14
set

Crõnicas & Dicas – ” Vaidades “

Postado às 17:11 Hs

O despertar da vaidade

Estudos mostram que a procura por cirurgia plástica na adolescência só cresceu nos últimos cinco anos. Entenda os prós e contras dessa escolha.

A busca pela beleza e pela juventude não é uma luta exclusiva do homem contemporâneo. Existe ao longo dos séculos e acompanha as principais mudanças ideológicas da sociedade. Na Grécia Antiga, cultuava-se a beleza dos deuses sedutores e gordos, que traziam o ideal de juventude e vitalidade. No século XIX, o padrão passou a apresentar mais curvas, ancas largas e seios fartos, que se referiam à capacidade de procriação da mulher. Já no século XXI, com a inserção feminina no mercado de trabalho, esse ideal mudou para o padrão que conhecemos hoje – mulheres altas e magras, com traços caucasianos e lábios cheios, cultuadas como o ideal de beleza e forma física.

A difusão desta imagem é grande: apoiada pelos meios de comunicação se tornou o padrão mais buscado nas clínicas de estética e cirurgia plástica. E cada vez mais os adolescentes fazem parte do público que procura o bisturi para satisfazer os padrões impostos pela sociedade, para os quais muitas vezes não estão preparados.

A adolescência é um período de grandes transições e transformações do indivíduo. Compreendida entre os 10 e os 20 anos, este tempo é marcado por mudanças hormonais e comportamentais que alteram a forma que o homem vê e se insere no contexto social. Uma das grandes dificuldades é a aceitação do corpo.

Busca

De acordo com estudos da psicologia social, a busca por referenciais externos para a formação da identidade é uma das características básicas da adolescência. Os jovens buscam a semelhança ideológica e física com seus ídolos como uma forma de auto-afirmação e inserção social. Muitas vezes essa aceitação não é simples, e o indivíduo pode desenvolver problemas no seu processo de socialização e de aceitação, como ocorrem com os casos de depressão e distúrbios alimentares.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC), em apenas nove anos houve um aumento de 1000% no número de cirurgias feitas em garotas entre 15 e 18 anos. A maioria das cirurgias, porém, são para corrigir imperfeições na boca e no nariz, além de lipoaspirações e diminuição ou aumento das mamas.

Para muitos especialistas, a idade mínima para realizar um procedimento de cirurgia plástica seria a de 18 anos, implicando certo “amadurecimento” por parte do indivíduo na sua escolha pelo procedimento. Entretanto, não há um consenso. Para cirurgião plástico Leonardo Spencer, é uma questão de análise de caso.  “No tocante à cirurgia craniomaxilofacial, a cirurgia de correção labial nos paciente fissurados é realizada aos três meses de idade. Se considerarmos as cirurgias estéticas, cada caso deve ser analisado isoladamente, não existindo um limite de idade, sempre devendo imperar o bom senso. Nos casos de orelha de abano, por exemplo, operamos por volta dos 10 anos de idade”, explica.

Pré-requisito

É considerado como pré-requisito que o paciente possua as condições físicas adequadas, como capacidade de regeneração do organismo, a qualidade da pele e desenvolvimento dos órgãos, necessário para avaliar o risco-benefício do procedimento. Quanto mais próximo da estrutura corporal de um adulto, mais previsível será o resultado, e diminuirão os riscos de mudanças causadas pelo crescimento e de insatisfação.

No caso dos adolescentes e adultos mais jovens, que procuram os consultórios em busca de resultados específicos e voltados para a questão estética, é preciso que o cirurgião esteja atento à condição psicológica do paciente. “Em geral, não há a necessidade de acompanhamento psicológico, a não ser que o cirurgião identifique alguma alteração, tal como o transtorno dismorfico corporal, no qual o paciente nunca irá se identificar e ficar satisfeito com o próprio corpo”, afirma Spencer.

Assim, é preciso entender quais as razões e necessidades que levam o indivíduo a buscar uma intervenção cirúrgica. Para o cirurgião plástico Leonardo Spencer, mesmo relacionada com ideais de beleza, a cirurgia estética esta vinculada com a saúde do paciente, só que a psicológica. “A cirurgia plástica está a serviço da sociedade, na tentativa de que os pacientes se sintam bem consigo, refletindo em sua vida social, afetiva, profissional. Toda cirurgia reparadora tem algum fim estético e toda cirurgia estética deve ter algum foco reparador. A melhor aceitação do corpo é sim uma questão de saúde”, concluiu Leonardo Spencer.

26
jul

Continua proíbido

Postado às 13:08 Hs


A Justiça Federal em Brasília manteve a validade de uma norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2009, que proibiu a realização de bronzeamento artificial por emissão de raio ultravioleta para fins estéticos.

Quatro clínicas recorreram à Justiça alegando que estavam tendo prejuízo com a proibição da atividade, mas o juiz entendeu que o interesse econômico não pode prevalecer sobre a saúde das pessoas.

De acordo com a Procuradoria Regional Federal da 1ª Região (PRF1) e a Procuradoria Federal junto à Anvisa, a proibição foi motivada por pesquisas científicas e pelas consultas técnicas feitas à sociedade. Os órgãos argumentaram que as câmaras de bronzeamento artificial foram incluídas nas práticas e produtos que podem provocar câncer pela Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (Iarc, na sigla em inglês).

Desde que a proibição da Anvisa entrou em vigor, várias clínicas tentam reverter a resolução na Justiça. Em alguns casos, liminares autorizaram o uso do equipamento, mas as decisões foram cassadas.

Maio 19
domingo
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