A economia brasileira cresceu 0,6% no terceiro trimestre em comparação com o dado imediatamente anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento chegou a 0,9%. Os dados fazem parte das Contas Nacionais Trimestrais divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Produto Interno Bruto alcançou R$ 1,098 trilhão.

Com os 0,6%, a economia brasileira registrou desempenho inferior ao de países como China (2,2%), Chile (1,4%) e Venezuela (3,6%). O crescimento foi o mesmo registrado pela Suíça. Economias robustas, como Portugal, Itália e Espanha mostraram que ainda não se recuperaram da crise financeira internacional, registrando variação negativa de 0,8%, 0,2% e 0,3%, respectivamente, na comparação com o segundo trimestre. O índice, contudo, é melhor do que o registrado no trimestre passado, quando as nações registraram resultado negativo de 1,2%, 0,7% e 0,4%.

 Reação

O ministro da Fazenda, Guido Mantega afirmou que está satisfeito com a reação da economia brasileira, mas prevê um avanço mais intenso no próximo trimestre. “O resultado poderia ser melhor, mas temos de olhar o que está acontecendo na economia. O resultado não mostra toda reação”.

Ele atribuiu o resultado do PIB abaixo do esperado, tanto pelo governo como para analistas, devido à estagnação do setor de serviços. “O setor representa mais de 60% do PIB”., afirmou o ministro.

Embora o comércio tenha crescido 0,4%, as transações financeiras caíram 1,1%. “Isso explicado pela menor oferta de crédito dos bancos e pela redução do ‘spread’, um fato que é positivo em um primeiro momento acaba tendo um efeito negativo (no PIB)”, disse.

Para a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, esse é o melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2011 e demonstra que o Brasil está retomando o crescimento. “Acredito que as medidas que foram tomadas durante o ano começam a dar resultado”, disse. Segundo a ministra, a atual situação permite ao governo acreditar que o país crescerá 4% no ano que vem.

Fonte: O Povo