Depois de chegar ao menor valor da série histórica em outubro, o número de focos de queimadas na Amazônia voltou a subir em novembro, mesmo com o início das chuvas em algumas regiões. Foram registrados até esta sexta-feira, 29, 10.223 focos. É uma alta de 30% em relação ao mês passado (que teve 7.855 focos) e de 15% em relação ao mês de novembro de 2018.

Os incêndios no bioma amazônico, que tinham chamado a atenção internacional em agosto após atingirem os maiores níveis desde 2010, caíram em setembro e outubro, em parte por conta das ações das Forças Armadas na região com o estabelecimento de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

O bom resultado de outubro com os incêndios tem sido usado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, como um exemplo de que o governo tem agido contra a ilegalidade. Ele usou esse argumento como contraponto quando anunciou a alta de desmatamento revelada pelo sistema Prodes, do Inpe, para o período de agosto do ano passado a julho deste ano, de 29,5% – a maior desde 2008.

Mas, como o Estado revelou em diversas reportagens, os índices de desmatamento continuaram crescendo em setembro ( e outubro, assim como a extração de madeira por meio de corte seletivo.

No ano, o número de queimadas da Amazônia também é mais alto que o de 2018. Até esta sexta, foram registrados 84.828 focos, ante 68.345 no ano passado inteiro – alta de 24%.

O jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu contatar o ministério na noite desta sexta. À TV Globo, em comentário sobre o desmatamento, Salles disse: “Somente as operações de fiscalização, comando e controle não vão resolver o problema. Tem que melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem na Amazônia, com prosperidade e desenvolvimento econômico sustentável. Isso sim é uma solução duradoura.”

01
set

Alterado

Postado às 21:41 Hs

Novo decreto do governo permite queimadas fora da Amazônia Legal

O presidente Jair Bolsonaro alterou o decreto que proibia as queimadas em todo o País durante o período da seca e abriu uma exceção para as práticas agrícolas fora da Amazônia Legal.

O novo decreto presidencial, publicado em edição extra do Diário Oficial na sexta-feira (30/8), permite a realização de queimadas em razão de “práticas agrícolas, fora da Amazônia Legal, quando imprescindíveis à realização da operação de colheita, desde que previamente autorizada pelo órgão ambiental estadual”.

A medida altera o decreto publicado pelo presidente na quinta-feira (29/8), e que havia proibido por 60 dias a realização de queimadas em todo o território nacional.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu, hoje, ao Supremo Tribunal Federal (STF) que parte do dinheiro pago pela Petrobras em um acordo com autoridades em decorrência da Operação Lava Jato seja usado no combate às queimadas na Amazônia Para encerrar investigações sobre a empresa nos Estados Unidos, a Petrobras acordou com autoridades norte-americanas o pagamento de US$ 853,2 milhões. Desse valor, US$ 682 milhões devem ser aplicados no Brasil.
abr 26
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