O Ministério da Saúde deu início à segunda fase da campanha de prevenção à aids. Antes do carnaval, o apelo era para o uso de preservativos. Agora, a pasta convoca todos para a realização do teste de detecção do HIV.
De acordo com o ministério, é importante lembrar que é preciso esperar 30 dias a contar da última relação sexual sem preservativo para fazer o exame. Segundo o departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, antes desse período, não é possível detectar o HIV no organismo.
A recomendação para realizar o teste vale para pessoas que tiveram relação sexual desprotegida (inclusive sexo oral) e que fizeram uso de seringas ou agulhas compartilhadas. As mulheres que desejam engravidar também são aconselhadas a conhecer a condição sorológica, uma vez que a medida pode evitar a transmissão vertical do HIV (de mãe para filho).
Para informações sobre locais onde fazer o teste para detectar o HIV, basta acessar o site www.aids.gov.br/pagina/servicos-de-saude.Dados do ministério indicam que cerca de 630 mil pessoas vivem com o vírus da aids no Brasil – 255 mil delas não sabem do diagnóstico porque nunca fizeram o teste.
É melhor não ser bobo.
O material educativo de prevenção e os preservativos são disponibilizados para as Regionais de Saúde (USARPs), municípios e organizações não governamentais parceiras da Sesap. Os gestores municipais devem solicitar junto à regional de saúde a sua cota extra.
A campanha de prevenção às DST/Aids e hepatites virais no carnaval 2011 lançada oficialmente nesta sexta-feira (25) pelo Ministro da Saúde Alexandre Padilha terá como público alvo as mulheres de 15 a 24 anos. Segundo o MS esse público foi escolhido porque a infecção entre elas tem aumentado nos últimos anos, a idéia é colocar a mulher como protagonista de sua história.
No RN, segundo dados do boletim epidemiológico de 2010 produzido pela Sesap, nos últimos dez anos o número de casos no sexo feminino apresenta uma tendência de crescimento passando da relação de 20 homens para uma mulher em 1989, para 2,1 homens por mulher em 2009. Em relação à faixa etária, a maior concentração de casos está entre 20 e 49 anos (81%).
Tá no Portal R7:
As jovens de 15 a 24 anos de idade, com baixa escolaridade e renda, são o principal alvo da campanha publicitária de prevenção à Aids do carnaval deste ano. O Ministério da Saúde lançará a campanha na próxima sexta-feira (25).
De acordo com o Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais, a campanha terá duas fases.
Antes do carnaval, o apelo é para o uso do preservativo nas relações sexuais. Depois do período da festa, a ideia é estimular as pessoas que tiveram relação sexual desprotegida com parceiro casual ou fixo a fazerem o teste de HIV.
Desde 2008, as mulheres têm sido objetivo das campanhas nacionais de prevenção à Aids no carnaval porque pesquisas constatam aumento de casos da doença nesse grupo.
Embora o número de homens com Aids seja maior que o de mulheres no Brasil, a diferença vem diminuindo nos últimos anos. Em 1989, para cada seis homens infectados, havia uma mulher. Em 2009, a proporção registrada era de 1,6 caso entre homens para uma mulher.
De 1980 a junho de 2010, 65,1% das infecções correspondem ao sexo masculino (385.815 casos), ante 34,9% do sexo feminino (207.080 casos).
Entre os infectados, o grau de escolaridade das mulheres é mais baixo em comparação ao dos homens. A média delas é de quatro a sete de anos de escolaridade. Entre os homens, é de oito a 11. Os dados foram divulgados pelo departamento no dia 1º de dezembro do ano passado, Dia Mundial de Luta Contra a Aids.
Tem que ser sempre e não somente em eventos , a AIDS não tem cura.
Em evento com ONGs em São Paulo, o ministro da Saúde cogitou a hipótese da formação de um estoque regulador de medicamentos antirretrovirais que traga independência do Brasil em relação ao mercado internacional
O diagnóstico precoce será o foco da ação do Ministério da Saúde no combate à aids, disse nesta segunda-feira (24) o ministro Alexandre Padilha ao participar do Fórum ONGs de Aids de São Paulo. Ele afirmou que o tratamento com medicamentos antirretrovirais dão qualidade de vida ao portador do vírus HIV, principalmente quando o diagnóstico é feito cedo.
A questão do diagnóstico foi uma das principais demandas apresentadas pelo fórum. Segundo o presidente do Grupo Pela Vidda (Valorização, Integração e Dignidade do Doente de Aids), Mário Scheffer, essa medida pode ajudar a reduzir as cerca de 11 mil mortes anuais causadas pela doença, ainda que seja louvável o fato das medidas da área de saúde terem conseguido fazer com que esse número esteja estacionado no mesmo patamar há vários anos.
Em entrevista depois do encontro, Padilha ressaltou que haverá uma atenção especial aos grupos mais vulneráveis, como os usuários de crack. Esse enfrentamento deverá ser adicionado ao planejamento de combate à droga.
Jovens que não são atingidos pelas etapas iniciais das campanhas de prevenção são outra parcela da população que terá atenção especial. Para isso, o ministro destacou que a internet será de grande importância. “Você tem, hoje, por meio da internet, uma troca permanente de informações e de acesso também a situações que possam implicar em risco não só da aids, mas de outras doenças sexualmente transmissíveis.”
Os movimentos sociais também pediram ao ministro que seja garantido o fornecimento ininterrupto dos medicamentos antirretrovirais. Scheffer disse que, no final de 2009 e no início de 2010, faltaram remédios que dão qualidade de vida aos cerca de 200 mil portadores do HIV.
Padilha disse vai solicitar aos técnicos do ministério e à direção do Programa Nacional de DST/Aids para ter um diagnóstico claro de quais são os possíveis gargalos no fornecimento dos medicamentos. Ele cogitou, inclusive, a hipótese da formação de um estoque regulador que traga independência do Brasil em relação ao mercado internacional.
Segundo Scheffer, essa foi a primeira vez em que um ministro ouviu os movimentos sociais, independentemente da equipe técnica do governo que acompanha e desenvolve o programa de enfrentamento à aids. “Isso para gente é uma novidade”, elogiou.
Para Padilha, o combate à aids é um exemplo de como os usuários do sistema de saúde podem ajudar a aprimorar o atendimento.
Fonte: Agência Brasil
Dados do ministério mostram que no Brasil cerca de 630 mil pessoas vivem com o HIV. Referente ao primeiro semestre de 2009, o número é estimado, pois são notificados apenas os casos de soropositivos que tomam medicamento antirretrovirais.
De acordo com diretor adjunto do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, esse número deve aumentar, já que o número de pessoas com vida sexualmente ativa que fizeram o teste pelo menos uma vez passou de 40%, em 2009, para 60% em 2010.
“Esse aumento é o reflexo das campanhas incentivando a população a realizar o teste”. Segundo ele, o Estado deve oferecer estrutura para que os portadores do vírus tenham acesso ao tratamento, assim como fortalecer políticas de prevenção, principalmente para os grupos de maior vulnerabilidade.
Uma das metas do ministério é ampliar o número de testes de HIV por meio do programa Fique Sabendo. Os exames para detectar o vírus são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma sigilosa e gratuita. Os laboratórios da rede particular também fazem o teste. Nos centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), que são unidades da rede pública, os exames podem ser feitos.
Barbosa ainda ressalta a importância da expansão do programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE). Ele diz que, embora o jovem tenha alto grau de conhecimento sobre o que é o vírus HIV e a importância do uso da camisinha, muitos mantêm relações sexuais sem o uso do preservativo.
A campanha do Ministério da Saúde também procura enfatizar os cuidados para evitar a transmissão entre lésbicas, gays, bissexuais e travestis.
Entre os objetivos da campanha, que será lançada hoje (1º), está a desconstrução do preconceito sobre as pessoas vivendo com HIV. O tema é O Preconceito como Aspecto de Vulnerabilidade ao HIV/Aids.
Fonte: Agência Brasil
Deu em : O Globo
Cerca de um terço dos portadores do vírus HIV na América Latina são brasileiros, segundo aponta um estudo sobre a epidemia global de Aids divulgado nesta terça-feira pela ONU.
A pesquisa, realizada pelo programa das Nações Unidas para a Aids (Unaids), também indica que 1,2 milhão de anos de vida de pacientes contaminados pelo HIV foram ganhos no Brasil entre 1996 e 2009, graças ao tratamento antirretroviral.
No entanto, segundo o estudo, a projeção do número de pessoas contaminadas com o vírus no Brasil cresceu nos últimos anos, ficando entre 460 mil e 810 mil pessoas em 2009, contra um mínimo de 380 mil e um máximo de 560 mil em 2001.
Entre 360 mil e 550 mil dos infectados com HIV no Brasil têm 15 anos ou mais, segundo informa o relatório. Já o número de mulheres adultas contaminadas no país em 2009 ficou entre 180 mil e 330 mil.
O número de mortes relacionadas à Aids no Brasil ficou entre 2 mil e 25 mil em 2009, contra um mínimo de 7,2 mil e um máximo de 24 mil em 2001. Já o número de novas infecções em 2009 se situou entre 18 mil e 70 mil.
A pesquisa indica ainda que o Brasil é um dos países de média e baixa renda com melhor situação em termo de prioridade de investimento para a prevenção do HIV. Entre zero e um, o país obteve uma nota 0,8 no índice.
A estimativa do número de infectados com o HIV nas Américas do Sul e Central cresceu pouco nos últimos anos, passando de algo entre 1 milhão e 1,3 milhão em 2001 para entre 1,2 milhão e 1,6 milhão em 2009.