31
ago

Dilma já era

Postado às 9:01 Hs

O PT e os aliados da presidente afastada Dilma Rousseff tentaram vender, após a defesa dela no Senado, a falsa versão de que o jogo endureceu e que o impeachment pode ser revertido. Historinha de trancoso, daquelas que servem para ninar o bebê a embalar sonhos para dormir o sono dos justos. Na verdade, Dilma não reverteu um só voto com o seu discurso arrogante e agressivo aos ouvidos dos senadores. Um dos termômetros que os integrantes do Palácio do Planalto usam para tentar demonstrar que o afastamento é irreversível é o placar da votação da etapa anterior do processo de impeachment, que transformou Dilma em ré. Na ocasião, 59 senadores votaram a favor de ela ser levada a julgamento no plenário e 21 se posicionaram contra. Na votação final, programada para hoje, pelos cálculos dos aliados do presidente em exercício Michel Temer, os votos pró-impeachment chegarão a 60 ou 61.
30
ago

Atual placar do impeachment

Postado às 20:37 Hs

Até agora, 53 senadores já definiram voto pela saída de Dilma. Se mais um se declarar favorável à saída da petista, terá atingido o número mínimo para o impedimento de Dilma. A votação final deverá ocorrer nesta quarta (31). Confira o placar de acordo com a ordem dos depoimentos dos senadores.

 

Votos declarados a favor do impeachment

– Antônio Anastasia (PSDB) – Gladson Cameli (PP-AC) – Ataídes Oliveira (PSDB-TO) – Lúcia Vânia (PSB-GO)

– Lasier Martins (PDT-RS) – Ronaldo Caiado (DEM-GO) – Alvaro Dias (PV-PR)

– Dario Berger (PSDB-SC) – Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) – José Medeiros (PSD-MT)

– Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) – Eduardo Amorim (PSC-SE) – Aécio Neves (PSDB-MG)

– Magno Malta (PR-ES)

 

Votos declarados contra o impeachment

– Jorge Viana (PT-AC) – Roberto Requião (PMDB-PR) – Fátima Bezerra (PT-RN)

– Ângela Portela (PT-RR) – Lídice da Mata (PSB-BA)  – Gleisi Hoffman (PT-PR)

Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)  – Humberto Costa (PT-PE) – Regina Sousa (PT-PI)

 

Não declarados

– Acir Gurgacz (PDT-RO)  – Fernando Collor (PTC-AL)

29
ago

Charge:Eita Brasil sem jeito !

Postado às 9:32 Hs

28
ago

Enquanto isso…

Postado às 12:43 Hs

Planalto tem certeza de 61 votos contra Dilma

 

O núcleo mais íntimo do presidente Michel Temer fez e refez as contas e está seguro: ao menos 61 votos dos senadores colocarão Dilma Rousseff, a presidente ré, no olho da rua. Um aliado um pouco inseguro perguntou ao presidente Michel Temer se ao menos será repetida a votação da pronúncia de Dilma, aprovada pelos votos de 59 senadores. Ele respondeu com segurança, sem hesitar: “Serão 61”.  Até agora, apenas 52 senadores confirmam os votos contra Dilma. Outros nove pró-impeachment escondem o jogo para evitar pressões.

A situação de Dilma está tão definida que seus defensores, como José Eduardo Cardozo, pararam de pedir votos em seu favor.  O apoio a Dilma diminuiu desde a primeira votação no Senado e ela terá dificuldades para reunir vinte votos.

 

CLÁUDIO HUMBERTO

 

 

 

Portal G1

Sessenta e dois profissionais de imprensa de 13 países fazem a cobertura do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, segundo balanço feito pela assessoria de imprensa do Senado até a sexta-feira (26) dos jornalistas credenciados de órgãos de comunicação estrangeiros.

O balanço da assessoria do Senado não considera os veículos internacionais que já cobrem diariamente as atividades parlamentares no Congresso Nacional.A expectativa é que esse número aumente na segunda-feira (29), dia em que Dilma Rousseff comparecerá ao Senado para fazer um pronunciamento e ser interrogada pelos senadores.

Já enviaram repórteres a Brasília nesta semana 12 canais de televisão, seis jornais impressos, cinco agências de notícias, três emissoras de rádio e uma revista. São jornalistas de Alemanha, Argentina, China, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Japão, Portugal, Catar, Reino Unido, Turquia e Venezuela.

Estrutura
Os jornalistas internacionais também consideram que a estrutura fornecida para a cobertura do processo de impeachment é adequada, mas poderia ser melhor. “Acho que poderíamos ter acesso a mais dependências do Senado, mas isso também não impede o trabalho”, disse Wroclavsky.

O início do julgamento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, na próxima quinta-feira (25), não será o único evento importante na agenda do Sendo esta semana. Antes de começar a discutir se a presidenta cometeu crime de responsabilidade, os senadores terão de se debruçar sobre pautas importantes que precisam ser analisadas até quarta-feira (24), em razão da agenda política congestionada neste segundo semestre. A mais importante delas será a Proposta de Emenda à Constituição da Desvinculação das Receitas da União (DRU), que libera 30% do orçamento para ser utilizado livremente pelo governo, sem vinculação a rubricas específicas. A PEC deveria ter sido votada na última semana, mas o plenário não alcançou o quórum necessário para a deliberação. Também está na pauta o projeto de lei que altera a Lei de Responsabilidade Fiscal para tornar ainda mais duras as regras de gastos futuros com pessoal na administração pública.

Ministro que comanda impeachment no Senado confirmou presença da presidente afastada

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, anunciou que o julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff poderá ouvir testemunhas no final de semana, especialmente no sábado, se necessário. Lewandowski, que comanda o processo de impedimento no Senado, disse que primeiro se esgotará a oitiva das testemunhas – duas de acusação e seis de defesa -, admitindo que isso pode acabar apenas no sábado.

Todo esse processo poderá durar até sete dias. O cronograma prevê o início do julgamento dia 25, mas a votação final só deve ocorrer na terça-feira (30), podendo se arrastar pela madrugada de quarta-feira (31), pelo menos.

Embora o presidente do processo de impeachment prefira que as oitivas se encerrem na sexta-feira, a expectativa é que essa fase só termine no sábado, pelo menos.

O Globo – Cristiane Jungblut

A última etapa do processo de impeachment começará na quinta-feira (25) e não tem prazo para acabar. A presidente afastada irá ao Senado na segunda-feira (29) para se defender das acusações e responder aos questionamentos dos senadores. Dilma já confirmou presença.

O julgamento começará com a oitiva das oito testemunhas – duas indicadas pela acusação e seis pela defesa. Os senadores estimam que cada uma levará cerca de oito horas para concluir o relato, o que indica que a sessão se estenderá pelo final de semana. “Impreterivelmente”, segundo o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, a fase de depoimento das testemunhas tem que estar encerrada a tempo de dar reinício à sessão na segunda (29), às 9h, para ouvir Dilma.

A realização de sessão no final de semana foi a grande polêmica entre os senadores pró e contra impeachment. Os defensores de Dilma pretendiam encerrar os debates todos os dias às 22h, o contrário dos aliados de Temer – dispostos a acelerar o processo e trabalhar durante o final de semana.

A maioria dos parlamentares pró-impeachment devem, inclusive, abrir mão de fazer perguntas às testemunhas para adiantar o processo. O que não é o caso dos aliados da presidente afastada. “Os 22 senadores que compõem a base de apoio de Dilma farão perguntas”, adiantou o líder da Minoria, senador Lindbergh Farias (PT).

Após o depoimento de Dilma, que deve ser o ponto alto do processo antes da votação, os senadores voltam a discutir sobre o impeachment na terça-feira às 9h. Por fim, haverá o encaminhamento de votação e os advogados de acusação e defesa voltam a defender suas teses antes da votação final – etapa em que Dilma precisa de 27 votos para seguir no poder.

Veja o cronograma do julgamento final do impeachment:

25 de agosto (quinta-feira): depoimentos de testemunhas.

26 de agosto (sexta-feira): depoimentos de testemunhas.

29 de agosto (segunda-feira): depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff e fala dos advogados de acusação e defesa

30 de agosto (terça-feira): discussão entre senadores, encaminhamento de votação, novas falas da acusação e da defesa e votação final.

Fonte: Congresso em Foco

15
ago

Opinião : Acusação de golpe é firula

Postado às 9:20 Hs

Acusação de golpe é firula.

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) já está com sua carta aos senadores pronta. Ela manteve a palavra golpe em alguns trechos, ignorando a orientação do ex-presidente Lula. Para Lula, o termo só vai contribuir ainda mais para consolidar a derrota que Dilma terá na votação em plenário, já marcada para o próximo dia 25. Pelas projeções, 61 ou 62 senadores são votos assegurados para apeá-la do poder.

“Eu não sou Getúlio. Não sou Jango. Não sou Collor. Não vou me suicidar. Não faço acordo. Não renuncio. Os nossos adversários terão de assumir que não passam de um bando de golpistas que não respeitam a vontade soberana do povo brasileiro”, diz um dos trechos da carta, que vai entrar para a história, não como a carta de despedidas de Getúlio, que deu um tiro no peito e suicidou-se.

Será, na verdade, o último cartucho para tentar reverter um jogo no Senado cujas cartas já estão definidas. A carta está dividida em duas partes, uma delas sendo uma espécie de carta-documento, para ficar como registro “para a história”. Essa parte deve ser divulgada apenas no dia de seu afastamento definitivo, caso ele ocorra. Será “uma espécie de carta-testamento, como foi a que Getúlio Vargas deixou ao se suicidar, em 1954”.

Dilma deve falar da memória do País e das lutas da esquerda brasileira em contraponto às forças contrárias, introduzindo-se, e também a Lula, nesse contexto. Já a carta dos senadores deverá ser enviada nos próximos dias e uma coisa é certa: o texto terá, sim, a palavra “golpe”, ao contrário dos rumores que circularam na imprensa nessa semana. O golpe que Dilma se refere não pode ser golpe.

Dois atores fundamentais nos respondem que o impeachment não é golpe: o povo e a Constituição. O povo, através dos seus representantes, fez a Constituição que previu e disciplina o processo de impeachment, bem como elegeu os congressistas, que decidem, com os seus votos, do cabimento e da procedência da matéria.

Esse mesmo povo e a sua Constituição em vigor criaram e decidem o impeachment. E povo, cujo poder é soberano, baseado na Constituição, instrumento jurídico e político de expressão da vontade soberana do povo, nos diz, de forma clara, ao ensejo dos artigos 85, 52 e 51 da Lei Maior: impeachment não é golpe, é parte da democracia.

Ao demonizar a oposição, institucional ou popular, como golpista, a presidente usa palavras e atitudes que a aproximam do autoritarismo e parece desconhecer a legitimidade que a Constituição confere a seus adversários.

Fonte: Blog do Magno

14
ago

Dilma e Collor

Postado às 17:38 Hs

Presidente do STF na época do impeachment de Fernando Collor, Sydney Sanches avalia que a presidente afastada Dilma Rousseff, tal como o Collor, cometeu crime de responsabilidade

“Dilma e Collor usaram as mesmas manobras para encobertar os crimes de responsabilidade e de quebra do decoro no exercício do mandato. A meu ver, ela não escapa dos incisos que tratam do crime de responsabilidade. Usou de manobras para esconder a situação real e trouxe todos esses problemas para o país, que está destroçado”.

Além disso, ele criticou as tentativas dela e do PT para dificultar o processo. “É falta de patriotismo. A paixão pelo poder é uma coisa séria. Esquecem o país, a família, tudo. Enquanto isso, a economia e o país seguem do jeito que estão, sangrando. O mais interessante é que no impeachment que presidi, do Collor, o maior defensor era o PT de Dilma. Agora estão todos juntos. Na política, a ética é outra”, afirmou Sanches.

As informações são do jornal O Globo.

Ainda comemorando o resultado folgado no processo do impeachment no Senado, os aliados do presidente interino, Michel Temer, já miram com preocupação outra frente jurídica que abreviar o governo: as ações que pedem a cassação da chapa Dilma Rousseff/Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No Planalto, o temor é que as novas delações na Lava-Jato sejam anexadas ao processo e tragam mais dificuldades para Temer. Além disso, o governo já sabe que um desmembramento das ações, para julgar apenas a petista, é improvável. Segundo aliados do peemedebista, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, que teve conversas recentes com Temer, afirmou que o processo tem complicações devido à situação do PT, pois haveria muitas provas consistentes contra o partido. A interlocutores, Gilmar também manifestou achar pouco provável que haja um desmembramento do processo, já que o Ministério Público Eleitoral recomendou que as condutas de Temer e Dilma sejam julgadas conjuntamente.

Por Mariana Haubert / Folha

O julgamento final do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, começará em 25 de agosto e a petista será intimada sobre o andamento do caso nesta sexta (12), na parte da tarde, depois que seu advogado, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, entregar as alegações finais da defesa. Assim, o caso poderá ser encerrado ainda em agosto, conforme previsão de senadores da base aliada do governo interino.

Dilma será intimada por um oficial de Justiça a serviço do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, responsável por comandar o processo de impeachment, de acordo com a legislação. A presidente, no entanto, não é obrigada a comparecer.

Na semana que vem, Lewandowski se reunirá com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes partidários para traçar o roteiro da sessão, que pode demorar até cinco dias. Eles devem combinar procedimentos do rito processual bem como estipular horários para o início e suspensão da sessão a cada dia.

PARA AGILIZAR – Advogados da acusação, no entanto, já informaram que não pretendem convocar as seis testemunhas a que têm direito, justamente para agilizar a conclusão do processo. Um dos autores da denúncia contra Dilma, Miguel Reale Júnior, afirmou que deve levar, no máximo, entre duas e três pessoas.

Senadores aliados a Michel Temer querem concluir o processo em, no máximo, três dias. A pressa se dá para que o interino possa viajar para a China, para participar da reunião de cúpula presidencial do G20, que acontece em 4 e 5 de setembro. Temer quer ir como presidente efetivo do Brasil.

Adversários do interino, no entanto, atribuem a pressa do peemedebista a um medo de que delações de envolvidos na Lava Jato possam enfraquecê-lo a ponto de perder apoio na votação final.

TESTEMUNHAS – A defesa, por sua vez, pretende levar as seis testemunhas a que tem direito mas ainda não definiu quem será chamado. Senadores da oposição defendem o convite ao procurador do Ministério Público Federal, Ivan Cláudio Marx, que em julho decidiu que as chamadas pedaladas fiscais – atrasos nos pagamentos de valores devidos a bancos e fundos públicos – não podem ser configuradas como crime.

Dilma é acusada de editar três decretos de créditos suplementares sem aval do Congresso e de usar verba de bancos federais em programas que deveriam ser bancados pelo Tesouro, as chamadas “pedaladas fiscais” -quando foram quitadas, em 2015, o valor pago foi de R$ 72,4 bilhões.

INTERVALO – Cardozo tem até as 13h40 desta sexta para entregar as alegações finais da defesa. Em seguida, são necessários dez dias de intervalo para que se inicie o julgamento final. Como o prazo não pode começar a ser contado em um final de semana, ele se iniciará na próxima segunda (15).

Nesta quarta (10), o Senado concluiu a votação intermediária do processo, que tornou Dilma ré por 59 votos a 21.

10
ago

Não há mais salvação para Dilma

Postado às 8:12 Hs

Por Magno Martins

O resultado da votação da pronúncia do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) 59 a 21 votos – o que transforma a petista em ré no processo, é, sem nenhuma dúvida, uma prévia do que deve acontecer na etapa final no plenário do Senado, entre os dias 25 e 26 próximos. O Planalto esperava contar na reversão de alguns votos, mas o que se viu foi o contrário. O senador Cristovam Buarque, da bancada do PPS, por exemplo, ensaiou mudar seu voto, mas se manteve a favor do impeachment. Como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não quis votar e é voto certo na votação final, daqui a 15 dias, a derrota de Dilma será mais acachapante ainda.

Na abertura da sessão, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que assumiu o processo de impeachment, declarou que os senadores vão exercer “uma de suas mais graves competências”, que é a de decidir se a presidente afastada Dilma Rousseff vai a julgamento no processo. Conforme era esperado, ele negou todos os pedidos de senadores contrários ao impedimento para que o processo fosse suspenso.

Lewandowski considerou as questões de ordem “estranhas ao processo” de impeachment e negou a suspensão. Também rejeitou um pedido do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) para que o procurador da República Ivan Cláudio Marx, que entendeu que “pedalada fiscal” não é crime comum, fosse ouvido pelo Senado. O presidente do Supremo disse que a fase de “produção de provas” já se encerrou e, por isso, rejeitou o pedido.

O magistrado rejeitou, ainda, um pedido, de autoria de aliados de Dilma, para que o relator do processo, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), fosse declarado suspeito, por ser do partido ao qual um dos autores da denúncia, Miguel Reale Júnior, é filiado. A suspeição obrigaria que todo o processo no Senado fosse refeito, mas a questão de ordem foi rejeitada por Lewandowski. Ele alegou que Anastasia tem condições regimentais para relatar o processo.

As questões de ordem foram apresentadas antes de a sessão entrar na etapa de discursos dos senadores. Eles tiveram direito a 10 minutos para falar na tribuna sobre o relatório, que recomenda que Dilma Rousseff vá a julgamento final. Senadores do PT e do PCdoB já haviam informado que entrariam com as questões de ordem no início da sessão. Senadores favoráveis ao impeachment reclamaram da atitude, que, segundo eles, é uma forma de protelar os trabalhos.

Na sessão de ontem, que deve entrar na madrugada de hoje, o parecer de Anastasia precisa dos votos da maioria simples dos senadores para ser aprovado, ou seja, metade dos presentes à sessão mais um. Pelo menos 41 senadores precisam estar presentes na votação (neste caso, seriam necessários os votos favoráveis de 21 senadores). Aliados de Dilma já reconhecem que a petista sairá derrotada nesta etapa do processo e apostam todas as fichas no julgamento final, o que, a esta altura, está completamente fora de cogitação. A tendência é, na votação final, o placar ser mais elástico, podendo passar dos 60 votos.

O Plenário decide na próxima terça-feira (9), a partir das 9h, se a presidente afastada Dilma Rousseff vai a julgamento por crimes de responsabilidade. A votação encerra a fase de pronúncia, segunda etapa do processo de impeachment. Caso a maioria simples dos senadores aceite o parecer da Comissão Especial do Impeachment, Dilma será julgada e pode perder definitivamente o mandato.

A expectativa é que a sessão tome todo o dia, avance pela madrugada e termine apenas na manhã seguinte, podendo chegar a 30 horas de duração. Ela será comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski. É necessária a presença de pelo menos 41 senadores em Plenário para que aconteça a votação. A decisão final, pela realização do julgamento ou pelo arquivamento do processo, será de acordo com o voto da maioria dos presentes.

 

Rito

 

Os procedimentos da sessão foram acertados na última quinta-feira (4) em reunião entre Lewandowski, o presidente do Senado, Renan Calheiros, líderes partidários e membros da Comissão do Impeachment. O primeiro a falar será o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que terá 30 minutos para apresentar o relatório que foi referendado pela comissão.

Depois disso, os demais 80 senadores terão direito a falar por até 10 minutos cada um. A acusação e a defesa falarão por último, sendo reservados 30 minutos para cada parte. A votação acontece na sequência. Como a denúncia é composta por quatro fatos (três decretos de créditos suplementares e as “pedaladas fiscais”), os senadores poderão apresentar requerimentos para votar quaisquer deles separadamente.

A decisão que os senadores deverão tomar é se as provas apresentadas contra a presidente afastada são relevantes e substanciais e, portanto, se a denúncia é pertinente e se Dilma Rousseff deve ir a julgamento — nesta fase do impeachment ainda não se delibera sobre o mérito das acusações. A votação será nominal e aberta, registrada no painel eletrônico.

Devido à perspectiva do prolongamento da sessão, estão programados dois intervalos de uma hora, às 13h e às 18h. A partir daí, e passadas mais quatro horas, os trabalhos poderão ser interrompidos por uma hora, conforme a necessidade, ou a qualquer tempo, por prazo razoável, a juízo do presidente.

Senado

 

A rotina de funcionamento do prédio do Senado sofrerá alterações nos dias 9 e 10 em função da sessão. A entrada será permitido apenas para servidores da Casa e profissionais de imprensa credenciados. O Plenário, o Salão Azul, o Salão Negro e o Salão Nobre serão isolados, com acesso liberado apenas para portadores de credencial específica para essas áreas. Não haverá visitação do público nesses dois dias.

Parte do estacionamento do Anexo I estará reservada para veículos de imprensa. Os outros estacionamentos do Senado estarão, a princípio, abertos normalmente, mas o acesso a eles ainda poderá ser modificado caso haja alguma alteração no trânsito determinada pelo governo do Distrito Federal.

Fonte; Agência Senado

04
ago

Impeachment segue…

Postado às 18:15 Hs

Por 14 votos a 5, comissão especial recomenda que Dilma seja julgada. A Comissão do Impeachment aprovou, por 14 votos a favor e 5 contra, o relatório de Antonio Anastasia que recomenda a continuidade do processo e o julgamento de Dilma Rousseff (PT) por crime de responsabilidade. Com isso, a comissão encerra os trabalhos. Como já havia antecipado que faria desde que assumiu o colegiado, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) foi único que não votou. Na próxima terça-feira (9), o mesmo relatório será votado pelos 81 senadores no plenário da Casa. A sessão será presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Para o relatório ser aprovado em plenário, são necessários votos da maioria simples dos parlamentares, ou seja, metade mais um dos presentes à sessão. Caso os senadores decidam pela continuidade do processo, Dilma será julgada no fim do mês, em data ainda a ser definida.
O advogado da presidente afastada Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, entregou nesta quinta-feira (28) as alegações finais da defesa da presidente à Comissão Especial do Impeachment. A entrega foi feita poucos minutos antes do encerramento do prazo. Cardozo é ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União. De acordo com ele, o documento de cerca de 500 páginas prova que a presidente não cometeu qualquer tipo de crime que justifique seu afastamento definitivo. “É uma peça que sintetiza todas as provas que foram reunidas: testemunhas, perícia, prova documental. Tudo foi sintetizado e é feita uma análise das duas denúncias. Vários fatos surgiram ao longo do tempo, um deles foi a proposta de arquivamento que o Ministério Público Federal fez relativamente ao inquérito que tratava das pedaladas, onde o procurador afirmou que não é operação de crédito, o que defendemos desde o início”, disse Cardozo ao chegar ao Senado.

Via : Diário do Poder

O Planalto comemora o crescente apoio ao afastamento definitivo de Dilma Rousseff da Presidência da República. De acordo com recente levantamento, já são entre 65 e 70 os senadores favoráveis. No julgamento, 54 votos serão suficientes para manter o impeachment. O governo diz que acertos, sobretudo na área econômica, e a pacificação do País, influenciam os indecisos. O Brasil é bem melhor sem Dilma.“Temos contabilizados 65 votos, mas podemos chegar a 70”, confirma o primeiro-secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP).

“Quando Dilma voltar para Porto Alegre, a economia se estabiliza de vez”, garante o experiente deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).A presidente afastada é acusada de crimes de responsabilidade e contra a Lei Orçamentária, com punições previstas na Constituição. Se o Senado seguir a proporção de votos contra Dilma na Câmara (367 pelo afastamento) serão, no mínimo, 58 votos pró-impeachment.

Em uma demonstração de que pretende deixar as desavenças com o presidente interino, Michel Temer, para trás, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem dado sinais de estar envolvido nas negociações do impeachment de Dilma Rousseff, que deve ser julgado no final de agosto. O jantar na última terça-feira à noite com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Renan deixou Temer ainda mais otimista em relação à aprovação do processo de afastamento de Dilma. Segundo relatos, Renan teria se mostrado “engajado” na aprovação do impeachment e chegou a fazer uma conta de votos favoráveis à aprovação do processo. Até recentemente, Renan tratava o assunto com distanciamento. Aliados de Renan dizem que ele relatou a Temer que três votos de indecisos estariam migrando a favor do impeachment: dos senadores Romário (PSB-RJ), Cristovam Buarque (PPS-DF) e Otto Alencar (PSD-BA). Nas contas de Renan, seriam cerca de 60 votos a favor do impeachment, cálculo semelhante ao de auxiliares de Temer.
Maio 4
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