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Dólar passa de R$ 3,40 e fecha no maior valor em 16 meses; bolsa tem queda
Postado às 19:29 Hs
Em dia de tensões no mercado financeiro, a moeda norte-americana fechou no maior valor desde o fim de 2016, e a bolsa teve forte queda. O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (9) vendido a R$ 3,422, com alta de R$ 0,054 (+1,6%). A cotação está no maior valor desde 5 de dezembro de 2016, quando a moeda foi vendida a R$ 3,429.
Na Bolsa de Valores, o dia foi de oscilações. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, começou o dia em alta, mas reverteu a tendência e encerrou a segunda-feira com queda de 1,78%, aos 83.307 pontos. O indicador está no menor nível desde 9 de fevereiro (80.899 pontos).
Esse foi o primeiro dia de negociação após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além das tensões políticas no Brasil, o mercado foi influenciado pelo aumento das tensões comerciais as duas maiores economias do planeta. Nesta segunda-feira, o governo chinês descartou a possibilidade de negociações com os Estados Unidos, classificando de intransigente a postura do governo do presidente Donald Trump de sobretaxar produtos chineses em até US$ 150 bilhões.
Ibovespa, principal índice da BM&F Bovespa, abriu com alta de 0,21%
O mercado financeiro celebra nesta quarta-feira o acordo entre a Casa Branca e o Congresso americano que pôs fim ao chamado abismo fiscal nos Estados Unidos. A Bolsa de Valores de São Paulo abriu o primeiro pregão do ano em alta e às 11h25 o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, já marcava aceleração de 2,62%, aos 62.548 pontos.
Na madrugada desta quarta-feira (noite de terça no horário local), a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou o projeto legislativo enviado pelo Senado que afasta os efeitos do chamado abismo fiscal, que poderia levar a principal economia do mundo à recessão. Mas o pacote aprovado deixa importantes questões em aberto – e abre brecha para um novo embate entre o presidente americano Barack Obama e o Congresso já em fevereiro. No mês que vem os EUA devem alcançar mais uma vez seu limite de endividamento, o que exigirá novas negociações para determinar o futuro dos gastos governamentais. (Veja)
Portal iG
O pessimismo tomou conta do mercado financeiro na abertura desta semana. De olho principalmente na piora da situação econômica externa, investidores fugiram de ativos de maior risco, caso das bolsas e das commodities.
No Brasil, o mercado acionário não conseguiu escapar do movimento vendedor e sofreu forte depreciação. Após oscilar entre 60.098 pontos e 61.501 pontos, o Ibovespa fechou os negócios com baixa de 2,10%, aos 60.223 pontos. Foi a maior queda diária desde 9 de fevereiro (-2,36%) e o menor patamar desde 26 de maio de 2010 (60.190 pontos).
O giro financeiro do dia atingiu R$ 5,172 bilhões. Com a trajetória desta segunda-feira, o Ibovespa marcou a quinta desvalorização seguida, período em que acumulou perda de 5,7%. Tal sequência negativa não era vista desde o intervalo entre 8 e 14 de abril, quando o índice caiu 4,2% também em cinco sessões. No ano, o Ibovespa já acumula queda de 13,1%.
Na Europa, as bolsas também caíram, com o temor por parte de investidores de que a Itália não consiga cumprir compromissos com seus credores. Em Milão, a bolsa caiu 3,96%, enquanto o índice DAX, de Frankfurt, recuou 2,33%.
O motivo do temor é a alta dívida pública italiana, equivalente a 120% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Entre os países da zona do euro, este percentual só menor que o da Grécia, cujo endividamento atinge 150% da riqueza nacional.
O assunto chegou a ser tratado na reunião de emergência dos chefes de Estado e de governo dos países da zona do euro, convocada nesta segunda-feira em Bruxelas pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
A Itália, terceira maior economia da zona do euro (atrás apenas de Alemanha e França), tem honrado seus compromissos, mas o temor de contágio da crise grega derrubou a bolsa de Milão na última sexta-feira. As empresas com maior perda foram justamente os bancos credores do governo.
Gol
As ações da empresa de aviação fecharam na segunda principal baixa do Ibovespa, com -5,16%. No final do dia, chegaram a liderar as maiores perdas. Analistas não gostaram da compra da Webjet. De acordo com alguns operadores de bolsa, a frota da companhia adquirida é antiga e precisa ser renovada. Para fazer isso, a empresa precisaria emitir dívida, o que descartou em conferências com a imprensa e analistas. Agora, especialistas esperam um aumento de capital, o que pode diluir participação de acionistas.