Como se não bastasse a previsão de mais uma semana turbulenta para o presidente Jair Bolsonaro e os filhos, diante dos desdobramentos das investigações de Fabrício Queiroz, preso na última quinta-feira (18), um caso antigo que aguarda desfecho volta à tona para tirar ainda mais o sono do presidente: o famoso telefone celular do ex-ministro e desafeto Gustavo Bebianno. Desaparecido, o celular voltou a ser citado por pessoas próximas a Bebianno – ex- coordenador da campanha de Bolsonaro, falecido em março passado, vítima de infarto – e pode vir a ter seu conteúdo investigado dentro de pouco tempo. Em matéria da jornalista Thaís Oyama, publicada no Portal UOL de ontem (21), ela afirma ter recebido a confirmação de uma fonte que era amigo do ex-ministro de que o celular estava realmente nos Estados Unidos, mas já retornou ao Brasil. O aparelho teria registros de conversas durante o período de um ano e meio entre Bebianno e Jair Bolsonaro. Thaís Oyama é a autora do livro “Tormenta”, lançado recentemente, que relata o primeiro ano do governo Bolsonaro. É considerada, nos últimos tempos, uma das jornalistas mais bem informadas sobre os meandros do Executivo Federal e das relações entre o presidente e seus ministros.
16
mar

A histórica carta de Bebianno a Bolsonaro

Postado às 12:03 Hs

Tão logo foi demitido do Governo, o ex-ministro Gustavo Bebianno, que morreu de infarto fulminante na madrugada de sábado passado, aos 56 anos, mandou uma carta ao então chefe Bolsonaro. O blog teve acesso ao texto original. Veja abaixo.

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” – João 8:32

Meu Capitão,

Ao longo de dois anos, ouvi essa frase sair da sua boca quase todos os dias, como que de forma automática. Isso, além de outras coisas, fazia-me acreditar que o senhor era um homem justo, bom, leal e amigo. Acima de tudo, corajoso!

Dediquei dois anos da minha vida para defender uma causa apelidada de Mito. E eu acreditei nesse Mito com todas as minhas forças, com todo o meu coração.

O senhor sabe disso. Por mais que, agora, o senhor tente banalizar tudo o que fiz, para alívio da própria consciência, o senhor sabe que não chegaria até aqui sem o trabalho que fiz (trabalho que só deu certo porque fiz, acima de tudo, com amor – amor que intensamente desenvolvi por você. Amor hétero, como costumávamos brincar).

O senhor mesmo costumava verbalizar essa verdade para algumas pessoas do nosso convívio. Essas pessoas também sabem, também conhecem essa verdade. Mas o que importa, de fato, é que o senhor, homem Jair Bolsonaro, sabe: sempre estive ao seu lado, e do seu lado, durante toda essa jornada, sem importar o preço a ser pago.

Ainda que o senhor bata a cabeça, tome remédios, se encha de raivas criadas por fantasias exóticas e curiosas, o fato, a verdade, continuará lá no fundo da sua consciência, impressa na sua alma.

Por isso, não vou tomar o seu tempo dissertando sobre as coisas que fiz, acreditando estar, principalmente, trabalhando para o bem do meu país.

Mas, Meu Capitão, o senhor precisa acordar e cair em si.

O senhor está obsidiado. Obsidiado pelo próprio filho. Carlos precisa de ajuda e só o senhor tem esse poder. Não estou falando com rancor. Meu sentimento não é de raiva, acredite. Não tenho uma só gota de raiva do Carlos (a que tive, já passou, graças a Deus), porque ele precisa de ajuda. Isso é visível aos olhos de todos.

Falando dessa forma direta, o senhor talvez não entenda. Por isso, tentarei lhe explicar um pouco mais esse meu sentimento.

Carlos vive em uma prisão mental e emocional. Ele sofre intensamente em função do próprio ódio. Ele cultiva esse ódio contra tudo e contra todos, principalmente contra as pessoas por quem o senhor demonstra afeto. E o senhor também sabe dessa verdade. Ele é consumido pelo ódio 24h por dia, independentemente do que esteja acontecendo no mundo real.

A despeito do que, de fato, esteja acontecendo no mundo real, por melhores que possam ser as circunstâncias, Carlos continua odiando e sofrendo. Mesmo o senhor tendo alcançado o objetivo de ser eleito, ele permanece odiando. Ele aprendeu a ser assim e não sabe fazer de outra forma. Não é por mal, ele não tem culpa, simplesmente não sabe fazer diferente.

E o senhor tem alimentado essa situação. E isso só vai mudar quando o senhor reconhecer a verdade.

Para manter o vínculo afetivo com ele, para manter a conexão física e emocional, o senhor embarca nessas fantasias, nessas paranoias, nas eternas teorias de conspiração.

Carlos aprendeu a ser assim com o senhor. Foi o senhor que o ensinou, desde pequeno, a viver em confronto. Vide o que assumiu contra a própria mãe, ainda quando jovem. Essas experiências deixam marcas, Capitão. A mente humana é muito profunda e complicada. É bom estar preparado para confrontos. Viver em permanente estado de beligerância nubla a mente e a existência.

O seu erro tem sido fazer exatamente o contrário daquilo que prega. O seu pecado é, nesse caso, não reconhecer a verdade. E, portanto, não se libertar (nem libertar o próprio filho, que é o que mais sofre).

Ao agir assim, o senhor se mantém preso, mantém o seu filho preso, e gera um rastro terrível de destruição à sua volta. O senhor destrói os seus principais amigos e aliados. O senhor se torna uma pessoa injusta com os outros. Além disso, alimenta e incentiva o comportamento viciado do filho, impedindo-o de se libertar do ódio.

Tenha certeza de que, daqui a pouco tempo, o problema envolverá outra pessoa, e depois outra, e depois mais outra, num rastro interminável de ódio e destruição. Leia a Bíblia e veja as consequências invariáveis decorrentes do ódio. O ódio é uma energia terrível e incontrolável que tudo destrói. O ódio abre o canal de sintonia com o que há de pior no mundo espiritual.

Acredite: sem saber, sem querer e sem perceber, Carlos se tornou um canal aberto para influências espirituais negativas. Ele se tornou obsidiado. E, por consequência, obsidia o senhor. Isso é um círculo vicioso terrível! O mal opera por aí. Ao contrário do que muita gente pensa, o mal nem sempre age pelas mãos de Adelios. Na maioria das vezes, age de forma ardil e sub-reptícia, pela mente de pessoas próximas a nós, que nos amam e a quem também amamos. Acredite nisso, Capitão.

O mal opera utilizando as fraquezas de cada um (ou, como se diz no jargão religioso, pelo pecado). Se a pessoa tem a tendência de beber, será influenciada a beber. Se a pessoa tem a tendência a sentir ciúmes, será colocada em circunstâncias propícias a sentir ciúmes. Se a pessoa tem a tendência de odiar, essa será a ferramenta usada

.No seu caso, essa é a chave por meio da qual o mal opera. É por meio do seu próprio pecado. O senhor cultiva e alimenta teorias de conspiração, intrigas e ódio, e ensinou seus filhos a fazerem o mesmo. O melhor discípulo foi o Carlos, pois é o que tem maior conexão espiritual com você. O problema é que ele é muito forte, muito intenso, e o senhor perdeu o controle sobre o “pitbull”. Hoje, ele morde aleatoriamente as pessoas, sem que o senhor consiga segurá-lo. Pior do que isso, quando o senhor tenta segurá-lo, ele se vira e morde o senhor mesmo.

E, com esse canal aberto, o mal segue operando. Os obsessores instigam vocês dois a desconfiarem das pessoas e sentirem o ódio. Vocês ficam cegos e sentem o ódio contra alguém injustamente – como no meu caso – e atacam. A vítima do ataque também passa a sentir ódio, pois foi atacada (no meu caso, fui atacado injustamente em público). Ao sentir ódio, eu também tenho vontade de atacar, de retribuir a agressão. E, assim, o círculo vicioso se amplia, num rastro sem fim de destruição, cumprindo a missão dos obsessores que pretendem manter o Brasil no mesmo padrão moral inferior.

Portanto, meu amado Capitão, só há uma forma de isso tudo acabar bem, em benefício do nosso Brasil.

O senhor precisa romper esse ciclo de ódio. Do fundo do seu coração, do fundo da sua alma, com toda a sua força. O senhor é um homem bom, justo, permita que isso venha à tona. Quebre os padrões negativos. Só o AMOR pode fazer isso. Só o amor tem o poder de salvar o Brasil e livrá-lo das influências negativas que o prejudicam.

Peço perdão ao senhor pelos maus sentimentos que tive nos últimos dias.

O senhor pode ficar tranquilo. Vou embora em paz. Quero apenas que dê certo. Não posso crer que tudo o que foi feito tenha sido em vão.

Tenha a certeza de que nunca o traí. Nunca fiz nada pelas costas. Nunca plantei nota desfavorável ao senhor ou a seus filhos, nunca vazei áudio. Não há complô algum. Talvez o senhor nunca enxergue isso. Mas minha consciência sabe. Isso é o que basta.

Minha missão chegou ao fim aqui. A sua, não. Reconheça seus erros (para si próprio). Faça um profundo exame de consciência. Limpe o seu coração. Recupere o Carlos pelo seu exemplo. Ele vai aprender. Ele é um bom garoto. Só precisa da sua ajuda.

Fique com Deus e um beijo no seu coração (hétero).

O senhor continuará a ser o meu Mito”.

Gustavo Bebianno

Ex-secretário geral da Presidência, Gustavo Bebianno morreu na manhã de hoje em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. A informação foi dada pelo jornal O Globo e confirmada pela reportagem do UOL. Ele tinha 56 anos de idade e sofreu um infarto fulminante. Ao UOL, o presidente do diretório do PSDB do Rio de Janeiro, Paulo Marinho, disse que ele passou mal por volta das 4h de hoje. “Infelizmente, é verdade. Passou mal, foi levado ao hospital, tentaram reanimá-lo, mas não resistiu”, afirmou por telefone. Bebianno estava em casa com seu filho quando se sentiu mal, por volta das 4h. Ao ir ao banheiro tomar um remédio, desmaiou. Ele foi levado para um hospital da cidade, onde morreu. Ainda não há informações sobre o velório. De aliado a desafeto de Jair Bolsonaro, Bebianno foi o pivô da primeira crise política do governo. Atualmente no PSDB tinha planos de se candidatar à Prefeitura do Rio nas eleições desse ano.
30
out

Gustavo Bebianno vai se filiar ao PSDB

Postado às 8:30 Hs

 Via Estadão 

O ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência Gustavo Bebianno  vai se filiar ao PSDB a convite do governador de São Paulo, João Doria. A informação foi revelada pelo site Congresso em Foco e confirmada.

Bebianno articulou a ida do presidente Jair Bolsonaro para o PSL coordenou a campanha presidencial de 2018, mas deixou o partido e o governo depois de se desentender com o presidente.

O ex-ministro ainda não decidiu se disputará algum cargo na eleição do ano que vem. Segundo ele, o momento agora é de pensar no Brasil e não em projetos pessoais. Por isso, já declarou apoio à pré-candidatura de Doria para a sucessão de Bolsonaro.

“Meu objetivo é olhar para o País. Tem que acabar com esse extremismo. Entre os dois polos existe um espaço imenso e João Doria representa isso”, afirmou.

Segundo Bebianno, que se define como “centro-direita”, não vai haver dificuldade de relação com a ala histórica do PSDB. “O presidente Fernando Henrique fez um governo liberal”.

Talita Fernandes / Folha

O episódio de demissão do ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, reascendeu nos bastidores do governo e da base aliada no Congresso o papel que os três filhos políticos do presidente terão nesta gestão.

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) foi o primeiro a criticar publicamente o ministro na semana passada, dizendo que ele havia mentido sobre ter conversado com seu pai. Ele chegou a publicar um áudio em que o presidente diz a Bebianno que não podia atendê-lo ao telefone.

INTERFERÊNCIA – A declaração de Carlos Bolsonaro incomodou ministros e parlamentares que viram no gesto uma interferência indevida de um familiar em assuntos de governo.

Uma das responsáveis por tentar negociar a permanência de Gustavo Bebianno no governo, a deputada federal Joice Hasselman (PSL-SP) criticou duramente o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente. Na própria quarta-feira, em cima do lance, ela lamentou o fato de Carlos ter escrito, nas redes sociais, que o ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, mentira sobre conversas com Jair Bolsonaro.

“Filho do presidente não pode escrever mensagem para criar crise no governo. Quem tem que falar com ministro é o presidente”, disse ela, considerando que a atitude Carlos Bolsonaro talvez seja fruto de “imaturidade ou meninice”.

Por Esmael Morais

Após fritar o agora ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, o grupo próximo ao núcleo familiar do presidente Jair Bolsonaro avalia trabalhar para afastar o deputado federal Luciano Bivar (PE) da presidência nacional do Partido Social Liberal (PSL), segundo apurou o jornal Valor Econômico. Ao mesmo tempo em que busca depurar o PSL, o núcleo duro do bolsonarismo testa a viabilidade da nova UDN.

O deputado Luciano Bivar (PSL-PE) foi o responsável pela irrigação de um vasto laranjal com os recursos do fundo partidário em Pernambuco. Apenas uma pequena gráfica localizada na cidade de Amaraji recebeu R$ 1,23 milhão de recursos do fundo por prestar serviços gráficos a sete candidatos da legenda. Além da utilização de repasses para candidatas laranjas.

O entorno do presidente opera em duas frentes: a primeira, visa defenestrar Bivar da presidência do partido até o mês de novembro, data de renovação do mandato na direção da legenda. Ao mesmo tempo, o núcleo duro do bolsonarismo testa a viabilidade da construção da nova UDN.

Magoado, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, se sente traído e abandonado e não deve poupar o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, caso se concretize sua exoneração nesta A interlocutores, Bebianno tem deixado clara sua mágoa com a atitude do vereador do Rio de Janeiro que tentou lhe cunhar a pecha de mentiroso.

Em conversas, o ministro diz que o “ciúme exacerbado” que Carlos tem do pai foi posto acima do projeto de melhorar o País, ao qual ele se empenhou nos últimos anos, como coordenador e incentivador da campanha de Bolsonaro desde os primórdios. Ao conquistar a empatia de Jair Bolsonaro, Bebianno virou automaticamente um alvo de Carlos, avaliam o ministro e seus interlocutores.

O ministro, por sua vez, enxerga no vereador uma pedra no sapato do presidente, e só se refere a Carlos com adjetivos que desqualificam sua capacidade intelectual. O ministro pode guardar cartas na manga com o potencial de expor Carlos, inclusive com consequências para o pai.

PBebianno está se resguardando. Ele quer aguardar o desfecho oficial de seu papel no governo, com a publicação de sua saída no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira.

O Estado de S.Paulo

Diante da crise política em que virou protagonista, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, fez um desabafo para interlocutores próximos e demonstrou profundo arrependimento em ter trabalhado ativamente pela eleição do presidente Jair Bolsonaro.
“Preciso pedir desculpas ao Brasil por ter viabilizado a candidatura de Bolsonaro. Nunca imaginei que ele seria um presidente tão fraco”, disse Bebianno para um aliado, numa referência à influência dos filhos do presidente no rumos do governo, especialmente o vereador Carlos Bolsonaro.
Nessas mesmas conversas, Bebianno demonstra preocupação com o efeito desse protagonismo familiar nas decisões do país. E reconhece que o governo Bolsonaro precisa descer do palanque para administrar o Executivo.
Para aliados de Bebianno, também causou contrariedade o movimento da família Bolsonaro para sacramentar a saída do ministro do governo. No momento em que vários aliados trabalhavam na sexta-feira (15) para baixar a temperatura, contornar a crise e manter Bebianno, integrantes da família do presidente vazaram para a imprensa que o pai havia demitido o ministro, para tornar a queda um fato consumado, sem chance de mudança no fim de semana.

Blog do Camarotti

Após uma semana turbulenta em que articulou para se manter no cargo, Bebianno decidiu, após uma conversa dura com o presidente Jair Bolsonaro, deixar o governo. Ele recusou o convite para ocupar a diretoria de uma estatal ou um cargo menor na estrutura federal. Em um diálogo tenso, com ataques de ambos os lados, o ministro teria dito que a oferta era uma demonstração de “ingratidão”.
“A lealdade constrói pontes indestrutíveis nas relações humanas. E repare: quando perdemos por ser leal, mantemos viva nossa honra”, diz o trecho da mensagem.

Sem mencionar o presidente Bolsonaro em nenhum ou fazer qualquer comentário, a postagem diz que a lealdade “conduz os passos das pessoas que jamais irão se perder do caminho”, “nas turbulências” e “circunstâncias.”

“Uma pessoa leal, sempre será leal. Já o desleal, coitado, viverá sempre esperando o mundo desabar na sua cabeça”, encerra o texto.

A aliados, Bebianno confessou estar “decepcionado” com o capitão, como sempre chamou o presidente. Classificou o episódio como um “tiro na nunca de um comandante em seu soldado.”

Eleitor de Bolsonaro, Bebianno se aproximou do então deputado federal por intermédio do engenheiro Carlos Favoretto. Na época, se ofereceu para assumir a defesa de Bolsonaro em algumas ações e ganhou a confiança da família. Outsider na política, foi Bebianno que articulou a manobra que tirou Bolsonaro do Patriota e viabilizou sua candiatura pelo PSL.

Bebianno enfrenta um processo de desgaste provocado por denúncias envolvendo justamente supostas irregularidades na sua gestão à frente do caixa eleitoral do PSL, partido dele e de Bolsonaro.

A crise foi amplificada pelo vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, que foi às redes sociais dizer que Bebianno mentiu ao falar ao GLOBO que havia conversado três vezes com o presidente na última terça-feira. A declaração foi dada para negar que ele não estava protagonizando a crise.

E a novela tem novos capítulos…

Após reunião com Gustavo Bebianno acompanhada por ministros e pelo vice, Hamilton Mourão, o presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o outrora aliado da Secretaria-Geral da Presidência, segundo integrantes do Palácio do Planalto.

A saída dele do governo deve ser formalizada na segunda-feira (18), com publicação no Diário Oficial. Bolsonaro teria, inclusive, deixado o ato de exoneração assinado no Planalto nesta sexta (15).

O presidente esteve com Bebianno no início desta noite. A conversa entre os dois teria sido ríspida. A gota d’água, segundo integrantes do Planalto, foi o vazamento de diálogos privados, exclusivos da Presidência, entre Bolsonaro e Bebianno ao site O Antagonista e à revista Veja.

De acordo com o jornal SBT Brasil, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, será exonerado na segunda-feira do cargo. De acordo com a notícia, o presidente da República, Jair Bolsonaro, optou por demitir Bebianno após uma reunião com outros ministros. O ministro teria vazado áudios privados de Bolsonaro para veículos de imprensa, o que irritou o presidente.

Aguardemos !

 

Em reunião no Palácio do Planalto na manhã desta sexta-feira (15), o ministro Gustavo Bebianno ouviu de Onyx Lorenzoni (Casa Civil) que ele ficará à frente da Secretaria-Geral da Presidência da República. Pessoas próximas aos ministros confirmaram à Folha que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) determinou que a decisão de exoneração fosse suspensa. Aconselhado por aliados, Bolsonaro anteriormente fez chegar a Bebianno seu desejo de que deixasse o posto até segunda-feira (18), mas o ministro tem se articulado com advogados e integrantes do Legislativo e do Judiciário para conseguir uma sobrevida no governo federal. Ele se reuniu nesta sexta com Onyx e o general Carlos Alberto Dos Santos Cruz (Secretaria de Governo). Ao sair do Palácio do Planalto, Bebianno foi questionado pela TV Globo sobre a crise no governo, mas respondeu: “Não tem crise nenhuma”. Sobre sua permanência na pasta, afirmou: “Estou aqui, não estou?”, declarando em seguida não saber se continuará no cargo.
14
fev

Treta federal

Postado às 21:21 Hs

Presidente do Senado sai em defesa de Bebianno
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (MDB-AP), saiu em defesa nesta quinta-feira, 14, do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que pode ser um dos alvos de um inquérito para apurar suspeitas de desvios de recursos do Fundo Partidário destinados ao PSL por meio de supostas candidaturas laranjas nas eleições de 2018. Bebianno presidiu o partido durante o período eleitoral. Alcolumbre disse que Bebianno não tinha “obrigação” de acompanhar “tantas candidaturas” no País.

“Eu tenho acompanhado pelo imprensa. Prestei atenção em uma parte da entrevista do ministro Bebianno em relação ao partido. Eu acho que conduzir mesmo um Brasil com tantas candidaturas não era obrigação do ministro Bebianno. Não sou advogado dele, não estou aqui para defender o ministro, mas acho que é uma questão partidária. O PSL vai ter que falar sobre isso”, afirmou.

Ainda assim, Alcolumbre não seguiu o discurso do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e minimizou os impactos da crise no Parlamento, em meio à chegada da reforma da Previdência no Congresso.

“Eu não vejo assim”, disse quando questionados sobre os efeitos do escândalo na reforma da Previdência. “a questão do ministro Bebianno é uma questão de governo. Ele foi nomeado pelo presidente da República, não foi por um senador ou por um deputado. Não é uma coisa do Parlamento”, disse.

O presidente do Senado também não quis tratar a crise como um problema do Palácio do Planalto, chamou o caso de “problema de relação pessoal”. “Eu acho que isso é um problema do governo, não é um problema do Senado, minha opinião pessoal. Acho que é um problema de relação pessoal familiar. E o governo tem que decidir esse problema. Esse problema não foi criado pela Câmara e pelo Senado”, disse.

Via Daniel Carvalho e Talita Fernandes –Folha do S.Paulo

O deputado Luciano Bivar (PE) reassumiu a presidência do PSL, partido pelo qual Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República neste domingo (28).

O comando da legenda estava sob o advogado Gustavo Bebianno Rocha. A troca foi oficializada nesta segunda-feira (29) em publicação no Diário Oficial da União. Figura onipresente ao lado de Bolsonaro, Bebbiano agora fica livre para ocupar um cargo no primeiro escalão do novo governo, a partir de 1º de janeiro de 2019. Ele é cotado para chefiar o Ministério da Justiça.

O capitão reformado tratou do tema durante entrevista ao SBT, nesta segunda (29). “Já estava acertado, ninguém poderia esperar que tivesse uma bancada tão grande como essa aí. O Luciano Bivar é, de fato, o presidente. O Bebianno fez um trabalho excepcional ao longo da campanha.”, afirmou. “Todos nós sabemos, o Bivar sabe, o Bebianno sabe, que nós temos responsabilidade com 52 deputados eleitos. O partido tem que atender o seu fundo partidário a todos os estados que fizeram deputados e senadores.”

A Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência da República, recomenda que presidentes de partidos não ocupem cargo de ministro. Em 2007, a comissão recomendou ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva a exoneração de Carlos Lupi, ministro do Trabalho e também presidente do PDT.

Bivar já comandava o PSL, mas afastou-se com a chegada de Bolsonaro para que Bebianno assumisse. O deputado tem interesse de disputar a presidência da Câmara no ano que vem. O presidente da República eleito, no entanto, já disse que gostaria que o comando da Casa ficasse com alguém de outro partido.

O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, afirma que uma das linhas de um eventual governo de Jair Bolsonaro será “discutir tabus”. Cotado para ser ministro da Justiça caso o capitão reformado seja eleito, Bebianno – que dedicou os últimos meses a coordenar a campanha de Bolsonaro –, afirma que entre os “tabus” brasileiros estão a Previdência, a legislação trabalhista e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Bebianno, um eventual governo Bolsonaro poderá indicar o juiz Sérgio Moro, titular da Operação Lava Jato em Curitiba, para ministro do Supremo. Apesar do discurso de Bolsonaro contra o sistema político, o presidente do PSL admite fazer alianças com o MDB e o DEM.  Qual será o seu papel em um eventual governo Bolsonaro?

Não sei nem qual vai ser a minha atuação e se vou ter um espaço no governo. Na hora certa, a gente vai tratar disso. Agora, o que importa são os dez dias de campanha (restam sete dias agora – a entrevista foi concedida na quinta-feira, 18). Estamos focados, fazendo um bom trabalho de comunicação, lembrando ao País o que significaria ter o PT de volta, o caos, a destruição, a corrupção. Como nós sabemos, os petistas não amam o Brasil, os petistas amam o PT.

O Estado de S.Paulo

abr 26
sexta-feira
02 18
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