Há dois anos, em 11 de março de 2011, o mundo soube da tragédia de Fukushima: um fortíssimo terremoto e um tsunami de grandes proporções, a que se seguiu a explosão de uma usina nuclear com todas as consequências de um acidente nuclear: a difusão de radioatividade, que permanecerá ativa durante anos, ameaçando muitas gerações. As noticias que chegam do Japão são cada vez mais preocupantes. Segundo o jornal Asahi Shinbum, há poucos dias perto da usina, foi encontrado um peixe com 5 mil vezes mais radioatividade que o permitido por lei, o que pode indicar que a usina destruída continua contaminando o meio ambiente e trazendo riscos para a saúde humana. Sabe-se também que um desastre ainda pior pode ocorrer se outro tremor destruir a piscina de refrigeração, onde 264 toneladas de varetas de combustível usado, contendo grande quantidade de césio-137, aguardam destino final. A dimensão do problema pode ser avaliada se considerarmos que 19 gramas desse mesmo césio 137 provocaram um grande número de vitimas em Goiânia, no Brasil, em 1987. Nesta data, nos solidarizarmos com o povo japonês, pelo sofrimento que lhe é imposto e continuidade do uso irresponsável de uma tecnologia extremamente perigosa para produzir energia elétrica.
30
Maio

Só até 2022…

Postado às 16:45 Hs

usina-nuclearA Alemanha decidiu se tornar a primeira grande potência mundial a abolir a energia atômica de sua economia. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira pelo ministro do Meio Ambiente alemão, Norbert Röttgen, classificando-a como “irreversível”. Até 2022, o país pretende desativar as 17 plantas nucleares que possui.

Diante da crise nuclear no Japão, desencadeada pelo terremoto do dia 11 de março, a Alemanha decidiu criar uma comissão para avaliar o uso da energia nuclear no país e alternativas para substituição dessa fonte. Até 2022, o país terá de encontrar saídas para atender às necessidades energéticas atualmente cobertas pela energia nuclear.

No fim do ano passado, a chanceler Angela Merkel havia conseguido aprovar uma prorrogação de 12 anos, em média, para a utilização da energia nuclear no país, apesar da opinião pública se mostrar contrária à medida. Com a tragédia nuclear no Japão, o governo alemão decidiu rever sua posição e abandonar a energia atômica o mais rápido possível.

Enquanto isso no se falar em instalação deste tipo de usina principalmente no Nordeste sem necessidade.

Fonte: Valor Online

As falhas do plano de evacuação em caso de acidente são a maior procupação dos 13 deputados federais que visitaram nesta sexta-feira a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro, onde estão instaladas as duas usinas nucleares brasileiras. Eles integram as comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. Em março, o governo prometeu que será feita uma avaliação das condições de segurança das usinas.

Falando à Agência Brasil, o presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Giovani Cherini (PDT-RS), disse que “internamente, Angra 2, que nós visitamos, é de primeiro mundo. E, externamente, é de terceiro mundo. Se der um acidente aqui, morre todo mundo”. Segundo ele, “a estrada não está boa, tem problema de hospital, não tem um aeroporto para receber aviões grandes. Então, o plano de evacuação é realmente problemático”.

O interesse pela questão nuclear cresceu em função da catástrofe que abalou o Japão no mês passado. “Botou todo mundo de orelha em pé em função do vazamento (de radiação em Fukushima)”, disse Cherini. O deputado vai fazer um relatório sobre a visita para encaminhar ao governo federal. Ele pretende também fazer um levantamento sobre os custos da energia nuclear no Brasil. O estudo deverá estar concluído nos próximos 30 dias.

14
abr

Indenizações…

Postado às 8:18 Hs

Tá no Portal IG

A Tokyo Electric Power Company (Tepco), empresa que opera a usina nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, poderá ter de pagar até US$ 26 bilhões (cerca de R$ 41 bilhões) em indenizações, segundo avaliação do banco JP Morgan.

A companhia está tentando conter um vazamento de radiação na central nuclear e, nesta terça-feira, as autoridades do Japão elevaram a gravidade da crise nuclear no país para o nível máximo, o nível 7, o mesmo adotado na crise nuclear desencadeada pelo desastre de Chernobyl, em 1986.

A decisão de elevar o nível de ameaça foi tomada depois que especialistas estimaram em o nível de radiação em 10 mil terabecquerels (TBq) por hora na usina de Fukushima por várias horas. A medição seria compatível com a classificação de nível sete, segundo a Escala Internacional de Eventos Nucleares.

Não ficou claro quando exatamente esse nível foi atingido, mas os níveis teriam em seguida caído para menos de um TBq por hora, segundo relatos locais. O nível sete significa “um grande acidente” com “consequências mais amplas” que o nível anterior, segundo as explicações dos especialistas.

04
abr

Nordeste Nuclear

Postado às 7:20 Hs

O município baiano de Chorrochó, no Vale do São Francisco, é apontado como um dos favoritos no estado para abrigar o projeto nuclear; o outro município escolhido no estado foi Rodelas. O programa brasileiro, que prevê a construção de pelo menos quatro novas usinas nucleares no País até 2030, depende apenas de uma definição da presidente Dilma Rousseff (PT). Os sítios escolhidos favorecem uma possível divisão da Central Nuclear no Nordeste entre a Bahia e Pernambuco.

Em Chorrochó, o local escolhido fica no distrito de Barra de Tarrachil, região às margens do Rio São Francisco. Na outra ponta do rio fica o município pernambucano de Belém do São Francisco. No caso de Rodelas, a área definida também fica nas proximidades do rio, numa região em que na outra margem está a cidade de Itacuruba, Pernambuco. Com investimento previsto de R$ 10 bilhões por cada usina, o Complexo Nuclear do Nordeste deverá ficar em um espaço capaz de abrigar até seis usinas. O objetivo é garantir um local com possibilidade de expansão futura do número de reatores.

Fonte: Carlos Britto

29
mar

Japão em Alerta Máximo: Acidente Nuclear

Postado às 21:55 Hs

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse nesta terça-feira (29) que o governo se mantém em “estado de alerta máximo” por causa dos problemas ocasionados pelas explosões e vazamentos radioativos na usina de Fukushima Daiichi. Os acidentes aconteceram depois de um terremoto, seguido por um tsunami no último dia 11, ter devastado boa parte do norte do país.

Na última segunda-feira,foi descoberto plutônio em alta quantidade no solo da usina, que chegou a contaminar a água no local também. Embora não apresente risco à saúde, o plutônio encontrado levantou novamente o temor entre os japoneses e no próprio governo.

“[O governo] vai atacar esse problema num estado de alerta máximo”, disse Kan. O primeiro-ministro afirmou ainda que a situação na usina é “imprevisível”, pois ainda há um esforço grande para manter o sistema de esfriamento dos reatores. A situação em Fukushima Daiichi se agravou na última semana, quando o governo realizou diversas tentativas falhadas para tentar resfriar os reatores, que estão superaquecendo e ameaçam explodir.

O primeiro-ministro compareceu ao Congresso japonês no momento em que os parlamentares aprovavam o orçamento de US$ 1 trilhão para o ano fiscal de 2011. Segundo Kan, a maior parte desses recursos deve ser destinada à reconstrução do Japão a à ajuda às vítimas, que já passam dos 11 mil. Ele disse também que o governo pretende apresentar um projeto complementar de orçamento para 2011 ainda em abril.

Naoto Kan sugeriu ainda rever a previsão de redução de impostos e ações. Ele indicou que o governo pode adiar o prazo (até então, junho) para promover as reformas nos sistemas de Previdência Social e impostos. Por enquanto, o governo prefere focar seus esforços para lidar com a crise nuclear no país.

Fonte : Época

18
mar

Alerta Nacional !!

Postado às 10:28 Hs

Quando se pensa em acidentes nucleares, logo vêm à mente as tragédias mais recentes de Three Mile Island, ocorrida na Pensilvânia – Estados Unidos em 1979, e de Chernobyl, na Ucrânia em 1986. Nos dois casos, os acidentes foram causados por falhas que provocaram um superaquecimento no reator, e vazamento de material radioativo para a atmosfera.

Agora estamos acompanhando um desastre nuclear provocado pelo terremoto de 9 graus de magnitude que atingiu o Japão em 11 de março, provocando um tsunami que devastou inúmeras províncias costeiras.

A central nuclear atingida de Fukushima Daiichi, situada a 250 km a nordeste de Tóquio, é composta por seis reatores BWR (Boiling Water Reactor) que geram conjuntamente 4.696 MW elétricos. O combustível dos reatores é o MOX (“combustível óxido misto” – mixed oxide, ou “combustível de plutônio”) novo combustível composto de urânio e de plutônio bem mais reativo que os combustíveis padrões. O plutônio, que não existe em estado natural, é veneno químico extremamente violento, e é para o Japão sua maior fonte de energia, resultante do reprocessamento dos resíduos nucleares produzidos pelas usinas existentes em seu território. Trata-se de uma das substâncias mais radiotóxicas e perigosas de que se tem notícia.

Segundo a Tokio Electric Power Company (TEPCO), empresa de energia responsável pela usina nuclear de Fukushima, três dos seis reatores da central nuclear estavam ativos no momento do terremoto. Os outros três, estavam fechados para manutenção. O reator 1 teve seu sistema de resfriamento danificado o que provocou aumento considerável da temperatura no núcleo do reator, e assim como já admitido pelos órgãos de segurança nuclear japonês, ocorreu o derretimento do reator, liberando material altamente tóxico para a atmosfera. Os reatores 2 e 3 também estão apresentando problemas em seus sistemas de resfriamento, e também podem se fundir, aumentando de maneira catastrófica o desastre nuclear ocorrido.

Convenhamos que a explosão em uma usina nuclear, vista praticamente em tempo real por todo mundo, não é algo que possa ocorrer. E mais do que isso, após o desastre, os responsáveis dizerem que não sabem os motivos. O fato de não ter explicações para uma explosão ocorrida em uma usina sob sua responsabilidade demonstra que a empresa perdeu o controle da situação. Devemos lembrar que a empresa TEPCO, que está no centro da crise nuclear, tem um passado de escândalos e uma trajetória cheia de tropeços em sua atuação nuclear.

As lições que devemos retirar deste lamentável e trágico episódio é que mesmo com os avanços tecnológicos no setor da segurança, os perigos ainda existem. Aqueles defensores das usinas nucleares que chegaram a afirmar que o risco é zero ou praticamente inexiste a possibilidade de ocorrências de falhas, e conseqüentemente desastres nas usinas, devem calçar as “sandálias da humildade”. Devem admitir que não podemos permitir quaisquer riscos ligado com as usinas nucleares, simplesmente pela grande catástrofe, econômica, ambiental e social que possíveis acidentes, ocorrendo, podem legar a toda humanidade.

Daí é preciso repetir que o Brasil/Nordeste não precisa de usinas nucleares. Os recursos naturais e renováveis disponíveis como Sol, vento, água, biomassa são suficientes para atender nossa demanda energética.

Por Heitor Scalambrini Costa

jun 24
segunda-feira
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