22
jun

A Resistência em Cordel

Postado às 7:04 Hs

O Memorial da Resistência recebeu, neste domingo, 19, a apresentação teatral ‘A Resistência em Cordel’, esquete inspirada na literatura de cordel e que aborda a invasão do bando de Lampião a Mossoró. O elenco é formado pela nova geração de atores da Companhia Rascunho de Teatro. Música e a interação com o público durante a esquete abrilhantam a apresentação. “ Durante o espetáculo, os espectadores são convidados a participar da apresentação, o que cria um vínculo mais intimista com o público”, disse Américo Oliveira, um dos coordenadores da apresentação.

A universitária Annaih Silva acompanhou a esquete e avaliou positivamente a apresentação. “ A apresentação investe no cômico e a interação com o público enriquece a esquete”, frisou. O ator Ramon Patrick vive o personagem Chico, um deficiente visual que pretende contar a história da invasão do bando de Lampião, a partir de um cordel que produziu. “ A esquete é uma forma cômica de contar a história da invasão do bando de Lampião. A interação com o público fortalece nossa apresentação, que tem sido prestigiada pelas pessoas”, destacou.

A esquete é uma adaptação livre do texto do poeta mossoroense Luiz Campos, falecido em 2013. A apresentação faz parte da programação do Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2016 e acontece, de sexta a domingo, em duas apresentações por noite, às 19h e 20h, se estendendo até 26 de junho.

08
Maio

Revelações sobre Lampião

Postado às 17:26 Hs

Tá no Estadão:

A saga de Virgolino Ferreira da Silva, o conhecido Lampião (1898-1938), é talvez uma das mais importantes e conhecidas da história brasileira.

Envolto em lendas e verdades, o Rei do Cangaço povoa até hoje o imaginário nacional. Mas a trajetória desse fenômeno social remonta ao século 18, quando bandos de cangaceiros passaram a se formar no Nordeste.

Segundo o escritor e jornalista Moacir Assunção, “o fato de nos lembrarmos mais de Lampião quando falamos em cangaço é porque ele e homens como Corisco, Zé Baiano, Zé Sereno e Luiz Pedro, viveram em uma época na qual já existiam veículos de comunicação de massa, como as revistas, o cinema em sua plenitude e os jornais, além de livros, já distribuídos no interior nordestino, e da rica gesta da literatura de cordel”, escreve no livro.

Além disso, podemos dizer que Lampião se beneficiou da invenção que se tornou a expressão da modernidade no começo do século 20: a fotografia.

Parte desse acervo iconográfico foi organizada por Ricardo Albuquerque e está no livro Iconografia do Cangaço, que será lançado nesta terça-feira (08), em São Paulo.

A relação de Ricardo com essas imagens não se deu por acaso. Foi seu avô, Adhemar Albuquerque, que ensinou o libanês Benjamin Abrahão (1890-1938) a fotografar e filmar na década de 1930: “Meu avô nunca foi profissional, mas gostava de fazer cinema e documentários. Gostaria ele mesmo de ter filmado e fotografado Lampião, mas trabalhava como caixa num banco e seu chefe não o liberou”, conta em entrevista por telefone. “O jeito então foi munir Benjamin Abrahão de equipamentos e encomendar o material.”

O encontro dos dois se deu em 1934, por conta da morte do Padre Cícero, de quem Abrahão tinha se tornado secretário. Adhemar Albuquerque viajou até Juazeiro para filmar o funeral e foi ali que se conheceram.

A primeira tentativa foi um fracasso: “Os filmes ficaram todos velados e Abrahão os colocou na sua mochila junto com a comida. Até formiga tinha”, conta Ricardo. O jeito foi convencer Adhemar que valia a pena mais uma tentativa. E assim foi feito. Desta vez, o precursor do cinema se certificou de que não haveria erros.

O mascate libanês, cuja trajetória foi documentada no filme Baile Perfumado, se torna então quase por acaso e por interesse financeiro, o documentarista do bando do Lampião. Antes disso, porém, foi necessária uma carta do próprio Lampião autorizando a empreitada.

Ex-cangaceira Aristéia Soares de Lima, 98 anos, morreu após ficar internada desde segunda-feira (Foto: Glauco Araújo/G1)

A ex-cangaceira Aristéia Soares de Lima, 98 anos, morreu na tarde deste sábado (28) no Hospital Nair Alves de Sousa, em Paulo Afonso (BA). Ela estava internada desde segunda-feira (23), com complicações estomacais. Ela vivia em Delmiro Gouveia (AL) com os filhos. O corpo será sepultado no Capiá da Igrejinha, em Canapi (AL), neste domingo (29).

“Estamos todos tristes pela morte de minha mãe. Ela estava sofrendo com a saúde nos últimos dias. Praticamente não conseguia comer”, disse Pedro Soares, 58 anos, filhos da ex-cangaceira.

Aristéia era uma das últimas remanescentes do cangaço e dizia, sempre que era perguntada, que não tinha saudades do Tempo que viveu na caatinga, fugindo das volantes. Lúcida, ela relatou ao G1, em 2008, que a vida dos cangaceiros melhorou após a morte de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião.

Segundo ela, os integrantes das volantes minimizaram a perseguição aos cangaceiros após a década de 1940, quando o movimento liderado por Lampião acabou. “Sou mais feliz hoje do que no tempo do cangaço. Foi um tempo muito sofrido”, dizia Aristéia.

Desde o fim do cangaço, Aristéia permaneceu durante décadas no anonimato, tentando esconder o fato de que tinha feito parte do movimento liderado por Lampião, conduta que se percebeu comum entre ex-cangaceiros. Ela foi redescoberta e, 2007, durante pesquisas do historiador e especialista em cangaço, João de Sousa Lima.

Na casa onde ela vivia em Delmiro Gouveia, Aristéia gostava de mostrar uma de suas paixões, o São Paulo Futebol Clube, time de coração dela. No endereço, ela viveu com o filho Pedro, a nora e os netos.

Aristéia gostava de contar histórias sobre a amizade que viveu ao lado de Durvalina Gomes de Sá, conhecida como Durvinha, morta em junho de 2008 em Minas Gerais.

“Ela nunca chegou a lutar ao lado de Lampião. Aristéia fazia parte do grupo de Antonio Moreno (marido de Durvinha) e dizia que só viu Lampião quando a cabeça dele e do grupo de cangaceiros foram expostas em uma escadaria em Piranhas (AL), após serem mortos em uma emboscada na Grota de Angicos, em Poço Redondo (SE), em1938.(G1)

25
nov

Duvidando de Lampião ?

Postado às 23:33 Hs

Deu no UOL:

O juiz Aldo Albuquerque, da 7ª Vara Cível de Aracaju (SE), proibiu a publicação e comercialização do livro “Lampião – o Mata Sete” de autoria do juiz aposentado Pedro de Morais. A ação judicial foi movida pela família do “rei do cangaço”, que se sentiu ofendida porque, em um dos capítulos, ele é apontado como homossexual e sua companheira Maria Bonita, como adúltera.

No livro, o autor afirma que o Virgulino Ferreira, o Lampião, mantinha uma relação homoafetiva com um cangaceiro chamado Luiz Pedro, que também seria namorado de Maria Déia, a Maria Bonita, o que formaria triângulo amoroso.

Ainda no livro, o autor questiona a paternidade de Lampião em relação à única filha do casal, Expedita Ferreira Nunes, 79 anos. Segundo a obra, Lampião teria sido atingido por um tiro na genitália em 1922, o que lhe teria incapacitado de procriação.

A decisão judicial foi expedida ontem (27), momentos antes do lançamento do livro, que ocorreria em uma livraria de Aracaju. Assim, o autor está proibido de divulgar e comercializar o livro em qualquer parte do país. Pedro Morais poderá apenas se defender quanto ao conteúdo da obra.

13
Maio

Museu de Mossoró será revitalizado

Postado às 14:38 Hs

A Gerência Executiva da Cultura de Mossoró já está com tudo pronto para realizar uma grande e definitiva obra de restauração do Museu Municipal Lauro da Escóssia. A informação é da gerente Clézia Barreto, que anunciou a disponibilidade do município de abrir licitação dentro das próximas semanas.

“O projeto que elaboramos é dividido em duas partes. Uma delas é a de museuografia, que vai tratar da reforma física e a outra a de museologia, que trata da disposição do acervo e da sua exposição à comunidade”, explicou ela.

Clézia Barreto contou que ao contrário do que alguns setores tentam criar, o museu não está fechado. “Ele funciona com servidores do município, que disponibilizam o acervo para pesquisas durante o ano inteiro. Inclusive, algumas pesquisas recentes e publicadas em livros foram feitas tendo por base o material que está no museu”, contou.

A gerente de Cultura disse que o projeto de reforma física e estrutural do museu está pronto desde outubro do ano passado, mas precisava de algumas adequações. “Estas foram feitas e agora nós vamos poder colocá-las em prática”, comemorou.

Dentre as mudanças, a de transformar todo o andar térreo em área de visitação, com exposição de tudo que está à disposição no lugar. “Parte do nosso acervo que hoje não está distribuída pelo espaço do lugar será disponibilizada de acordo com os critérios técnicos do setor museológico”, explicou. Além disso, a reforma também deve aproveitar o primeiro andar para outros fins, como auditório para saraus e lançamentos de livros.

Clézia garante que o lugar será transformado em mais um centro cultural da cidade. “O desejo de reformar o museu não foi realizado antes por causa das intempéries da economia, que afetaram o município. Em 2009, como todo mundo sabe, houve uma crise financeira mundial que provocou a queda na arrecadação. Em 2010 foi a hora de se reerguer e agora em 2011 vamos esperar a abertura do orçamento para começarmos esse novo trabalho”, anunciou.

Museu é um dos patrimônios históricos de Mossoró

O Museu Municipal Lauro da Escóssia é um dos patrimônios históricos de Mossoró. Ele funciona no prédio onde antes era a cadeia pública da cidade, desativada há décadas. O prédio faz parte do patrimônio público e foi tombado pela prefeitura.

Ele foi instalado em 1948 e funciona desde 1992 no Centro Histórico e Cultural Manoel Hemetério.

O acervo contra com preciosidades da cultura regional. A seção de Arqueologia Indígena é a maior do Rio Grande do Norte. No museu também se encontram registros em documentos e objetos do Movimento Abolicionista, o primeiro voto-feminino na América do Sul e da resistência ao Bando de Lampião – boa parte deste acervo está reproduzida no Memorial da Resistência.

O museu também tem peças de peixes fossilizados e material fotográfico de Manuelito que registra boa parte da evolução arquitetônica e urbanística da cidade ao longo aos anos.

09
mar

Maria Bonita 100 anos…

Postado às 13:51 Hs

Deu em Cardoso Silva

Nesta terça-feira (8), uma mulher muito importante para a História do Brasil faria 100 anos de idade. Seu apelido era Maria Bonita, mas ela se chamava Maria Gomes de Oliveira. Ela ficou conhecida por ser a companheira de Lampião, o rei do cangaço. Os dois eram cangaceiros, uma espécie de bandido mais ou menos como o Robin Hood, que lutava contra pessoas muito ricas que exploravam os pobres.
Maria Bonita nasceu em 1911, na cidade de Paulo Afonso, na Bahia. Ela foi uma criança típica do lugar onde nasceu e tinha brincadeiras um pouco diferentes das que você conhece hoje: brincava nas lagoas, fazia bonecas de sabugos de milho os cabelos do sabugo viravam os cabelos das bonecas, andava a cavalo com o pai José Gomes de Oliveira e até ajudava a plantar milho e feijão.

Seus maiores companheiros nas brincadeiras eram seus irmãos. E ela tinha 11! Mas, como a casa onde moravam era grande, com muitos quartos, tinha espaço para todo mundo. E tinha também um pomar, onde dava para brincar de casinha, de esconde-esconde e de cabra-cega.
No entanto, naquela época, as crianças não aproveitavam muito a infância e se casavam cedo. Maria Bonita, por exemplo, casou quando tinha 16 anos com seu primo José Miguel da Silva, que era sapateiro. Mas, como não se dava bem com o marido, ela se separou logo depois e, aos 18 anos, conheceu Lampião e se apaixonou por ele. O amor de Maria Bonita e Lampião era como esses que a gente vê no cinema. Ela gostava tanto dele que virou cangaceira como ele.

Considerado o último cangaceiro homem e um dos últimos integrantes do bando de Virgulino Ferreira, o Lampião, Antônio Inácio da Silva morreu aos 100 anos na segunda-feira, em Belo Horizonte. O corpo de Moreno, como ele era conhecido no cangaço, foi enterrado na manhã de ontem no cemitério da Saudade, na capital mineira, em meio a fogos de artifício. O ex-cangaceiro, que adotou o nome de José Antônio Souto após deixar o grupo, vivia em Minas há 70 anos, para onde fugiu junto com a mulher, Jovina Maria da Conceição, conhecida com Durvinha – que faleceu em 2008, aos 93 anos.

Moreno faria 101 anos em primeiro de novembro e morreu vítima de insuficiência respiratória, segundo Neli Maria da Conceição, de 60 anos, filha do casal. “Depois que minha mãe morreu ele ficou meio triste, depressivo. Estava muito fraquinho. Acabou ficando numa cadeira de rodas. Ultimamente ele pedia muito que a mãe dele o buscasse porque não via mais sentido na vida dele”, disse Neli. “Ele morreu igual um passarinho, sem sofrimento, sem nada.”

Moreno e Durvinha tiveram seis filhos. Foi na busca pelo irmão mais velho, Inácio Carvalho Oliveira, atualmente com 72 anos – que havia sido deixado pelo casal de cangaceiros em Tacaratu (PE) -, que Neli descobriu, em outubro de 2005, a verdadeira história dos pais. “Era um segredo dos dois, do meu pai e de minha mãe. Queriam que esse segredo morresse com eles. Eles ainda tinham medo de serem descobertos e mortos.”

O casal chegou a Minas no final da década de 1930 fugindo dos ataques das forças federais que dizimou o grupo de Lampião – morto em 1938. Após quatro meses de fuga, margeando o Rio São Francisco, eles se estabeleceram na cidade de Augusto de Lima, na região central do Estado. Adotaram novas identidades e prosperaram vendendo farinha. No final da década de 1960, o casal se mudou para Belo Horizonte.

Durante o sepultamento na região leste da capital mineira, parentes e amigos assistiram a uma salva de fogos de artifício. Foi um pedido de Moreno. “Porque ele nunca imaginou que teria o privilégio de ter uma cova. Sempre achou que ia ser morto, ter a cabeça cortada e ser comido por bichos no mato como os outros cangaceiros”, explicou Neli.

A história do casal Moreno e Durvinha será contada no documentário “O Altar do Cangaço”, dirigido pelo cineasta cearense Wolney de Oliveira, que compareceu ao enterro. Conforme Neli, do bando de Lampião, resta apenas uma ex-cangaceira que vive em Paulo Afonso (BA). Com 92 anos e identificada como Aristéia, ela seria a última mulher integrante do movimento. “Ela foi amiga da minha mãe”, disse Neli.

Maio 2
quinta-feira
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