Foto: Valentyn Ogirenko/ Reuters

Em coletiva de imprensa durante a cúpula do G7 neste domingo (21), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que quem ficou decepcionado pelo fato de o encontro entre Ucrânia e Brasil não ter acontecido foi o presidente Lula.

Ao ser questionado se ficou desapontado pelo fato de a reunião proposta por ele não ter acontecido, Zelensky respondeu: “Eu acho que decepcionou ele”. Logo na sequência, Zelensky sorri e é possível ouvir os jornalistas sorrindo.

O presidente ucraniano sinalizou que de fato houve uma incompatibilidade de agendas, como sustentou o governo brasileiro. Mas fez questão de dizer que mesmo que cada líder tivesse sua agenda, ainda assim se encontrou com quase todos. “Sobre as situações das minhas reuniões eu encontrei quase todo mundo, todos os líderes, e todos eles tinham suas agendas, então eu acho que foi por isso que nós não pudemos nos encontrar com o presidente brasileiro”, disse.

Uma jornalista britânica perguntou a Zelensky por que ele se encontrou com vários líderes, mas não com Lula, citando que alguns líderes não veem a Rússia como agressor, e como fazer para países como Índia, Brasil e China deixarem de enviar fontes de receitas à Rússia. O presidente da Ucrânia respondeu: “Primeiro, não temos nenhuma prova de que Brasil, Índia ou China estão enviando qualquer arma para a Rússia. Mas serei franco, eu estava em contato com certos líderes não para ter algum passo da parte da deles. Esse é o primeiro ponto”, disse.

Zelensky prosseguiu dizendo que, em segundo lugar, a reunião dos líderes em Hiroshima foi importante como uma tarefa para envolver todos os países na proposta de paz feita pela Ucrânia. “É muito importante para nós, como uma tarefa de envolver todo mundo em uma fórmula de paz que é baseada na nossa experiência e nas nossas propostas, que eu apresentei no G20, na Indonésia, no ano passado. Em algum momento, no passado, trabalhamos muito bem e hoje precisamos envolver a maior parte dos países possível.”

A fala sinaliza que já houve maior apoio para a proposta de paz feita por Zelensky no passado e que o presidente quer convencer outros países a endossar o seu plano de paz e não planos propostos por outras nações. Tanto Lula quanto os chineses evitam mencionar a devolução de territórios ucranianos invadidos pelos russos, ponto que Zelensky já disse anteriormente ser inegociável.

CNN

A Agência Espacial Americana (Nasa) afirma que esta é a pior temporada de queimadas desde 2010. Segundo dados do Inpe, de janeiro a agosto, os satélites registraram o maior número de queimadas desde 2013. E jamais houve pressão internacional tão intensa. No dia do início da reunião de cúpula do G7, em Biarritz, na França, jornais franceses e o italiano La Reppublica destacaram os incêndios em suas capas. O encontro termina nesta segunda-feira. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, defendeu, neste sábado (24/8), a ratificação do acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, mas ressalvou que, em razão das queimadas na Amazônia, e da postura do presidente Jair Bolsonaro, a conclusão do acordo pode não ocorrer de forma harmoniosa. Ele falou sobre o assunto durante entrevista coletiva antes do início da cúpula do G7, em Biarritz, na França.

Por Mathias Alencastro / Folha

A cúpula do G20, em junho, tinha sido um pesadelo para Emmanuel Macron. Isolado e diminuído, ele parecia incapaz de impedir os ataques dos governantes iliberais à ordem internacional. Algo urgente tinha de ser feito. Às vésperas do brexit, ponto de virada da nova era dos extremos, a França não podia perder o controle da narrativa.

Na tentativa de quebrar a polarização entre democracias liberais e regimes iliberais, Macron tentou, nas semanas que separaram a cimeira do G20 em Osaka e a do G7 em Biarritz, abrir um canal de comunicação com Jair Bolsonaro e reatar diplomaticamente com Vladimir Putin.

JOGADA DE MESTRE – O primeiro, como todos sabemos, preferiu cortar o cabelo e fazer live nas redes sociais. O segundo topou se deslocar ao forte de Bregançon, residência oficial da presidência francesa. O presidente francês tirou lições do comportamento dos demais governantes e, na primeira oportunidade, passou o recibo com uma jogada de mestre na arena diplomática.

Por um lado, Macron decidiu intervir a favor do regresso da Rússia ao G7, uma exigência de Putin, e ignorou ostensivamente os incêndios em curso na Sibéria.

Por outro, o presidente francês mobilizou seus aliados políticos, econômicos e sociais, designou os incêndios na Amazônia como emergência mundial e elevou Bolsonaro, que o tinha humilhado algumas semanas atrás, a pária.

PRÓXIMO PASSO – Em uma semana, Macron conseguiu se reaproximar de seu principal e mais perigoso antagonista, que acusava de interferir nas eleições francesas, sem perder as suas credenciais ambientais e democráticas. Tudo isso graças à inabilidade diplomática do presidente brasileiro, o melhor inimigo que se pode desejar.

A próxima jogada do Macron, durante a reunião do G7, pode ter consequências ainda mais devastadoras para o governo brasileiro.

Ele vai colocar como condição para o regresso da Rússia à cúpula das sete principais economias do mundo a punição exemplar do governo brasileiro. Ou seja, Trump terá de escolher entre Putin e Bolsonaro na mesa de negociações.

OSTRACISMO – Se o presidente americano optar por proteger os interesses do presidente russo, Bolsonaro estaria perto da sua primeira grande conquista internacional: o título de primeiro chefe de Estado a ser ostracizado pela sua política ambiental.

Numa improvável ironia, Bolsonaro, que apostou tudo na relação com os Estados Unidos, pode acabar sendo rifado por Trump na próxima cimeira global.

O G7, grupo formado por 7 partidos, emitiu nota hoje afirmando que a chapa completa, com candidaturas a governador, vice, senador e deputados federais e estaduais será concluída no último dia do prazo estipulado pela justiça eleitoral para realização de convenções. A chapa aberta ainda, com vaga, inclusive, de senador, poderá receber a possível pré-candidatura do Capitão Styvenson Valentim, que ainda não definiu se vai para a disputa e por qual legenda. Caso decida pelo G7, Styvenson poderá se filiar a um dos partidos que assinam a nota abaixo.
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