13
jan

O espantoso silêncio sobre Nem

Postado às 23:37 Hs

Por João Bosco Leal

Dois meses atrás a imprensa brasileira divulgou, com muitas manchetes, a prisão do traficante Antonio Bonfim Lopes, conhecido como Nem, ocorrida em 10 de Novembro de 2011.

Quando tentava fugir do cerco policial à Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, onde era o chefe do tráfico de drogas, o carro onde o traficante era transportado foi interceptado e os dois homens que estavam no veículo se negaram a abrir o porta-malas do mesmo, onde estava Nem.

De acordo com as declarações dos policiais, os dois se apresentaram como um funcionário da embaixada do Congo e um advogado e que, diante na negativa em abrir o parta-malas, teriam decidido escoltá-los até uma delegacia.

Durante o trajeto, porém, os ocupantes do carro pararam na região da Lagoa e propuseram pagar entre R$ 20 e 30 mil reais para que os policiais os deixassem ir embora. Com a recusa, a proposta chegou a R$ 1 milhão de reais.

A Polícia Federal foi chamada, o porta-malas aberto, o traficante detido e com o apoio da Coordenadoria dos Recursos Especiais (Core) na ação, levado em comboio para a sede da Polícia Federal na Zona Portuária do Rio, com toda a imprensa acompanhando.

Tamanho aparato policial, a enorme divulgação e a posterior entrevista coletiva dada pelo secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, determinava a importância da prisão.

Declarações de que a espinha dorsal do tráfico havia sido quebrada, que o maior traficante do Rio estava preso e a importância de sua prisão para se chegar outras centenas de nomes envolvidas com o tráfico foram dadas para todos os veículos de comunicação.

Após sua prisão e também de sua mulher, Danúbia de Souza Rangel, ocorrida quinze dias depois, soube-se que o traficante movimentava R$ 100 milhões por mês e que metade desse movimento era destinado à corrupção policial.

Mesmo para o chefe do tráfico, é muito dinheiro para crermos que não existem pessoas muito mais poderosas por detrás dele, um homem com baixíssima instrução e que mesmo movimentando todo esse dinheiro, continuava vivendo na favela e usufruindo muito pouco desse volume de dinheiro, o que não condiz com o comportamento humano natural de melhorar seu padrão de vida a cada elevação nos ganhos.

Pessoas muito mais poderosas e influentes é que são os verdadeiros chefões, que dominam o mercado da droga no Rio de Janeiro e outros em outras partes do país, mas que não aparecem. Colocam os “Nem” como sendo os chefes parta que estes façam o serviço sujo por eles enquanto isso lhes interessar. Quando contrariados, esses chefões simplesmente “eliminam” o chefe, substituindo-o por outro que siga suas regras.

Em uma roda de amigos no fim do ano, um médico, analisando o poder e a influência das pessoas envolvidas tanto no tráfico como no consumo, lembrou de como um assunto dessa magnitude já estava totalmente abafado menos de dois meses depois, sem mais nenhum tipo de comentário por qualquer veículo de comunicação da imprensa brasileira.

Nem as declarações dadas pelo Secretário de Segurança Pública, de que agora saberiam mais sobre o tráfico, tiveram continuidade na imprensa. O que Nem disse? O que foi descoberto? Porque o silêncio? A podridão é tão grande que a população brasileira não pode saber? Onde está a democracia e a liberdade de imprensa? Ou ela também foi corrompida?

O silêncio sobre o assunto “traficante Nem” é uma prova inconteste, de que a podridão em nosso país atingiu níveis inconfessáveis.

19
nov

NEM longe daqui,pelo menos por enquanto…

Postado às 14:17 Hs

Pelo menos por enquanto ele não vem fazer companhia a Beira Mar em Mossoró,o traficante NEM ficará mesmo pelo Centro-Oeste.

O traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, acusado de chefiar o tráfico de drogas na favela da Rocinha, localizada entre os bairros da Gávea e São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro, foi transferido esta manhã para o presídio federal de segurança máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Um comboio com dez carros, com apoio de 40 homens do Serviço de Operações Especiais (SOE) da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), saiu por volta das 6h da Penitenciária Bangu 1 com o traficante e três integrantes de sua facção criminosa.

Eles foram presos pelas forças de segurança do Estado quando tentavam deixar a comunidade, após o anúncio do governo sobre a ocupação da Rocinha para a implantação de unidade de polícia pacificadora (UPP), que compreende ainda as comunidades do Vidigal e Chácara do Céu. Nem e seus comparsas, Anderson Rosa Mendonça, o Coelho; Valquir Garcia dos Santos, o Carré; e o ex-policial militar Flávio Melo dos Santos, seguiram em um avião da Polícia Federal, pouco depois das 8h, sob forte esquema policial, para a penitenciária de Mato Grosso do Sul, onde ficará à disposição da Justiça.

15
nov

Ele sabe muito…

Postado às 16:03 Hs

O secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse nesta segunda-feira que o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, preso na quinta-feira, pode ajudar a elucidar casos de corrupção envolvendo policiais civis e militares. Em depoimento à Polícia Federal logo que foi preso, Nem disse que metade do seu faturamento ia para o pagamento de propina a policiais da banda podre.

Em entrevista à TV Globo na manhã desta segunda, Beltrame disse que o depoimento do traficante Nem pode ser uma “oportunidade importantíssima” para elucidar casos de corrupção. O secretário estuda oferecer ao traficante uma medida judicial para que Nem contribua com a Justiça e a polícia. Para o secretário, a Operação de Choque foi “um trabalho de inteligência e não de guerra”.

Beltrame destacou o planejamento como um dos trunfos da ação. “Antes você entrava nessas áreas sem um objetivo específico e isso, muitas vezes, trazia o confronto, o que não é bom para ninguém. A polícia não quer confronto”, disse o secretário. “Você precisa planejar, deixar muito claro o que quer, fazer um trabalho definitivo.”

Questionado sobre a importância da retomada da Rocinha, a maior favela da América Latina, Beltrame afirmou: “Abrimos uma janela de oportunidade. Isso só vai funcionar se atendermos a dignidade daquelas pessoas que estão lá. Cabe ao estado fazer uma invasão social. A porta da rocinha está aberta à sociedade e ao estado desde ontem.”

11
nov

Dinheiro para policiais…

Postado às 19:44 Hs

O traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, preso na madrugada de ontem (10) durante operação policial na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, disse em depoimento na sede da Polícia Federal que metade do que faturava com a venda de drogas era entregue a policiais civis e militares, segundo reportagem do jornal carioca “O Globo”. O traficante disse também que a propina tinha como destino final uma série de agentes públicos e que teve lucro zero em determinados períodos por causa da frequência de pagamentos. Segundo estimativas da Polícia Civil, não confirmadas no depoimento, o traficante faturava mais de R$ 100 milhões por ano.

O traficante contou no depoimento que uma parte do seu lucro com a venda de drogas era usado para ajudar moradores da Rocinha, com pagamento de enterros, fornecimento de cestas básicas, compra de remédios e realização de obras. “Quando me pediam, eu comprava tijolos e financiava a construção de casas na comunidade”, disse.

Em entrevista à TV Globo, o secretário de segurança, José Mariano Beltrame, disse que gostaria muito que Nem falasse o que sabe, por conhecer “a arquitetura do tráfico de drogas e como são os meandros da corrupção”.

Nem, apontado como chefe da quadrilha que controla a venda de drogas na Rocinha, foi preso quando tentava fugir da comunidade no porta-malas de um carro. Quinze pessoas foram detidas durante a operação de cerco montada pela Polícia Militar, em conjunto com a Polícia Federal — entre elas Nem e dois homens que, segundo a polícia, tinham papéis importantes dentro da quadrilha: Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, e Sandro Luis de Paula Amorim, o Peixe. Segundo o chefe de Estado-Maior operacional da Polícia Militar, coronel Alberto Pinheiro Neto, o cerco da Rocinha é o primeiro passo do processo de pacificação da comunidade. O coronel não revelou, no entanto, quando será iniciada a ocupação efetiva da favela.

O Governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, em entrevista a rádio CBN, disse que deseja manter o traficante fora do estado, e vai pedir ao (Departamento Penitenciário Federal) que decidirá para qual presídio federal o traficante será levado. O traficante Nem após a prisão foi transferido da delegacia da Polícia Federal para uma cela do complexo Bangu 1. O Presídio Federal de Mossoró é um dos cinco presídios de segurança máxima, que  o traficante NEM pode  ser transferido em breve. Atualmente preso o também traficante Fernandinho Beira-Mar.

11
nov

Ainda existe honestidade

Postado às 15:00 Hs

O tenente Disraeli Gomes, de 32 anos, está há dez na Polícia Militar. Na quarta à noite, ele comandava a operação de cerco à Rocinha. Ao reconhecerem nele a mesma farda usada, no passado, por dois ex-PMs presos horas antes daquele dia escoltando bandidos na Gávea, três pessoas num Corolla arriscaram a sorte, como informa o Extra.

“Temos ali no porta-malas R$ 1 milhão, mas é dinheiro de evasão de divisas. Podemos conversar”, disse um dos suspeitos, tentando persuadir o tenente a não abrir o compartimento onde o traficante Nem se mexia.

Disraeli ganha R$ 3.500 líquidos por mês e não vive num mar de rosas. Na mesma equipe, havia outros policiais em situação financeira ainda menos favorável. O cabo André Souza, de 39 anos, está há nove anos na corporação. Recebe R$ 1.700 líquidos, tem um filho de 15 anos que estuda em escola pública, não tem carro nem casa própria.

“Vamos para a Polícia Federal”, disse Disraeli, que estava com a equipe na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea. Os policiais não abriram o porta-malas porque o motorista se dizia cônsul.

Os três suspeitos seguiram no Corolla escoltados pelos policiais. O comboio seguiu até a Lagoa. Nova parada. Um dos três suspeitos saiu do carro e ofereceu um valor fixo: “Dou R$ 20 mil”.

Nova negativa. O grupo segue. Nova parada, até que policiais federais chegaram e abriram o porta-malas. Lá dentro, o prêmio da honestidade: Nem.

10
nov

Mais um…

Postado às 14:50 Hs

Um dos policiais militares do Rio que participaram da operação que resultou na prisão do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, disse que os homens que o ajudavam na tentativa de fuga chegaram a oferecer R$ 1 milhão de suborno aos policiais. ”Primeiro eles ofereceram R$ 20 mil, depois R$ 1 milhão, para liberarmos eles”, afirmou à CBN o soldado identificado como Heitor.

Apontado como chefe do tráfico de drogas da favela da Rocinha (zona oeste), Nem foi preso em uma operação do Batalhão de Choque da PM na madrugada de hoje.

Ele estava no porta-malas de um Toyota Corolla, que foi parado pela polícia na altura do clube Piraquê, na Lagoa, a poucos quilômetros da favela, após informações de inteligência terem apontado que o traficante, um dos mais procurados do Rio, estava no carro.

CÔNSUL

Segundo a polícia, o motorista do veículo se identificou inicialmente como cônsul do Congo e alegou imunidade diplomática para não permitir que o carro fosse revistado. Diante dessa afirmação, os policiais do Batalhão de Choque decidiram escoltá-lo até a Polícia Federal.

No trajeto, o motorista teria oferecido suborno aos PMs, que lhe deram voz de prisão. A verdadeira identidade do motorista ainda não foi divulgada.

Nem foi preso poucas horas depois de a Polícia Federal ter detido o seu braço-direito, conhecido como Coelho, e outros quatro traficantes, juntamente com três policiais civis e dois ex-policiais militares que faziam a sua escolta. Já se comenta que ele poderá ser transferido para Mossoró em breve.Já que o governador do Rio de Janeiro não que ele no seu Estado.
Fonte: Folha Online
Maio 23
quinta-feira
09 05
ENQUETE

Você acha que o brasileiro acostumou-se com a Corrupção ao longo do tempo ?

Ver resultado parcial

Carregando ... Carregando ...
PREVISÃO DO TEMPO
INDICADOR ECONÔMICO
45 USUÁRIOS ONLINE
Publicidade
  5.959.252 VISITAS