27
Maio

Muitas dívidas

Postado às 10:02 Hs

Quase um quarto das famílias se endividou mais do que deveria e foi obrigado a reduzir o padrão de vida ou a dar calote. Um estudo da consultoria MB Associados, com base na Pesquisa de Orçamento das Famílias (POF), do IBGE, mostra que 14,1 milhões de famílias comprometeram mais de 30% da renda mensal com dívidas.

Essa marca ultrapassa o limite saudável para o endividamento, pois 70% do orçamento vai para despesas básicas, como comida, habitação ou saúde, conforme mostra a POF. A maior parte dessas famílias superendividadas está na fatia menos favorecida da população: 5,8 milhões na classe C e 6,6 milhões nas classes D e E.

 

Na média, no entanto, o brasileiro comprometeu 26,2% da renda mensal com dívidas, diz o estudo da MB. Esse resultado é superior à média de 22% estimada pelo Banco Central, porque inclui gastos como crediário de loja sem parceria com banco e despesa à vista no cartão de crédito.

Na semana passada, o governo anunciou um pacote para estimular o consumo por meio do crédito, principalmente na compra de carros. Para José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB, o efeito do pacote será limitado pelo endividamento. “É um número grande de famílias que ultrapassaram o limite, por isso o nó no mercado de crédito.”

Nos últimos cinco anos, a expansão do crédito, com a entrada de novos consumidores, garantiu um crescimento robusto da economia. Mas, desde meados de 2011, o ritmo de concessão esfriou, à medida que a inadimplência crescia. Em abril, o calote atingiu o recorde de 7,6%.Descontrole. Os consumidores deixaram de pagar as contas, apesar da menor taxa de desemprego da história.

Fonte: Estadão

O recente pacote de arrocho do crédito baixado pelo governo deve tirar perto de R$ 2 bilhões do consumo no fim do ano. Mesmo assim, sustentado pelo aumento da renda e do emprego e pelo maior número de trabalhadores que estão recebendo o 13º salário, este Natal será o melhor da década. As vendas do comércio em dezembro devem atingir R$ 96,2 bilhões, segundo cálculos da MB Associados.Empresários do comércio e economistas dizem que o maior impacto do pacote no comércio virá em 2011. É que as redes varejistas estão mantendo neste mês as condições de financiamento para não perder vendas de eletrônicos e itens de informática.

Mais do que isso, parte dos comerciantes acredita que poderá sair ganhando. Como os financiamentos de veículos em prazos longos e sem entrada ficaram mais caros, o consumidor poderá substituir a compra do carro zero por uma TV fininha ou um notebook. Esses produtos estão na lista dos mais desejados no Natal e, normalmente, são vendidos no crediário.

Cálculos da consultoria mostram também que o aperto no crédito combinado com a alta da taxa básica de juros básica no ano que vem para segurar o avanço da inflação, poderão enxugar o consumo em quase R$ 20 bilhões ao longo de 2011.

“O Natal vai ser muito bom. O maior da era Lula em valores absolutos. Talvez pudesse ser melhor sem o pacote”, afirma o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. A pedido do Estado, ele projetou as vendas reais do varejo ampliado, que incluem, além de roupas, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, veículos, motos, partes e peças e materiais de construção, para este mês e 2011, antes e depois do aumento dos depósitos compulsórios dos bancos.

Com o crédito crescendo na casa de 25%, a projeção inicial de Vale era que as vendas do comércio ampliado neste mês atingissem R$ 98 bilhões. Agora ele reduziu a projeção de vendas para R$ 96,2 bilhões, levando em conta que o ritmo de crescimento do crédito ao consumo diminua para algo entre 15% e 20%. Com isso, o faturamento cresce em dezembro R$ 3,3 bilhões ou 3,5% na comparação o mesmo mês de 2009.

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