Por seus advogados, o pecuarista José Carlos Bumlai pede a juiz da Lava Jato que libere seus ativos – confiscados desde novembro de 2015 -, e diz que ‘seria mais coerente’ que sequestro atingisse dirigentes do partido, Banco Schahin e ex-executivos da Petrobrás.

O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, pôs um fim nas relações muito próximas que mantinha com o PT. Por meio de seus advogados, ele pediu ao juiz federal Sérgio Moro que libere seus bens – confiscados desde novembro, quando foi preso na Operação Passe Livre, desdobramento da Lava Jato. A defesa alega que todos os ativos que Bumlai amealhou “possuem origem comprovadamente lícita”.

Eles partem para o ataque a outros protagonistas do episódio que envolve um enigmático empréstimo milionário do próprio Bumlai realizado em outubro de 2004 no Banco Schahin e a contratação para operar o navio-sonda Vitória 10.000.

“Seria mais coerente impor a constrição aos corréus, os afagados e protegidos donos do Banco Schahin, aos caciques do PT ou ainda aos que compunham a Diretoria Internacional da Petrobrás pois, se existe alguém que teve ganho patrimonial com a pouca-vergonha da contratação fraudulenta do tal navio-sonda, certamente não foi o peticionário (Bumlai)”, afirmam os criminalistas Arnaldo Malheiros Filho, Daniella Meggiolaro, Conrado de Almeida Prado e Lyzie de Souza Andrade Perfi, defensores do amigo de Lula.

ROMPIMENTO

O ataque de Bumlai escancara o rompimento com o partido que seu amigo fundou no início dos anos 1980. Admirador de Lula, a quem conheceu em 2002, o pecuarista se prestou a fazer o empréstimo que o levou à prisão no dia 24 de novembro de 2015, sob acusação formal de gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. Isolado, na iminência de uma pesada condenação que o juiz da Lava Jato poderá lhe infligir, Bumlai foi para cima do PT. A origem da acusação ao pecuarista é exatamente o empréstimo de R$ 12,17 milhões no Schahin, dinheiro que, segundo Bumlai, foi integralmente destinado ao PT. Na ocasião, afirmou, o partido de Lula atravessava dificuldades de caixa e necessitava de reforço para saldar dívidas de campanha.

16
jan

Silêncio

Postado às 17:10 Hs

Porque Delcídio e Bumlai recuaram em relação à delação premiada?

É realmente um fato intrigante. A imprensa chegou a noticiar como certa as delações do senador Delcídio do Amaral e do empresário José Carlos Bumlai. O senador, inclusive, contratou como advogado o maior especialista em delação premiada do Brasil: Antonio Figueiredo Basto.

A esposa do senador fez pressão e culpou a presidente Dilma Roussef pela prisão do marido. Em seus primeiros depoimentos, tanto Bumlai, quanto Delcídio chegaram a contar inconfessáveis segredos de suas relações com o poder.

De repente, estranhamente, ambos, através de seus respectivos advogados, descartam a delação. É muito estranho. Não há dúvida de que houve pressão. Não se pode afirmar de onde vieram, mas foi pressão pesada, violenta e ameaçadora.

Não tenham dúvidas…

 

Por Amanda Acosta (Jornal da Cidade Online)

Por Mario Cesar Carvalho /Folha

O empresário José Carlos Bumlai, o amigo de Lula que foi preso no final de novembro pela Operação Lava Jato, contou em depoimento à Polícia Federal que vai revelar “fatos ilícitos de que tem ciência” sobre a construção da usina de Belo Monte. Uma das revelações que Bumlai fez, segundo a Folha apurou, foi que ele ajudou a configurar o primeiro consórcio que ganhou o leilão para construir Belo Monte, mas não fez a obra por falta de capacitação técnica. Esse consórcio foi estimulado pelo governo do então presidente, Lula, para pressionar as empreiteiras que haviam feito o estudo para construir Belo Monte (Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht), as quais consideraram baixo demais o preço estimado para a obra. O consórcio, que ganhou o leilão para a obra em 2010, era integrado por empresas menores, como Queiroz Galvão, Mendes Junior e Cetenco, junto com a Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco).

As grandes empreiteiras chamavam esse grupo de “aventureiros”. Posteriormente, as grandes assumiram a obra, orçada em R$ 14 bilhões, em valores de 2010. Vários delatores já contaram à PF que houve pagamento de propina na obra de Belo Monte, para políticos do PT e do PMDB. Os fatos narrados por Bumlai permanecem em sigilo porque vão fazer parte de um novo inquérito da PF. Bumlai decidiu confessar irregularidades depois de ser preso pela Lava Jato, para tentar obter uma pena menor. Ele já assumiu que fez um empréstimo de R$ 12 milhões em seu nome, em 2004, mas que o dinheiro era para o caixa dois do PT, o que o partido nega.

Por: Severino Motta

Se antes de admitir sua operação para o PT o empresário José Carlos Bumlai, o amigo de Lula, dizia que Salim Schahin mentia a seu respeito e o fazia somente para obter o benefício da delação premiada, documentos mostram que a Polícia Federal já havia desmascarado suas versões fictícias sobre os empréstimos para o partido dos trabalhadores. No dia 24 de novembro, quando foi deflagrada a 21ª fase da Lava-Jato, a PF ouviu dois administradores das fazendas do grupo Schahin.

Sem delação, falando como testemunhas, disseram que os tais embriões que Bumlai usava como prova de que pagou os empréstimos ‘pessoais’ que fez junto ao banco Schahin nunca chegaram às fazendas. Sem ter como se agarrar à tese e sabendo dos depoimentos, dias depois, em 14 de dezembro, Bumlai resolveu dizer a verdade – ou parte dela – aos investigadores da Lava-Jato e admitiu que o dinheiro do banco realmente foi enviado ao PT. (Veja)

abr 28
domingo
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