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out

STJ manda soltar Nuzman

Postado às 15:32 Hs

A Sexta Turma do STJ decidiu há pouco, por unanimidade, soltar o ex-presidente do COB Carlos Arthur Nuzman. A decisão, porém, inclui medidas cautelares. A ministra Maria Thereza determinou o comparecimento mensal de Nuzman em juízo para informar e justificar as suas atividades, proibiu o acesso às sedes ou filiais do Comitê Rio 2016 e COB, e o contato com os demais réus.

Também mandou Nuzman entregar seus passaportes e não deixar a comarca do Rio. O ex-presidente do COB está desde o início do mês em Benfica. Foi acusado pelo MPF-RJ de participar de esquema de compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Na semana passada, o desembargador Abel Gomes, do TRF-2, negou um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Nuzman.

Fonte:  colunista Lauro Jardim/O Globo.

Hildeberto Aleluia

Circulam na internet alguns textos interessantes sobre a corrupção que invadiu até mesmo o esporte nacional, pois o caso de Carlos Arthur Nuzman no COB não é um fato isolado e já vinha ocorrendo na CBF e em outras confederações e federações esportivas. Alguns desses textos culpam o o ex-presidente Lula por este estado de coisas, já que foi com sua participação direta, como governante, que o Brasil realizou a Copa e a Olimpíada, cujos legados são cada vez mais conhecidos. Confiram um desses textos:

### É PRECISO SEGUIR OS PASSOS DO DINHEIRO…

A prisão de Carlos Arthur Nuzman, do Comitê Olímpico Brasileiro, chama atenção para o tamanho da força do decano desportista. Que era influente, isso é inegável. Mas daí a considerá-lo capaz de comandar um esquema de corrupção da estatura da Olimpíada é um exagero. Ou uma estupidez.  Nuzman tinha acesso aos recursos do BNDES e de outras estatais? Zero.

Quem trouxe a Olímpiada e a Copa do Mundo para o Brasil foi, em primeiro lugar, Lula. À época presidente da República. Depois, deixou na cadeira a ‘laranja’ Dilma Rousseff. O cenário estava armado para a mais espetacular roubalheira de que se tem notícia na história recente da humanidade.

EMPREITEIROS – A ‘produção’ Copa-Olimpíada veio no rastro do Mensalão e do Petrolão. E Lula contou com a cumplicidade de empreiteiros. Alguns deles estão no xadrez. Lula, estranhamente (?), não. A farra das ‘arenas’ foi antológica.

Alguém acredita que Nuzman teria tanto cacife para ‘gerir’ tamanha bandalheira sem que Lula desse sinal verde? Nuzman teria mesmo que ser preso, mais cedo ou mais tarde. No mínimo por cumplicidade. Mas qualquer tentativa de moralização do país passa sobretudo pela prisão de Lula, cujo cinismo vai da falsificação de recibos ao uso da imagem de Marisa Letícia, que passou dessa para o nada.

SEGUIR O DINHEIRO – Se a mídia quer saber quem comandou o assalto na Olimpíada, basta seguir o caminho do dinheiro. Os passos de Lula. Mas a mídia continua carregando sobre Carlos Arthur Nuzman, como se ele fosse protagonista da roubalheira na Olimpíada de 2016, no Rio. Nuzman é um reles coadjuvante. Um trombadinha engravatado. Ou alguém acredita que ele abriu os cofres do BNDES, do Banco do Brasil, dos Correios, da Eletrobrás?

Nuzman deve mofar no xilindró. No mínimo, para jamais ser conivente com governos corruptos, como os da dupla Lula-Dilma. Mas, se a imprensa efetivamente tem interesse em contribuir para desvendar a rota do dinheiro, basta seguir as pegadas de Lula, o chefe da organização criminosa, que assaltou os cofres públicos durante 13 anos e 5 meses.

Por Clóvis Rossi / Folha

O que chama a atenção no caso da prisão de Carlos Arthur Nuzman, o eterno cacique do Comitê Olímpico Brasileiro, não é apenas a corrupção exposta, mas o grau de empulhação que as autoridades — as políticas e as esportivas — conseguem vender para o público, que, por sua vez, a aceita bovinamente.

Um pouco de memória: quando o Brasil foi escolhido para ser, sucessivamente, sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, a tese vendida pelos dirigentes políticos e esportivos era a de que o país mudara de patamar, estava encaixado entre os grandes do mundo.

UMA POTÊNCIA – Não era apenas a nação alegre e musical que o mundo admira, mas também uma potência perfeitamente capaz de organizar os dois eventos que mais atenção concitam no planeta. O então presidente Lula, no discurso em que defendeu a candidatura do Rio, disse que havia participado fazia pouco da cúpula do G20, na qual havia sido desenhado “um novo mapa econômico mundial”. Completou: “O Brasil conquistou o seu lugar” (nesse suposto novo mundo). Escolhido o Rio, Lula chorou, Sérgio Cabral, então governador do Rio, chorou, a delegação brasileira emocionou-se, Nuzman também chorou.

Pena que, como se vê agora, o Brasil não conquistou seus Jogos Olímpicos por ter entrada em um suposto novo mapa-múndi econômico, mas por ter praticado seu ancestral esporte favorito, a corrupção. Comprou os jogos, para ser breve.

PORTEIRA ABERTA – Como se fosse pouco, a compra dos Jogos abriu a porteira para uma série de obras nas quais, como aparece na investigação em curso, houve o tradicional superfaturamento e as propinas, esquemas em que o prisioneiro Sérgio Cabral ganha medalhas de ouro — mesmo em um país em que elas são mais comuns do que arroz-com-feijão.

O povo alegre e musical divertiu-se, no entanto, com a dupla escolha. Desandou a cantar “sou brasileiro/com muito orgulho/com muito amor”. Passados apenas oito anos do que Lula chamara de “momento mágico”, os dois máximos dirigentes do esporte brasileiro (Nuzman e José Maria Marin, da CBF) estão presos, o que só comprova o óbvio: os caciques do esporte não poderiam ser diferentes dos caciques políticos, uma penca destes também na cadeia ou denunciados ou condenados, mas ainda soltos (caso de Lula, por exemplo).

MUITA VERGONHA – O “muito orgulho” da canção foi substituído pela vergonha, mostrou o Datafolha em junho: 47% dos brasileiros entrevistados à época afirmaram ter vergonha de serem brasileiros.

Na noite de quinta-feira (dia 5), cruzei nos corredores da ESPN com Juca Kfouri, um Quixote quase solitário na denúncia dos desmandos das cúpulas do esporte. Juca acaba de lançar um livro de memórias cujo título diz tudo: “Confesso que perdi”.Disse-lhe: “Ânimo, Juca, você ainda é novo o suficiente para ver um dia um país melhor“. E ele: “Nem meus filhos verão. Quem sabe os netos“. Que pelo menos os netos, os meus e os dele, não sejam tão facilmente enganados já seria um progresso.

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (5) o presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), Carlos Arthur Nuzman, e Leonardo Gryner, seu braço direito no comitê organizador da Rio-16. Os dois são suspeitos de atuarem na compra de votos para a escolha da cidade para sediar os Jogos.

A operação é um desdobramento da Operação “Unfair Play”, que investiga a compra do voto de Lamine Diack por US$ 2 milhões. O empresário Arthur César Soares de Menezes, foragido há um mês, foi o responsável por pagar a quantia semanas antes da escolha, em outubro de 2009, em Copenhague.

Nuzman é investigado sob suspeita de ter feito a “ponte” entre o esquema de corrupção do governo Sérgio Cabral (PMDB) e os membros do COI. A propina ao senegalês foi debitada, segundo a Procuradoria, da devida pelo empresário Arthur César de Menezes Soares, o “Rei Arthur”, ao peemedebista. O empresário obteve mais de R$ 3 bilhões em contratos com o Estado

Gryner admitiu em depoimento ao Ministério Público que encontrou com Soares e discutiu com ele o patrocínio de eventos da IAAF, entidade comandada por Lamine Diack. A reunião foi intermediada por Cabral, afirmou o executivo em depoimento.

Folha de São Paulo.

 

 

06
set

Olimpíada da propina

Postado às 9:35 Hs

O Brasil é um País sem-vergonha mesmo, capaz de comprar até na base da propina uma sede da Olimpíada. A safadeza, envolvendo políticos da laia de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, enlameou os esportes olímpicos. O principal dirigente, responsável pelo Brasil sediar o Pan-americano e a Olimpíada de 2016, Carlos Arthur Nuzman, se lambuzou com Cabral, mas, felizmente, como o ex-governador, caiu nas garras da Polícia Federal, uma das raras instituições hoje no País que nos orgulha. O Ministério Público Federal bloqueou R$ 1 bilhão do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e de seus supostos sócios. Agentes estavam às seis da manhã na sua luxuosa mansão e também na sede do COB. Atrás de provas que comprovem as fortes suspeitas de intermediação da compra de votos para que o Brasil sediasse a Olimpíada.
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