Depois de encerrada a última fatia do processo do mensalão, o julgamento segue para sua última etapa: a dosimetria- quando os ministros definirão quais as penas dos 25 réus condenados pelos crimes de formação de quadrilha, gestão fraudulenta de instituição financeira, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Por exemplo, Marcos Valério pode pegar o mínimo de dez anos de prisão e José Dirceu, três anos. É o que explica o advogado criminalista Fabio Tofic Simantob, que acompanhou a sessão desta segunda-feira (22) na redação do

Entre os condenados estão ainda os membros da cúpula do PT (Partido dos Trabalhadores) José Genoino e Delúbio Soares, dirigentes do Banco Rural, o deputado João Paulo Cunha e o ex-deputado Roberto Jefferson.Independentemente da forma escolhida pelo relator para apresentar as penas, a fala sobre cada réu é individualizada. Joaquim Barbosa deve ler seu voto sobre todos os crimes cometidos pelo réu, e então irá declara a pena e multa que definiu.

 

Para racionalizar esta etapa, os ministros devem seguir o relator ou revisor e apenas acrescentar suas sugestões até que se chegue a um consenso.“Dosimetria é uma coisa muito simples, é o critério trifásico (…). O tempo depende do grau de convencimento do relator e do revisor”, avaliou o ministro-revisor, Ricardo Lewandowski.

“Meu voto será rápido porque os fatos já estão todos delineados. Agora resta saber se há um vínculo, um elo subjetivo entre os réus ou não para cometer crimes”, completou Lewandowski, que tem tomado, ao longo do julgamento, praticamente o mesmo tempo que o ministro-relator Joaquim Barbosa para proferir seu voto.Os ministros devem decidir ainda se os magistrados que inocentaram o réu votam pela pena.(UOL)