos que abalaram a sociedade.” Essa é a avaliação do presidente do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), sobre as declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, no jornal Folha de S. Paulo, de que alguns dos réus no escândalo do mensalão terão as penas prescritas antes da conclusão do julgamento.

O mensalão veio à tona em 2005 e 38 réus ainda aguardam o voto do ministro-relator, Joaquim Barbosa. Depois, Lewandowski irá revisar o processo, fazer um voto paralelo e, somente então, o julgamento terá a data marcada.

Muitos dos acusados são réus primários e, por isso, devem ter uma pena menor do que os que já foram condenados alguma vez pela Justiça.“Uma condenação a dois anos de reclusão prescreve em quatro anos. Ou seja, se mais da metade dos réus do mensalão receber penas iguais ou menores que esse tempo (pelo crime de formação de quadrilha), ninguém irá para a prisão por isso”, diz um trecho da matéria na Folha.

“Prevalece uma sensação de impunidade, porque a sociedade espera justiça, e não punir eventuais desvios é o pior dos mundos”, ressalta o presidente Sérgio Guerra.