* * * A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, por meio de resolução publicada hoje (25) no Diário Oficial da União, a suspensão da fabricação, distribuição e comércio em todo o território nacional de álcool líquido com graduação acima de 54º Gay Lussac. A medida de estende a todas as empresas fabricantes e as associadas à Associação Brasileira dos Produtores e Envasadores de Álcool (Abraspea). Além de proibir a comercialização, a Anvisa determina que as empresas recolham o produto remanescente no mercado. Pertencem a Abraspea 14 empresas. Segundo dados da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), o Brasil produz 15 bilhões de litros de álcool por ano, sendo um 1% desse total destinado ao mercado de álcool engarrafado, aproximadamente 150 milhões de litros por ano, que equivalem a uma movimentação de cerca de R$ 215 milhões. A Abraspea estima que o mercado em gel, que deve substituir o produto líquido, não alcance 10% desse total, o que comprovaria que o novo produto não ganhou a preferência do consumidor.* * *

* * * Vice-presidente do Senado e ex-governador do Acre, Jorge Viana (PT) diz esperar ver o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) mais ativo na campanha de Aécio Neves (PSDB-MG) ao Palácio do Planalto em 2014. “Eu não sei por que o PSDB esconde do FHC. Eu gosto dele. Fui governador do Acre por oito anos e tenho orgulho do que fiz. Ele [Fernando Henrique] também deve ter e o PSDB tem de mostrar isso”, diz. O senador diz esperar que FHC “viaje mais com o Aécio” pelo Brasil para apresentar propostas contrárias ao projeto de poder petista. Na contramão, segundo ele, o mesmo será feito por Lula ao lado de Dilma. A presidente vai ampliar sua agenda de olho na reeleição. “A presidenta vai fazer uma agenda nova este ano. Ela vai andar o País mostrando as coisas do governo”, indicou. Fora da tribuna do Senado, onde o senador subiu na semana passada para rebater os “13 erros do PT” no governo apontados por Aécio, Viana afirma, segundo o Poder Online, que é “normal” o ataque da oposição. “Estamos governando há dez anos e é normal que nossos adversários se manifestem”, avalia. * * *

* * * Três anos atrás, enquanto o mundo ainda estava nas trevas da crise de 2008, o Brasil brilhava como um Sol ao meio-dia. O país crescia em ritmo acelerado, ajudado pelas medidas de estímulo do governo, e acabara de ser escolhido como palco da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. O brilho iluminava nossas vantagens competitivas – um ambiente institucional mais sólido que noutros países emergentes, um mercado interno gigantesco, uma agroindústria pujante e imensas riquezas minerais e energéticas. As publicações internacionais davam de ombros para os gargalos históricos da economia brasileira e reverenciavam o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. A austera revista britânica The Economist chegou a publicar uma reportagem de capa exaltando a força e o dinamismo do país. Sob o título “O Brasil decola”, a reportagem era ilustrada pela figura do Cristo Redentor disparando como um foguete em direção ao espaço sideral. O eterno país do futuro, outrora marcado por calotes nos credores externos, uma inflação estratosférica e um crescimento pífio, parecia ter se tornado enfim o país do presente, pronto para realizar seu potencial. * * *