Por:Josias de Souza

Os historiadores fascinarão os brasileiros do futuro quando puderem se pronunciar sobre os dias atuais sem se preocupar em saber o que vai sobrar depois que a turma da Odebrecht começar a suar o dedo. O relato sobre o apocalipse do PT no poder encontrará a exatidão no exagero. Buscará paralelos na dramaturgia grega ao relatar como o petismo saiu da História para cair na vida.

No início desta semana, o PT imaginou que poderia reescrever a história a partir da gravação de uma conversa em que Romero Jucá insinua para Sérgio Machado que a queda de Dilma e a ascensão de Temer poderia resultar num “pacto” para “estancar a sangria” da Lava Jato. Está confirmado o golpe, alardearam Dilma e os petistas.

A presença dos nomes de 69 políticos com prerrogativa de foro entre os mais de 300 citados na superplanilha da Odebrecht justificou a decisão do juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações em primeira instância da Operação Lava Jato, de encaminhar a relação para o Supremo Tribunal Federal. No documento constam nomes de sete ministros de Estado, 14 senadores e 46 deputados federais, além dos presidentes das duas Casas do Congresso, Renan Calheiros (Senado) e Eduardo Cunha (Câmara).

 Esta lista dos citados na planilha pode ser ainda maior porque ao menos três deputados eleitos em 2014 citados na planilha se licenciaram do cargo para assumir funções administrativas no Executivo em seus respectivos Estados. Outros três são suplentes de senadores e deputados, e podem garantir o foro privilegiado se negociarem assumir o lugar de seus titulares.

Considerada pela força tarefa da Lava Jato como a mais detalhada relação de pagamentos a políticos desde o início das investigações, a planilha foi encontrada em fevereiro pela Polícia Federal, durante a Operação Acarajé, a 23ª fase da Lava Jato. O documento estava no apartamento do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior, preso na ocasião.

Um cruzamento de dados feito pelo jornal O Estado de S.Paulo com base no documento e prestações de contas apresentadas à Justiça Eleitoral mostra que, em vários casos, os valores são superiores aos declarados pelos candidatos indicando possível caixa 2.

Ao encaminhar para o Supremo, instância competente para conduzir investigações envolvendo ministros, senadores e deputados com mandato, o juiz Sérgio Moro apontou a necessidade de aprofundamento das investigações “diante de indícios mais concretos de que esses pagamentos também seriam ilícitos”. (ISTOÉ\Estadão\Conteúdo)

Foi por pouco, questão de 48 horas, mas o senador Delcidio do Amaral (PT-MS) conseguiu deixar a cadeia a tempo de ver se concretizar uma profecia sua e, enfim, poder dizer: “eu avisei”. Em junho de 2015, o petista, que ganhou liberdade na sexta-feira, já se mostrava preocupado com os pagamentos no exterior de despesas da campanha de Dilma Rousseff em 2014 pela Odebrecht.

Conforme revelou VEJA em dezembro do ano passado, depois de uma reunião no gabinete de Dilma, Delcídio chamou-a de lado e disse a seguinte frase: “Presidente, a prisão (de Marcelo Odebrecht) também é um problema seu, porque a Odebrecht pagou no exterior pelos serviços prestados por João Santana à sua campanha”. Aloizio Mercadante, que ainda chefiava a Casa Civil, contrariou o senador.

Para ele, Odebrecht “era problema do Lula”. Ao deixar o Palácio do Planalto, espantado com o desconhecimento da presidente sobre o envolvimento financeiro do PT com as empreiteiras implicadas na Lava-Jato, Delcídio a definiu como “autista” a um colega de partido. “A Dilma não sabe o que é passar o chapéu porque passaram o chapéu por ela”, arrematou. (Veja/João Pedroso de Campos, de São Paulo)

Desde que o avançar inexorável das investigações da Lava Jato expôs ao Brasil o desfecho que, cedo ou tarde, certamente viria, o mercurial empresário Emilio Odebrecht, patriarca da família que ergueu a maior empreiteira da América Latina, começou a ter acessos de raiva. Nesses episódios, segundo pessoas próximas do empresário, a raiva – interpretada como ódio por algumas delas – recaía sobre os dois principais líderes do PT: a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A exemplo dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, outros dois poderosos alvos dos procuradores e delegados da Lava Jato, Emilio Odebrecht acredita, sem evidências, que o governo do PT está por trás das investigações lideradas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Se prenderem o Marcelo (Odebrecht, filho de Emilio e atual presidente da empresa), terão de arrumar mais três celas”, costuma repetir o patriarca, de acordo com esses relatos. “Uma para mim, outra para o Lula e outra ainda para a Dilma.”
22
mar

Conquista

Postado às 14:00 Hs

Um projeto de pesquisadores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) foi o grande vencedor da 6ª edição do Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável – Brasil, que premia iniciativas de sustentabilidade aplicadas a segmentos da engenharia, arquitetura e agronomia. Durante a cerimônia de premiação realizada na última quarta-feira, dia 19, no auditório do Maracanã, Rio de Janeiro, a empresa apresentou os cinco projetos que também foram para a final. As propostas são oriundas das universidades de São Bernardo do Campo (SP), Salvador (BA), Foz do Iguaçu (PR) e Rio de Janeiro (RJ). Cada trabalho recebeu R$ 60 mil reais – sendo que o estudante, ou grupo, o orientador e a universidade ganham R$ 20 mil reais cada. Os estudantes autores dos trabalhos classificados serão convidados a participar de processos seletivos para oportunidades nas empresas da Organização Odebrecht.
20
mar

Transnordestina avança…

Postado às 13:00 Hs

A Ferrovia Transnordestina entrará na fase de montagem da superestrutura (colocação de trilhos e dormentes) no próximo dia 10 de abril, no município de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco. É o que informa a Odebrecht Infraestrutura, que juntamente com a Transnordestina Logística S.A, é responsável pela obra. Segundo balanço do andamento da obra, 50% da infraestrutura estão prontos, com o trecho entre Salgueiro e Verdejante concluído e a região próxima ao município de São José do Belmonte em fase de conclusão.

Quando estiver concluída, a Transnordestina vai ligar o município de Eliseu Martins (PI) aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE), seguindo até Porto Real do Colégio (AL), onde se interligará com a Ferrovia Centro-Atlântica. Ao todo, são 1.728 quilômetros em construção e outros 560 quilômetros em recuperação, totalizando 2.288 quilômetros.

O custo da obra é estimado em R$ 5,42 bilhões – dos quais R$ 1,3 bilhão da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), controladora da Transnordestina Logística, e R$ 164,6 milhões da União. O restante provém de financiamentos públicos (Finor, FNE, BNDES e FDNE).

Com a conclusão prevista para 2010, o trecho Salgueiro/Suape está com dois anos de atraso. Entre as principais dificuldades alegadas pelo consórcio executor da obra estão os atrasos nas desapropriações, executadas pelos governos estaduais, e nas licenças ambientais.

No mês passado, a presidente Dilma Rousseff esteve em Pernambuco e no Ceará para vistoriar as obras da Transnordestina e da Transposição e cobrou agilidade no andamento das obras, com cumprimento dos prazos estabelecidos. Na ocasião, Dilma teria deixado claro que o governo federal não pretende revisar os valores da obra.

As principais cargas transportadas pela ferrovia serão álcool, algodão (caroço e pluma), argila, arroz, biodiesel, cal, cimento, contêineres, diesel, farelo de soja, fertilizantes, gasolina, gesso, gipsita, milho, óleo de soja, soja e minério de ferro.

Fonte: Elba Galindo

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