13
jan

Detonando

Postado às 10:06 Hs

Delator entrega registro de hotel para provar que se reuniu com Palocci.

O operador de propinas Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, entregou à Polícia Federal cópia dos registros de entrada e saída do hotel em que se hospedou em Brasília, em junho de 2010, ocasião que teria participado de reunião entre o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. No encontro, ele afirma que foi acertado o pagamento de R$ 2 milhões para a campanha da presidente Dilma Rousseff.

O documento foi anexado na quinta-feira, 7, pela defesa de Fernando Baiano, junto com o comprovante das passagens de ida e volta para Brasília, em novembro de 2010. O delator sustenta que, do Hotel Meliá, foi de carona em uma carro da Petrobras com Paulo Roberto Costa até uma casa usada pelo comitê da campanha, onde Palocci – que era coordenador da campanha presidencial do PT – e um ex-assessor, Charles Capella de Abreu, teriam pedido apoio financeiro.

O pagamento de R$ 2 milhões à campanha presidencial do PT em 2010 foi inicialmente apontado aos investigadores da PF em agosto de 2014 por Paulo Roberto Costa, o primeiro delator da Lava Jato.

 Por: Estadão Conteúdo

Apontado pelo Ministério Público como o operador do PMDB no escândalo do petrolão, o lobista Fernando ‘Baiano’ Soares negou, em acareação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, ter atuado como arrecadador de propina em nome do partido, mas voltou a admitir que atuou em “repasses pontuais” aos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A Polícia Federal pediu que Baiano e Costa ficassem frente a frente para esclarecer pontos sobre o propinoduto instalado na Petrobras. Ambos são delatores da Operação Lava Jato.

Baiano diz que, embora não atuasse como operador do PMDB, repassou propina a integrantes do partido relativa à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e de contratos de sondas. “[Baiano] realizou apenas alguns repasses pontuais envolvendo o PMDB, dentre eles o relacionado a Eduardo Cunha e a Renan Calheiros, quanto a este sempre por meio de Jorge Luz”, diz trecho da acareação. Luz é uma espécie de lobista histórico da Petrobras.

Em acordo de delação premiada, conforme revelou VEJA, Baiano contou que o esquema de corrupção na área internacional da Petrobras começou em 2006, no governo Lula, e envolveu os senadores Renan Calheiros (PMDB), Delcídio Amaral (PT), Jader Barbalho (PMDB) e o ex-ministro Silas Rondeau, que, após o mensalão, substituiu Dilma Rousseff na pasta de Minas e Energia. Todos negam as acusações.

Na acareação, Paulo Roberto Costa disse que os repasses ao PMDB eram feitos de forma pontual, e “não de forma sistemática, como em relação ao PP”, e afirmou não saber de repasses a Eduardo Cunha. (Veja)

Segundo informa o colunista Lauro Jardim, hoje na estréia de sua coluna no jornal O Globo, está destinada a causar um estrondoso tumulto a delação premiada de Fernando Baiano, cuja homologação foi feita na sexta-feira pelo ministro Teori Zavascki. Segundo o colunista, o operador (de parte) do PMDB na Petrobras pôs no olho do furacão nada menos do que Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha. Baiano contou que pagou despesas do primogênito de Lula no valor de cerca de R$ 2 milhões, diz Jardim.

Ao contrário dos demais delatores, — observa ainda o colunista — que foram soltos logo após a homologação das delações, Baiano ainda fica preso até 18 de novembro, quando completa um ano encarcerado.

Ao contrário dos demais delatores, que foram soltos logo após a homologação das delações, Baiano ainda fica preso até 18 de novembro, quando completa um ano encarcerado. Voltará a morar em sua cobertura de 800 metros quadrados na Barra da Tijuca.A propósito, quem teve acesso ao conteúdo da delação conta que Eduardo Cunha é, sim, citado por Baiano, que reconhece suas relações com o presidente da Câmara. Mas não entrega nada arrasador contra Cunha. (G1)

05
out

Brasília fervendo…

Postado às 8:29 Hs

A bomba Fernando Baiano

Brasília está na expectativa da delação premiada do lobista Fernando Baiano, envolvido na operação Lava Jato como um dos principais operadores do PMDB. Teria vazado que nos depoimentos preliminares ele teria denunciado o vice-presidente Michel Temer. Se isso vier a se confirmar a crise política toma outros caminhos.O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve homologar no início desta semana o pedido de delação premiada de Baiano. Ele foi preso ano passado e há pouco mais de um mês fez a solicitação à Justiça e começou a prestar depoimentos sobre sua atuação como intermediário de propina para políticos. Ele é apontado como operador do PMDB e também com ligações no PT.

Segundo informações que chegam de Brasília, um juiz auxiliar destacado por Zavascki irá a Curitiba hoje, para conversar com Fernando Soares sobre as condições de seu pedido de delação premiada. É uma conversa de praxe para que fique claro o cumprimento da lei – de que o pedido de delação foi feito espontaneamente, sem qualquer tipo de coação.Depois disso, Zavascki poderá homologar a delação e encaminhar todas as informações à Procuradoria Geral da República. Assim, o procurador-geral, Rodrigo Janot, poderá se valer destas informações para fazer novos pedidos de denúncia contra políticos ou dar mais sustentação a pedidos já feitos.

Segundo os cálculos feitos no Supremo Tribunal Federal, ampliados os prazos para a defesa dos políticos denunciados – casos de Eduardo Cunha e Fernando Collor –, dificilmente haverá tempo para pedido de abertura de processo contra algum deles este ainda este ano. A expectativa entre os investigadores é que as revelações do lobista poderão atingir novos nomes de políticos e confirmar as suspeitas sobre deputados.Baiano é amigo do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), denunciado em agosto pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por corrupção e lavagem de dinheiro. Preso desde novembro de 2014, na Operação Juízo Final, etapa da Lava Jato que alcançou o braço empresarial do esquema de corrupção na estatal, Fernando Baiano é apontado como elo do presidente da Câmara no suposto recebimento de uma propina US$ 10 milhões.

Deste total, US$ 5 milhões teriam sido destinados para o deputado, segundo o delator Júlio Camargo. Segundo o delator Júlio Camargo, o lobista do PMDB e o deputado, em 2011, o pressionaram durante reunião em um prédio comercial no Leblon, Rio. Baiano já foi condenado na Lava Jato em uma primeira ação. O juiz federal Sérgio Moro, da Lava Jato, impôs ao lobista 16 anos e 1 mês de cadeia. No mesmo processo, foi condenado o ex-diretor de Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, a 12 anos e 3 meses de prisão. Baiano responde a outros processos na Lava Jato. (Blog do Magno Martins)

Por Gabriel Mascarenhas e Bela Megale / Folha

Apontado com operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras, o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, indicou para integrantes do Ministério Público Federal que pode entregar informações sobre a suposta participação de três figuras de peso do partido nos desvios de recursos da estatal.A Folha apurou que ele citou os nomes do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (RN), e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

O lobista também adiantou que tem como fornecer mais elementos sobre o papel de Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, no esquema.

Embora não tenha detalhado a atuação de trio peemedebista ou de Cerveró, Baiano adiantou que pode contribuir com informações novas. Essa é a condição imposta pelos investigadores para fechar o acordo, que garantiria ao lobista penas atenuadas pelos crimes que cometeu.

ACERTANDO A DELAÇÃO

As conversas com Baiano começaram há cerca de um mês, em Curitiba, onde o lobista está preso numa cela da Superintendência da Polícia Federal desde novembro de 2014. Só na última semana, ele teve dois encontros com os procuradores.

Apesar de não ter assinado os termos da delação, o que deve ser feito na próxima semana, o acordo está praticamente fechado, segundo fontes ligadas à Policia Federal e à defesa do lobista.

Os maiores entraves aconteceram devido ao tempo de prisão. A defesa queria que, com a colaboração, Baiano saísse imediatamente da cadeia, mas a Procuradoria não cedeu. O mais provável é que ele saia apenas em novembro.

FORA DO BRASIL

Baiano também tentou a negociar morar fora do Brasil, já que sua mulher tem cidadania americana. O argumento do operador era que gostaria de reconstruir a vida no exterior com a família. Novamente o Ministério Público vetou o pedido.

Cunha, Renan e Cerveró já são alvo da Lava Jato. Cunha foi denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) na semana passada por corrupção e lavagem de dinheiro. Cerveró já foi condenado, também por corrupção e lavagem de dinheiro. Renan é alvo de inquérito em curso no STF.

Procurados, Renan e Henrique Alves informaram que não iriam se pronunciar. O advogado de Eduardo Cunha não retornou os contatos feitos pela reportagem. A assessoria do PMDB afirmou que jamais autorizou quem quer que seja a se apresentar como operador da legenda.

Maio 4
sábado
04 38
ENQUETE

Você acha que o brasileiro acostumou-se com a Corrupção ao longo do tempo ?

Ver resultado parcial

Carregando ... Carregando ...
PREVISÃO DO TEMPO
INDICADOR ECONÔMICO
51 USUÁRIOS ONLINE
Publicidade
  5.954.185 VISITAS