O Ministério da Economia aumentou a previsão de inflação para este ano e reduziu a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 e em 2022. As informações constam do Boletim Macrofiscal, divulgado hoje pela Secretaria de Política Econômica.

Conforme o boletim:

  • a previsão de alta da inflação subiu de 7,9% para 9,7%;
  • a previsão de alta do PIB caiu de 5,3% para 5,1%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Para 2022, a estimativa do governo também caiu de 2,5% para 2,1%. Mesmo com a redução, as expectativas do Ministério da Economia para a economia brasileira seguem acima das previsões do mercado. Isso porque, para 2021, analistas do mercado financeiro estimam crescimento de 4,88% e, para 2022, alta de 0,93%.

Segundo a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, o valor superior projetado para o crescimento do próximo ano, em relação às previsões do mercado financeiro, “se deve à melhora no mercado de trabalho e no investimento privado, principalmente em infraestrutura”.

Inflação

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, o Ministério da Economia elevou a projeção de 7,9% para 9,7% em 2021. A expectativa de inflação do governo se distanciou ainda mais do centro da meta para este ano (3,75%) e também do teto (5,25%). Com isso, o governo admitiu novamente que a meta deve ser descumprida. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). A previsão da Secretaria de Política Econômica para a inflação está próxima da estimativa do mercado financeiro, que é de alta de 9,77% em 2021.

Para 2022, a estimativa do Ministério da Economia para a inflação subiu de 3,75% para 4,70%. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.