Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está endurecendo seus discursos sobre o conflito armado entre Israel e o grupo extremista Hamas, da Palestina. As palavras do petista, sobretudo após a repatriação de brasileiros e parentes que estavam na Faixa de Gaza, trazem para a política interna um pedaço da tensão do conflito no Oriente Médio.

Lula já havia condenado o Hamas por “ataques terroristas”, mas, ao longo das seis semanas de guerra, o presidente passou a repreender também as ações israelenses, apesar de pontar que o país foi “provocado” pelos ataques de 7 de outubro, que miraram sobretudo alvos civis e deixaram 1,4 mil mortos.

“Já vi muita brutalidade, muita violência, mas nunca vi violência tão bruta contra inocentes. Se o Hamas fez um ato de terrorismo, fez o que fez, o Estado de Israel está cometendo vários atos de terrorismo”, criticou o presidente na segunda-feira (13/11), ao receber um grupo de 32 repatriados em Brasília.

As falas duras do petista contra Israel estão provocando reações de seus adversários políticos. O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, se manifestou dizendo que, “ao igualar Israel e Hamas, Lula mantém uma narrativa perigosa e distorcida, relativizando o terrorismo e ignorando a legítima defesa de Israel”.

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