O aumento dos combustíveis em função da guerra na Ucrânia já provocou mudanças no comportamento dos consumidores brasileiros. Segundo a mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, 83% dos entrevistados dizem que diminuíram o uso do carro ou da moto por causa do aumento da gasolina, do diesel e do etanol.

O último reajuste feito pela Petrobras nos combustíveis, na semana passada, elevou o preço da gasolina em 18,7%, e do diesel em 24,9%. Os valores se referem ao que foi alterado nas refinarias. No acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro, o IPCA dos combustíveis, principal indicador de inflação do Brasil, teve uma alta de 33%. A gasolina subiu 32%, o etanol, 36%, e o diesel, 40%. Valores muito acima do índice geral, que está em 10,54%.

O aumento de preços é o maior problema que o país precisa enfrentar ainda em 2022, na opinião de 57% dos entrevistados da pesquisa. Logo depois vem o desemprego (19%), a pobreza (12%), e a violência (6%). “A inflação é um tema de preocupação dos brasileiros. O que vai dominar o debate deste ano de eleição é a economia”, diz Maurício Moura, fundador do IDEIA

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A sondagem ouviu 1.284 pessoas entre os dias 15 a 17 de março. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Os dados mostram que quanto menor a renda, maior o ajuste na maneira de se locomover para driblar a alta dos combustíveis. Entre os que ganham até um salário mínimo, 92% dizem que diminuíram o uso do carro ou da moto. Na parcela com poder aquisitivo mais alto, com renda superior a 5 salários mínimos, este número é de 74%.

A pesquisa ainda quis saber como o aumento dos combustíveis vai mudar a rotina dos brasileiros. Cerca de um terço dos entrevistados (30%) diz que vai usar mais o transporte público. Outra parcela, de 29%, afirma que vai andar mais a pé.

O diesel foi o sétimo item que mais subiu de preço no acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro, entre os mais de 400 que compõem o IPCA. A etanol teve a décima quarta maior alta, e a gasolina a décima sétima. Os produtos que mais subiram foram a cenoura (83%), o café moído (61%), e o mamão (57%).

Apesar de os itens alimentícios representarem as maiores altas de inflação, para 46% a percepção é maior nos combustíveis. Os alimentos e bebidas somam 29%, seguido do gás de cozinha, com 15%.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria Jair Bolsonaro (sem partido) em um eventual segundo turno, caso as eleições fossem realizadas hoje. O petista aparece com 40% das intenções de voto, e o atual presidente com 38%. Apesar de estar dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos, é a primeira vez que Lula aparece vencendo a disputa pela cadeira presidencial.

Os dados são da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Invest Pro, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. O levantamento ouviu 1.200 pessoas entre os dias 19 a 22 de abril. Clique aqui para ter acesso ao relatório completo.

A sondagem é a primeira após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou as condenações contra Lula. Como consequência, o ex-presidente se tornou elegível novamente. Apesar de oficialmente não confirmar que vai concorrer a um terceiro mandato, ele deu uma série de entrevistas nas últimas semanas em um tom de pré-candidato.

“Essa mudança de posição entre Lula e Bolsonaro podemos fazer uma relação com a avaliação de governo, que atravessa o pior momento. Os motivos dessa avaliação ruim são reflexo dos altos números de mortes e de casos de coronavírus. Também tem a questão da economia, que ainda patina, apesar de já percebemos em algumas regiões uma melhora na avaliação em função do auxílio emergencial, a exemplo no Norte do país”, explica Maurício Moura, fundador do IDEIA, instituto de pesquisa.

Mesmo no primeiro turno, também dentro da margem de erro, Lula aparece um ponto percentual à frente de Bolsonaro (33% a 32%). Também é a primeira vez que o atual presidente aparece atrás do petista. Na última pesquisa, feita no começo de março, o ex-presidente estava com 18% das intenções de voto no primeiro turno, contra 33% de Bolsonaro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“É interessante perceber que a soma das outras para a candidatura, que incluem Luciano Huck, João Doria, João Amoedo, somam mais ou menos 26%, ou seja, dentro da margem de erro a somatória dessas candidaturas está praticamente empatada com Lula e Bolsonaro. Se houver uma convergência de nome, a terceira via se torna uma possibilidade real”, diz Moura.

O fundador do IDEIA ainda explica que houve uma mudança de voto em relação à última pesquisa, sobretudo da região Sudeste, maior colégio eleitoral. Lula tem 44% das intenções de voto, contra 32% de Bolsonaro. O petista também ganharia no Nordeste (44% a 30%). A situação se inverte nas outras três regiões. O atual presidente venceria com folga no Norte (63% a 19%), no Sul (47% a 34%), e no Centro-Oeste (54% a 29%).

A pesquisa também perguntou se o eleitor gostaria que o próximo presidente não fosse nem Lula, nem Bolsonaro. Do total de entrevistados, 41% concordaram com este frase. Há um mês, este grupo que quer uma terceira via representava 38% do eleitorado.

Exame

Se a eleição presidencial fosse hoje no Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido) seria reeleito para mais quatro anos de mandato. No primeiro turno, ele tem vantagem de 12 pontos percentuais em relação ao segundo colocado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Já em um eventual segundo turno, o atual presidente aparece com pelo menos sete pontos de vantagem contra Lula e contra o apresentador Luciano Huck (sem partido), os candidatos que mais rivalizam com Bolsonaro.

Os dados são da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Invest Pro, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. O levantamento ouviu 1.000 pessoas entre os dias 10 e 11 de março. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ler o relatório completo.

A sondagem é a primeira feita após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que anulou todas as condenações de Lula na Lava Jato de Curitiba. Entre os entrevistados, 73% disseram que tiveram conhecimento do julgamento do ministro do STF.

A decisão tornou o ex-presidente apto a concorrer novamente ao Palácio do Planalto. Mesmo dizendo que não sabe se será candidato, Lula fez um discurso, na quarta-feira, 10, em tom de disputa.

“Jair Bolsonaro segue favorito, mas não será simples nem para ele nem para o ex-presidente Lula. Há uma demanda evidente de opinião pública por uma terceira via. Maior mesmo se comparada aos tempos da polarização PT-PSDB. Só falta a oferta”, avalia Maurício Moura, fundador do IDEIA.

A pesquisa EXAME/IDEIA testou três cenários de primeiro turno, todos incluindo Bolsonaro e Lula. Nas sondagens, os dois são os que mais têm chances de irem a um eventual segundo turno. A pesquisa também perguntou se ambos merecem mais um mandato no comando do Brasil. Para 48%, Bolsonaro não merece um segundo mandato, enquanto 46% acham que Lula é quem não merece um terceiro mandato.

Na sondagem de segundo turno, foram testados quatro possíveis cenários. Em uma disputa entre Bolsonaro e Lula, o cenário é de 44% a 37%, respectivamente. Já contra Huck, Bolsonaro tem 46% e o apresentador, 37%. Quando o nome do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) aparece, ele recebe 34% das intenções de voto e o presidente, 45%. Contra o governador de São Paulo (PSDB), Bolsonaro tem 47%, e João Doria, 26%.

Maurício Moura destaca que, para crescer nas pesquisas, o ex-presidente Lula precisa conquistar a população com maior renda. “Além disso, para 54% dos brasileiros a anulação da sentença de Lula foi injusta. O consenso no imaginário da opinião pública sobre sua inocência é minoritário. O PT e Lula terão de reconquistar a classe média”, afirma.

Exame

Se as eleições presidenciais fossem hoje, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seria reeleito em qualquer cenário. No primeiro turno, o presidente receberia 30% das intenções de voto, contra 18% de Luiz Inácio Lula da Silva e 10% do ex-ministro Sergio Moro. Na sondagem ainda aparecem Ciro Gomes, com 9%, Luciano Huck, com 5%, e João Doria, com 4%.

No caso de uma disputa de segundo turno, Moro seria o candidato com mais chances de enfrentar Bolsonaro. O ex-ministro aparece com 35% das intenções de voto, e o presidente com 41%. Já contra Lula, Bolsonaro receberia 43% das preferências, diante de 33% do candidato do PT. Contra o governador de São Paulo, o presidente tem uma vantagem maior, com 42% das intenções de voto, e Doria com 21%.

Os dados fazem parte da mais recente pesquisa exclusiva EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Research, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A cada quinze dias, EXAME/IDEIA traz pesquisas de opinião exclusivas com foco no cenário político.

Os números gerais da pesquisa oscilaram dentro da margem de erro, de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, em relação ao registrado na sondagem EXAME/IDEIA do final de agosto. O novo levantamento foi realizado com 1.200 pessoas, por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias de 5 e 8 outubro.

“Os cenários das duas pesquisas estão muito semelhantes. Mas destaco que nesta rodada Bolsonaro tem uma ampla maioria entre aqueles que se declaram evangélicos (45%). Também se consolida entre os mais pobres (31%), principalmente por conta do auxílio emergencial”, destaca Maurício Moura, fundador do IDEIA.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A pesquisa também estratificou os votos por escolaridade e região. Bolsonaro vence em todos os cenários, com vantagem mais significativa entre aqueles com ensino fundamental (37%). Por região, a maior margem é registrada no Norte (38%), no Centro-Oeste (35%) e no Nordeste (31%). As recentes idas do presidente a estados nordestinos estão surtindo efeito em puxar votos em um reduto antes de maioria petista.

Analisando o critério de renda, Bolsonaro também tem maioria em todos os estratos. A vantagem está na classe C, em que 31% disseram que votariam nele se as eleições fossem hoje. Nas classes A e B o presidente tem 27% das intenções de voto. Já entre os mais pobres, das classes D e E, ele tem 24%.

No extrato mais pobre da população, após o presidente, Ciro Gomes e o apresentador Luciano Huck seriam os mais votados no primeiro turno e receberiam cada um 18% das intenções de voto.

Aprovação

A pesquisa também quis saber dos eleitores se eles estão satisfeitos com a maneira como o presidente governa. Após uma quebra na sequência de alta, a aprovação do governo Bolsonaro voltou a subir e chegou a 39%. Os que desaprovam a gestão do presidente somam 42%.

“Isso mostra como a população brasileira está altamente dividida entre os que apoiam e os que não apoiam o governo. A popularidade de Bolsonaro mostra que ele já está no segundo turno e a oposição está muito diluída”, diz Moura.

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