O pesquisador da Universidade das Nações Unidas, Pablo Munoz, afirmou nesta sexta-feira que o crescimento dos investimentos em educação impulsionou o resultado do Brasil no Relatório de Riqueza Inclusiva, um novo indicador para medir o desenvolvimento dos países divulgado pela ONU durante a Rio+20.

No entanto, segundo ele, houve retrocesso em termos de proteção ambiental. O relatório, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela Universidade das Nações Unidas sobre Mudança Ambiental Global, é mais amplo que o Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), pois leva em conta o capital fabricado, o capital humano e o capital social.

Em ranking baseado num novo cálculo que associa riqueza dos países com uso dos recursos naturais, divulgado neste domingo (17) pelo programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnuma), braço da ONU, o Brasil ficou em quarto lugar, empatado com Índia, Japão e Reino Unido e na frente dos Estados Unidos.

A China foi a primeira colocada, seguida da Alemanha. O indicador foi apresentado neste domingo na Rio+20. O resultado, porém, não indica um cenário otimista – China, Estados Unidos, África do Sul e Brasil aparecem com tendo esgotado parte significativa de seu capital natural – a soma de um conjunto de recursos renováveis e não renováveis, como combustíveis fósseis, florestas e pesca.