Via Blog do Magno

Foi no mínimo, convenhamos, uma baita coincidência no dia seguinte ao presidente Lula revelar que queria “foder” Sérgio Moro, numa entrevista ao site petista 247, a Polícia Federal desencadear uma operação para prender integrantes do PCC, o Primeiro Comando da Capital, um dos braços mais perigosos do crime organizado, que planejavam sequestrar e matar o ex-juiz Sérgio Moro, agora senador pelo União Brasil do Paraná.

“Não está tudo bem. Só vai ficar tudo bem quando eu foder esse Moro. Eu sempre dizia que estava lá para me vingar dessa gente. Sempre que entrava um delegado, eu falava: ‘Se prepare que eu vou provar’”. Essas foram as declarações do chefe da Nação, que caíram como uma bomba nos meios políticos, com forte repercussão ao longo do dia de ontem com a deflagração da operação da Federal.

A oposição caiu de pau em cima de Lula. Com o presidente fora de Brasília, cumprido agenda na Paraíba e Pernambuco, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta (PT), convocou uma coletiva de imprensa às pressas para declarar que as tentativas de associar o presidente às ações de grupos criminosos são “perversas” e “fora de propósito”. Pimenta chamou os jornalistas para apresentar a versão do governo com apenas 15 minutos de antecedência e foi acompanhado de ao menos cinco assessores.

“Tentar, como algumas pessoas estão tentando estabelecer um vínculo entre essa declaração e a operação conduzida pela PF é algo absolutamente fora de propósito e serve evidentemente para a disputa política”, afirmou Pimenta. “Querer fazer esse vínculo é uma estratégia perversa e mais uma forma de estabelecer uma relação de questionamento das instituições, que enfraquece a democracia e que deve ser repudiada”, argumentou o ministro.

O próprio Sérgio Moro está entre os políticos que exploraram negativamente a fala de Lula, assim como têm feito os parlamentares que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista à CNN na última terça-feira, o senador disse temer risco a seus familiares após a fala de Lula. “Repudio veementemente, acho que o presidente feriu a liturgia do cargo por utilizar esse palavreado de baixo calão e simplesmente a gente tem que questionar quando isso é utilizado como forma de desviar o foco dos fracassos do governo federal”, afirmou.

Sergio Moro

Moro já apreendeu muito desde que se tornou político

Por Marcela Mattos / Veja

Logo após tomar posse, o ex-juiz e agora senador Sergio Moro foi procurado por um cacique do seu partido, o União Brasil, que estava preocupado sobre o comportamento do recém-eleito parlamentar no Congresso. O principal temor era o de que a “bancada” da Lava-Jato, composta pelo ex-juiz e pelo ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR), eleito deputado, tente reprisar o que consideram uma perseguição à classe política.

Agora pertencentes ao mesmo grupo social, avaliam, é hora de baixar a bola.

SEM CRIAR PROBLEMAS – “Não é bom esse negócio de ficar atacando parlamentar”, disse o dirigente do União Brasil a Moro. Ressaltando o corporativismo da causa, esse mesmo cacique apontou que tudo bem se Moro mantivesse os ataques ao ex-presidente Lula, que foi preso por ordem do ex-juiz, mas que não criasse problemas dentro de “casa”.

Conforme relatos, Moro acatou o conselho. “Ele entendeu, é político”, afirmou um parlamentar a VEJA.  Já com Deltan, o clima não é dos melhores. O ex-procurador e agora deputado ingressou com uma ação no Ministério Público questionando os gastos de campanha da também deputada Daniela do Waguinho (União-RJ), que assumiu o Ministério do Turismo no governo Lula. Em resposta, deputados ameaçam ingressar com uma representação contra Dallagnol no Conselho de Ética – resgatando, por exemplo, os gastos públicos despendidos com o ex-procurador durante a Lava-Jato.

Foto: Geraldo Magela

O deputado federal e presidente do União Brasil, Luciano Bivar (PE), afirmou que se o senador Sergio Moro (União-PR) estiver “incomodado” com as decisões tomadas pelo partido, ele pode pedir para “sair”.

Em entrevista ao Globo, Bivar defendeu que os parlamentares tenham o direito de ocupar “cargos majoritários”, além de “um mínimo de fidelidade partidária” dos políticos em relação às legendas, nem que para isso sejam feitas alterações na legislação junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Ao falar especificamente sobre Moro, que já afirmou ser oposição ao governo do presidente Lula (PT), do qual o União Brasil faz parte, Bivar lembrou que o partido “investiu dinheiro e tempo de televisão nele”, logo, disse considerar normal que o parlamentar vote conforme o entendimento a sigla. Porém, ressaltou que o senador não será “coagido”.

“Moro vai votar como quiser, não será coagido por ninguém, mesmo porque não tem cargos no governo. Mas ele e os demais saberão qual é a posição oficial do partido, e quem se sentir incomodado poderá sair sem qualquer prejuízo. Como tapar o sol com a peneira?”, declarou.

Recentemente, Sergio Moro afirmou que não tem “nenhuma relação” com a decisão de seus colegas de partido de integrarem o governo. Opositor a Lula, ele foi o responsável por condenar e mandar prender o petista em 2018, no âmbito da Lava Jato — posteriormente o ex-magistrado foi considerado parcial e as decisões anuladas.

Portal 98FM

27
abr

Eleições 2022: Chapa puro sangue

Postado às 16:39 Hs

O União Brasil deve desistir de lançar uma candidatura única de 3ª via com PSDB, Cidadania e MDB. A expectativa é que o partido, resultado da fusão do DEM com o PSL, lance uma chapa pura, formada por Sergio Moro e Luciano Bivar. Para esse novo desenho, ainda não foi definido quem será a cabeça de chapa. A possibilidade foi avaliada depois do encontro dos presidentes União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania, ontem. As informações são do portal Poder360.

“Tudo caminha para o União Brasil fazer uma chapa única”, disse o deputado Junior Bozzella. A decisão de deixar o acordo segue a constatação de que a sigla tem mais dinheiro de Fundo Eleitoral, mais tempo de TV, e é a única sem divisões internas. O União Brasil tem 53 deputados federais. É o 4º maior partido, em número de parlamentares da Câmara.

A legenda também diz ter o pré-candidato mais competitivo da 3ª via, Sergio Moro. O ex-juiz tem 6% das intenções de voto, de acordo com a última pesquisa PoderData na qual nome dele foi testado.

O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) reafirmou diversas vezes nesta sexta (8), durante um evento em Washington, ainda ter interesse em disputar a Presidência do Brasil, mesmo após seu próprio partido ter descartado a ideia, alguns dias atrás. “Eu não posso ir para um novo partido e dizer ‘oh, sou o candidato presidencial’. Mas meu nome está disponível para esta posição ou outra que eles entendam que possamos trabalhar. Mas já disse que não serei candidato a deputado federal”, afirmou Moro, em entrevista ao Atlantic Council, centro de pesquisas baseado na capital dos EUA. ESTÁ DISPONÍVEL – “Meu nome segue disponível na mesa. É claro, isso depende da decisão do presidente do partido, Luciano Bivar. Eu disse desde o começo que nunca desistiria da eleição presidencial. Isso [mudar de partido] foi apenas dar um passo atrás, que eu senti ser necessário para ter a possibilidade de vencer”, disse o ex-juiz, explicando: “Entendi que eu preciso de um partido mais forte para vencer a polarização.”
01
abr

Moro de volta…

Postado às 20:50 Hs

O ex-juiz Sergio Moro voltou atrás nesta sexta-feira (1º) e rasgou a nota divulgada ontem em suas redes sociais, na qual anunciava a sua desistência de concorrer à Presidência da República. Ele anunciou também que não será candidato a deputado federal.

“Preciso esclarecer a todos que eu não desisti de nada”, disse Moro, em pronunciamento transmitido pelo seu perfil no Instagram. “Não tenho ambição por cargos. Se tivesse, teria permanecido juiz federal ou ministro da Justiça. Também não tenho necessidade de foro privilegiado ou outros privilégios que sempre repudiei e defendo a extinção. Aliás, não serei candidato a deputado federal”, continuou.

Nessa quinta-feira (31), Moro havia anunciado sua desistência de concorrer ao Planalto após filiar-se ao União Brasil. “Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor”, disse.

 Correio Braziliense

07
dez

A nova UDN com Moro

Postado às 7:56 Hs

Reprodução

Nome mais competitivo na viabilização da chamada terceira via presidencial em 2022, o ex-ministro Sérgio Moro, pré-candidato do Podemos ao Palácio do Planalto, pode se transformar como condutor da reedição no Brasil, 80 anos depois, da chamada UDN – União Democrática Nacional, movimento que teve seu início entre 1937 e 1945, contribuindo para o fim do Estado Novo.

Teve atuação destacada no Governo de Getúlio Vargas entre os anos de 1950-1954, ao qual fez uma contundente oposição. Além do antigetulismo, foram características marcantes da UDN a defesa do liberalismo e intervencionismo. Embora a frente política que formava a UDN fosse diversificada, era restrita basicamente à elite.

Faziam dela parte oligarquias que perderam poder e influência com a Revolução de 1930; antigos aliados de Getúlio que tinham sido alijados do poder; participantes do Estado Novo que se afastaram antes do fim desse período; grupos liberais com identificação regional e grupos de esquerda que buscavam oposição ao Governo de Vargas.

“Tem um cheiro forte de UDN no ar”, reproduziu, ontem, para este colunista, de Brasília, um conhecido marqueteiro que acompanha a cena nacional há muito tempo. Segundo ele, encabeçando a chapa pelo Podemos, Moro poderia atrair para uma aliança o PSDB, o União Brasil, resultado da fusão PSL-DEM, o Cidadania e, provavelmente, também o MDB.

A reedição da velha UDN para os dias atuais, juntando tantos partidos importantes de centro-direita e esquerda moderada, pode resultar numa chapa bastante competitiva. Fala-se, já, em alguns nomes que poderiam ser o candidato a vice na chapa de Moro, dentre eles o governador de São Paulo, João Doria, representante do PSDB, e os pernambucanos Luciano Bivar e Mendonça Filho, do União Brasil.

A UDN fez história. Um dos principais líderes foi Carlos Lacerda, fundando em 1949 o jornal Tribuna da Imprensa que se tornou símbolo da oposição a Vargas e plataforma para propostas udenistas. Neste periódico tinha repercussão os discursos veementes de Lacerda, marcando o debate crítico ao governo nacional. Esta rivalidade chegou ao ápice quando, na madrugada do dia 5 de agosto de 1954, Lacerda foi alvejado em Copacabana, no incidente conhecido como “Atentado da Rua Tonelero”, resultando na morte do major da Aeronáutica Rubens Florentino Vaz, responsável pela proteção do jornalista.

Lacerda afirmou que o então presidente teria ligação com o ocorrido, resultando em um grande golpe no governo de Vargas, que se suicidaria 19 dias depois. A morte de Getúlio reverteu a opinião pública que responsabilizou Lacerda, e consequentemente a UDN, pelo ocorrido.

Blog do Magno

A deputada federal Renata Abreu herdou do pai e do tio o comando de um partido nanico, o PTN, e o transformou no Podemos. Hoje a legenda reúne a terceira maior bancada do Senado, está lançando Sergio Moro como candidato a presidente em 2022 e deve receber uma cota de cerca de R$ 200 milhões do fundo eleitoral para gastar na campanha. Entrevistada do episódio 32 do podcast “A Malu tá ON”, Renata vê vantagens na manutenção de candidaturas como a de Ciro Gomes (PDT) – “ajuda a dividir o outro espectro, o da esquerda”. Mas está certa de que, na disputa pelo eleitor de centro e de centro-direita para compor a chamada terceira via, sua aposta no ex-juiz da Lava Jato vai prevalecer. UNIÃO NA TERCEIRA VIA – “Se algum dos candidatos não contribuir para que tenha uma união e a ‘melhor via’ possa de fato ir para o segundo turno, vai ter uma pressão popular para que essa união aconteça.” E ela ainda desafia: “Se tivesse algum outro candidato que pontuasse muito melhor do que o Moro, ou que ele por alguma razão despencasse nas pesquisas, ele não teria problema em contribuir. Agora sinceramente, eu não vejo possibilidade de isso acontecer, e aí os outros terão que ter esse desprendimento também”. Na conversa com Malu Gaspar, a deputada ecoou o discurso de campanha de Moro e afirmou que Bolsonaro não tem liderança e nem pulso firme. E mesmo considerando que seu partido votou com o governo em 88% de suas pautas no Congresso – o Podemos foi a favor do voto impresso e da reforma da Previdência, mas refugou a reforma tributária – ela não vê risco de a candidatura Moro ser compreendida como um “bolsonarismo cheiroso”.
O senador Álvaro Dias, nome respeitado dentro do Podemos, declarou, nesta terça-feira, na Rádio Bandeirantes, que a possível composição do governador João Doria com Sérgio Moro, “só tem espaço para vice-presidente”.  A declaração de Álvaro confere com o que escrevi, dia 29, aqui na Tribuna da Internet: É surrada a marola de alguns pré-candidatos. Almejam, na verdade, ser lembrados para vice-presidente. Doria é um deles. Rodrigo Pacheco, Simone Tebet e Alessandro Vieira, também. Os quatro, como não chegam ao segundo turno pelas próprias pernas, sonham em ficar na vitrine dos reservas de luxo. Esperando ansiosos pelo aceno de fé, amor e solidariedade dos candidatos com mais chances de vencer o pleito. LEI DE SEGURANÇA – Quem não quiser passar festas de fim de ano na delegacia ou na cadeia, evite xingar Bolsonaro. Foi o que aconteceu com uma cidadã, na via Dutra, perto da cidade fluminense de Resende, por ter a audácia de rogar pragas para Bolsonaro, que acenava docemente para quem passava de carro.

Por Guilherme Amado / Metrópoles

Jair Bolsonaro está apreensivo com a possibilidade de Sergio Moro chegar, até o fim do ano, a 15% das intenções de voto no primeiro turno de 2022. O presidente já foi alertado por aliados do grande risco que Moro significa para sua candidatura – ser enterrada já antes do segundo turno.

Na última pesquisa Ipespe, feita entre 22 e 24 de novembro, Sergio Moro apareceu com 11 pontos, três à frente da anterior, de outubro. Bolsonaro caiu três, com 25% das intenções de voto. Lula manteve o favoritismo e teve 42%. Tudo isso no primeiro turno.

ZONA PERIGOSA – A migração de eleitores de Bolsonaro para Moro, portanto, já começou. O temor de Bolsonaro é que o aumento da exposição de Moro na imprensa e nas redes sociais façam ele ter novo crescimento como esse em um mês, o que o faria encostar nos 15%. Com uma diferença de apenas 10% ou possivelmente menos entre o ex-juiz e o presidente, Bolsonaro entraria numa zona perigosa.

Caso isso ocorra, ministros avaliam que o Centrão deve ganhar ainda mais força no governo e consequentemente haverá aumento dos gastos para tentar salvar a popularidade do presidente e consequentemente a reeleição.

O anúncio de filiação do ex-ministro de Justiça e Segurança Pública Sergio Moro ao Podemos na próxima quarta-feira (10), em Brasília, é consequência de um roteiro previsível, traçado desde quando era o responsável por julgar os casos da operação Lava Jato. Por tudo que se desenha, a expectativa é de que o ex-juiz dispute a Presidência da República. Entre março de 2014 e novembro de 2018, Moro ganhou notoriedade e atraiu os holofotes da mídia. Sua atuação enquanto magistrado deixou marcas profundas no país, dividindo opiniões. Conduções coercitivas e vazamentos ilegais praticamente não sofriam contestações pelo apoio quase irrestrito da sociedade à maior investigação contra a corrupção da história do Brasil. Em 2016, as conversas telefônicas entre o ex-presidente Lula e um de seus advogados se tornaram públicas graças a uma decisão de Sergio Moro, passando por cima de uma prerrogativa que envolve defesa e cliente, pondo em xeque o próprio sistema judiciário. Com tamanha popularidade, o céu era o limite para o então juiz.

O ex-ministro Sergio Moro rebateu nesta quinta-feira (4) declarações dadas por Jair Bolsonaro (sem partido) durante interrogatório à Polícia Federal. O presidente foi ouvido na quarta (4), no Palácio do Planalto, sobre a acusação de interferência política dele na corporação.

Bolsonaro negou interferência e afirmou que trocou seu comando por uma questão de diálogo. Disse ainda que Moro teria concordado com a nomeação do delegado Alexandre Ramagem, atualmente na direção da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), para o comando da PF desde que isso ocorresse após sua indicação para vaga de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

Em reação, o ex-juiz da Lava Jato afirmou que “jamais” condicionou troca a uma eventual indicação. “Não troco princípios por cargos. Se assim fosse, teria ficado no governo como ministro”, afirmou, em nota enviada por sua assessoria de imprensa.

Folhapress

01
nov

Reunindo…

Postado às 20:27 Hs

O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro retorna ao Brasil nesta segunda-feira, 1.º, vindo dos Estados Unidos, e já iniciou o movimento para ampliar as conversas políticas sobre sua possível candidatura ao Palácio do Planalto, em 2022. Com o fim do contrato de consultoria que tinha com a Alvarez & Marsal, Moro está liberado para atuar politicamente e vai se filiar ao Podemos no próximo dia 10, em Brasília. O convite para a cerimônia já começou a ser distribuído.

“Juntos, podemos construir um Brasil justo para todos”, diz o texto, com a foto do ex-ministro, emoldurada por uma bandeira do Brasil. O ato de filiação ocorrerá em grande estilo, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Antes, no entanto, Moro vai se reunir com integrantes de outros grupos que têm simpatia por sua provável candidatura. O primeiro alvo dessas tratativas é o União Brasil, partido que surge com a fusão do DEM e do PSL.

Na ala do antigo PSL estão possíveis aliados de Moro, caso ele decida bater o martelo e concorrer mesmo à Presidência – a outra opção é a disputa por uma vaga ao Senado. Na terça ou quarta-feira, o ex-ministro deve conversar com o deputado Júnior Bozzella (SP), que hoje é vice-presidente do PSL e manterá o posto no União Brasil.

Dirigentes da nova legenda têm dito que pretendem discutir a possibilidade de um projeto próprio ao Planalto e já possuem pelo menos dois pré-candidatos em seus quadros: o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o apresentador José Luiz Datena.

Bozzella tem elogiado Moro, com quem costuma conversar informalmente, e diz que o União Brasil deve colocar no seu radar a possibilidade de apoiá-lo, caso ele confirme sua candidatura. “O momento é de união e despreendimento, de abrir mão dos projetos e vaidades pessoais em prol de uma única bandeira: a do Brasil! Só o esforço de todos nesse sentido será capaz de viabilizar a terceira via”, postou o deputado nas suas redes sociais sobre a reunião que deverá ter com Moro.

Antes da criação do União Brasil, Moro também já vinha conversando com Mandetta, que integra as fileiras do DEM. Os dois e mais o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), jantaram juntos no dia 30 de setembro, em São Paulo, para alinhar um projeto de terceira via. Em caso de vitória nas prévias do PSDB, é improvável que Doria aceite abrir mão de sua candidatura presidencial, o que impediria uma aliança em torno do nome de Moro. Mesmo assim, os três continuam trocando ideias sobre a melhor maneira de romper a polarização entre Lula e Bolsonaro, identificada até agora pelas pesquisas.

Estadão

01
nov

Podemos anuncia filiação de Sérgio Moro

Postado às 16:51 Hs

O Podemos marcou o ato de filiação do ex-juiz Sergio Moro para o próximo dia 10 (quarta-feira), a partir de 9h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

O evento será transmitido pela internet.

O Podemos também abriu a solenidade para participação do público. É necessário fazer o credenciamento online em:
www.podemos.org.br/credencial-filiacao.

Por Carlos Newton

Um dos principais fatores que se destinam a afetar a próxima eleição presidencial é a escolha da futura equipe econômica. O atual ministro Paulo Guedes foi uma grande decepção, por defender um neoliberalismo mais do que ultrapassado, que de “neo” não tem mais nada e já foi abandonado por nove em cada dez economistas conservadores.

O fato concreto é que se formou consenso no pensamento econômico a respeito do fracasso do neoliberalismo na correção do maior desafio contemporâneo – a necessidade de reduzir as desigualdades sociais e elevar a renda média. Bastar ler os mais recentes artigos de economistas como Armínio Fraga, Pedro Malan, André Lara Resende, Rubens Ricúpero e muitos outros.

TERCEIRA VIA – Até agora, nenhum dos pré-candidatos à sucessão presidencial anunciou quem comandará sua equipe econômica. Nesse sentido, Bolsonaro e Lula estão em pior situação, porque o atual presidente já esgotou todas as reservas de seu posto de abastecimento e o ex-presidente petista não tem um nome de peso para apresentar ao respeitável público do Circo Brasil.

Nesse sentido, Moro pode surpreender a opinião pública. Por isso, é muito importante a notícia publicada por Bela Megale em O Globo, dando conta que o ex-juiz tem procurado pessoalmente empresários e economistas que gostaria de ter na equipe de sua pré-campanha rumo ao Planalto.

Diz a colunista que o perfil buscado por Moro é de técnicos que apresentem soluções para a crise econômica, desemprego e inflação alta que vive o Brasil. “A equipe de Moro já recebeu confirmações, mas os nomes têm sido guardados a sete chaves”, acrescenta Bela Megale.

LISTA DE PRESENÇAS – Pelo andar da carruagem, no dia 10 de novembro, o Podemos, partido que abrigará o ex-juiz, fará um sensacional evento em Brasília para filiação de Moro, que está diretamente envolvido na organização do ato. Precisamos conferir com muita atenção a lista de presenças, porque já pode estar incluído o futuro ministro que comandará a equipe econômica de um provável governo Moro.

Segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, três nomes estão hoje muito próximos ao ex-juiz – os ex-ministros Henrique Mandetta e Santos Cruz, e o empresário João Amoedo, criador do partido Novo. Com isso já se tem uma ideia de que Moro está se cercando de elementos do primeiro time.

A um ano das eleições, dois personagens do cenário político decidiram ingressar em partidos de centro, e devem ampliar o leque de opções para a “terceira via”, que segue à procura de um candidato competitivo para disputar o Palácio do Planalto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Atualmente no DEM, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), confirmou que vai se filiar ao PSD, e o ex-ministro Sérgio Moro decidiu entrar no Podemos, conforme antecipou a colunista do GLOBO Bela Megale. Com a mudança de sigla, além de passar a integrar a segunda maior bancada do Senado, Pacheco estará mais perto da corrida presidencial, embora ele não confirme oficialmente sua intenção de disputar o comando do Executivo federal. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, é um dos maiores entusiastas do plano.

Prestes a anunciar a filiação do ex-juiz Sergio Moro, o Podemos tem se aproximado do vice-presidente Hamilton Mourão. Segundo a coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles, na última quarta-feira (20), a presidente do partido, deputada Renata Abreu, teve uma conversa com Mourão.

De acordo com aliados de Abreu, o partido ainda não oficializou um convite a Mourão, atualmente no PRTB, mas tem interesse em filiar o general. Mourão já disse que avaliava disputar uma cadeira no Senado.

No próximo dia 10, o Podemos oficilizará a filiação de Sergio Moro em um evento em Brasília. Nas últimas semanas, Moro tem estreitado laços com deputados de diversos estados que romperam com o bolsonarismo, em um início de articulação nacional para uma possível candidatura ao Planalto

Reprodução

Por Paula Soprana / Folha

Em disputa com João Doria nas prévias nacionais do PSDB, o governador gaúcho Eduardo Leite afirmou em um jantar com empresários na noite deste domingo (17) que não quer ser o salvador da pátria e que abriria mão da candidatura se houvesse um nome forte para a terceira via.

“A gente não pode mais permitir que se acredite que no Brasil a gente vai eleger um mito ou salvador da pátria. Eu não sou candidato a mito nem a salvador da pátria”, disse Leite, acrescentando que não se muda o país por ruptura.

ESFERA BRASIL – Em São Paulo para a campanha das prévias no partido, Leite participou de um jantar com mais de cem pessoas na capital paulista, organizado pelo grupo Esfera Brasil, que fomenta o diálogo entre o setor produtivo, o governo federal e o Congresso.

O evento foi na casa do empresário João Camargo, presidente da organização, no bairro Morumbi. Luiza Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza, Marcelo Claure, do Softbank, Chieko Aoki, do Blue Tree Hotels, Issac Sidney, presidente da Febraban, e Claudio Lottenberg, do conselho do Albert Einsten, eram alguns dos presentes.

Também compareceram cerca de dez prefeitos, como de Jacareí e São José dos Campos, e Gilberto Kassab, presidente do PSD, que afirmou a interlocutores que Leite irá vencer a disputa.

ENTUSIASMO – “Se Doria resolver o problema de rejeição e decolar nas pesquisas até as prévias, não tenho nenhum problema de retirar a candidatura, mas não estou vendo isso nesse momento”, disse o tucano. “Eu vou ganhar as prévias”, acrescentou.

Segundo presentes, o clima era de entusiasmo e alguns participantes trataram o evento como o jantar da virada. “Se tiver outro candidato que flagrantemente reúna melhor, que mais aglutine, que mais se viabilize, eu não vou ser obstáculo para fazer concililação. Eu quero ajudar esse país a sair dessa maluquice.”

O governador gaúcho também defendeu que o Brasil tenha um “centro que caminhe para a frente” e que ele não quer escolher entre ser eficiente e privatizar ou ser sensível e fazer programas sociais de transferência de renda. “Acho, inclusive, que são complementares. Preciso de um governo enxuto para ter recurso e aplicar naquilo que promova a população de baixa renda.”

CRÍTICAS A DORIA  – Em uma briga deflagrada na sigla, Leite alfinetou Doria durante a tarde. Afirmou que “negar participação no debate e lançar suspeitas à forma de votação é coisa do bolsonarismo”. “Espero que não volte o BolsoDoria.”

Ele referia-se à recusa inicial do paulista em participar de um debate, marcado para terça-feira (19), e à desconfiança levantada por aliados de Doria ao sistema de votação eletrônica do pleito, um aplicativo desenvolvido no Rio Grande do Sul. Leite também foi eleitor de Bolsonaro no segundo turno.

Na semana passada, o Esfera reuniu cerca de 20 empresários em um evento com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Na ocasião, o petista fez questão de pontuar o partido como uma sigla de centro-esquerda, disse não acreditar em uma terceira via e que a vingança de Lula seria fazer um bom governo.

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