O ex-deputado Roberto Jefferson, delator do mensalão, afirmou que o surgimento do tumor no pâncreas se deve à pressão que sofre desde que denunciou o esquema, em 2005, como informa o Terra. “Isso é pressão, é pau. Foi um para-choque meu. Tensão, pressão, sofrimento. Tem um lugar em que explode. Eu somatizei”, disse.

Amanhã, ele será submetido a uma cirurgia, no Rio de Janeiro. Segundo seus médicos, as chances de cura são de 60% a 70%, caso não sejam descobertas metástases em outros órgãos.

Na próxima quinta-feira, o atual presidente nacional do PTB começará a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é um dos 38 réus da ação que investiga o maior escândalo do governo Lula.

“Não é consequência do julgamento, é a briga toda. As pressões todas do processo, a cassação, a luta”. Depois de denunciar o escândalo, Jefferson foi alvo de três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), teve o mandato cassado e perdeu os direitos políticos. “Todo o processo público é muito sofrido. Você vai a locais públicos e tem pessoas que entendem e pessoas que não entendem”, disse. Ele foi incluído entre os réus do processo por ter recebido R$ 4,5 milhões do esquema de Marcos Valério. No entanto, nega ter participado da venda de apoio ao governo no Congresso e diz que o PT repassou o dinheiro para cobrir gastos eleitorais do seu partido em 2004.