Foi aprovada nesta terça-feira (20), a criação da CPI da Covid-19 na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Os deputados da bancada governista se abstiveram da votação, que foi aprovada à unanimidade pelos demais deputados.

A previsão é que a primeira reunião ocorra em 4 de agosto. Ficou definido que a primeira reunião deliberativa será no dia 04/08/2021, quarta-feira, às 14:00h.

Os deputados indicados para a CPI são os seguintes. TITULARES: Kelps Lima, Gustavo Carvalho, Getúlio Rêgo, George Soares e Francisco do PT; SUPLENTES: Galeno Torquato, Nelter Queiroz, Tomba Farias, Ubaldo Fernandes, Isolda Dantas.

A CPI terá um prazo de funcionamento de 120 dias, prorrogáveis por mais 60 dias (mediante deliberação em plenário). Serão investigados 12 processos de compra feitos pelo Governo do Estado, a maioria na Secretaria de Saúde.

O deputado estadual Kelps Lima(SDD) informa em seu twitter nesta segunda-feira(12) que a Justiça indeferiu o pedido do deputado Jacó Jácome e manteve o também parlamentar Galeno Torquato como líder do PSD na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

Vale destacar que Galeno havia votado por integrar o “blocão”, portanto, a composição da CPI deve continuar a mesma. Sendo assim, a Casa está livre para liberar a implantação da CPI que vai investigar os gastos do governo Fátima na pandemia.

 

A juíza da 8ª Vara Cível em Natal (RN), Arklenya da Silva Pereira, indeferiu liminar do deputado estadual Jacó Jácome (PSD), que tenta reverter decisão da Executiva Estadual do partido que o suspendeu das atividades parlamentares relacionadas à legenda. “A meu ver, a questão parece se tratar de uma medida a ser decidida pelos próprios partidários, não sendo cabível a interferência do Poder Judiciário neste sentido, sobretudo pelo fato da parte autora não ter trazido aos autos demonstração de existência de ilegalidade”, diz o despacho judicial.

Ao analisar os autos, a juíza Arlkleny Pereira diz que “verificou que o partido político adotou decisão sumária por entender se tratar de medida que demandaria análise urgente”, enquanto o deputado Jacó Jácome “não trouxe comprovação de violação ao princípio do contraditório e ampla defesa”.

A juíza da 8ª Vara Cível considerou, ainda, que o estatuto da agremiação partidária prevê no artigo 79, inciso VIII que “nos casos de gravidade ou urgência o Relator poderá indicar, e o Presidente da respectiva Comissão Executiva poderá adotar, a aplicação sumária e liminar de qualquer das medidas disciplinares previstas, observada a prerrogativa especial conferida pelo art. 13, no caso de Representações dirigidas à Comissão Executiva Nacional”.

Assim, decidiu a juíza “havendo previsão no estatuto do partido neste sentido, a princípio, não há que se falar em violação ao contraditório e ampla defesa, mas apenas em mitigação dos referidos princípios, sobretudo pelo fato de constar, na própria decisão, que o feito siga o trâmite ordinário previsto estatutariamente”. A decisão judicial garante, neste momento, que o chamado “blocão” formado por PSD, PSDB, PSC, MDB e DEM siga com a validade de suas ações, que indicaram a maioria dos deputados que compõem a CPI da Covid na Assembleia Legislativa.

TN

Foto: Câmara dos Deputados

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou nesta quinta-feira (08) que a CPI da Covid, ao deixar seu depoimento para o dia 20, quer manter a “falsa narrativa” de que há irregularidade na compra de vacinas pelo governo federal. A comissão já aprovou a convocação dele, mas a oitiva deve ocorrer apenas em 12 dias.

“Carta a Bolsonaro. Não há ‘terrível suspeição’. Basta a CPI ouvir a mim e a Precisa. Todos os já ouvidos na CPI me isentaram. Adiaram o meu depoimento e o de Maximiano. Logo não querem esclarecer nada . Querem manter a falsa narrativa de que há irregularidade. É uma fake news”, escreveu Barros, em seu perfil no Twitter.

O nome do líder do governo entrou no radar da comissão parlamentar de inquérito após o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmar, durante depoimento ao colegiado, que, quando relatou ao presidente Jair Bolsonaro sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina Covaxin, o chefe do Poder Executivo teria demonstrado desconfiança de que Barros teria influência no caso. Barros nega que tenha envolvimento com suposto esquema de superfaturamento de imunizantes.

Valor Econômico

O ministro da Defesa, Braga Netto, e os comandantes Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Exército), Almir Garnier Santos (Marinha), e Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica), prepararam uma nota oficial de repúdio a Omar Aziz.

Nela, acusam o presidente da CPI da Covid de desrespeitar as Forças Armadas, “generalizando esquemas de corrupção”. “Essa narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável”, diz o documento.

No trecho final, a nota ganha um tom mais ameaçador. “As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”. Confira o documento.

08
jul

Opinião: Caldeirão

Postado às 8:13 Hs

Brasília ferve. A temperatura subiu na CPI da Covid no Senado, ontem, com a prisão do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, José Roberto Dias, decretada pelo presidente da comissão de investigação, Omar Aziz, após constatar que o depoente prestou falso testemunho. Dias foi detido e levado para a polícia legislativa, onde prestou depoimento. A voz de prisão pelo presidente da CPI pareceu ter sido desencadeada pela menção, pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), a áudios extraídos do celular do cabo da PM mineira e vendedor autônomo da Davati Medical Supply Luiz Paulo Dominghetti Pereira. O teor das gravações, em que ele conversa com um interlocutor identificado como Rafael, dá a entender que Dominghetti já havia conversado com Dias antes do encontro em 25 de fevereiro no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal. A mensagem contradiz a versão do ex-diretor do Ministério da Saúde, de que havia marcado um chope com um amigo, José Ricardo Santana, e o coronel Marcelo Blanco teria aparecido espontaneamente acompanhado de Dominghetti.

J.R. Guzzo / Estadão

Desde o seu primeiro minuto, ou antes mesmo de começar, a “CPI da Covid” deixou evidente que tinha dois propósitos. O primeiro era esconder a corrupção em larga escala praticada pelas “autoridades locais” no uso das verbas públicas destinadas ao combate da pandemia. O segundo era servir de palanque eleitoral para os senadores que organizaram a comissão e controlam as suas operações. A recusa intransigente dos governadores em deporem na CPI, com a bênção do STF, diz tudo o que há para dizer sobre o ocultamento da ladroagem.

PRORROGAÇÃO – O uso político dos chamados “trabalhos” acaba de ganhar um “plus a mais”, como se diz, com o pedido de prorrogação das investigações por mais três meses após o dia 7 de agosto, quando se encerra o seu prazo legal.

Se a prorrogação for aprovada, serão seis meses inteiros, até o dia 7 de novembro, desse espetáculo que tem sido exibido todos os dias no noticiário. Isso não contribui em coisa nenhuma com a apuração da verdade sobre a covid no Brasil. Serve, unicamente, para atender os interesses pessoais dos senadores que administram a CPI e que estão empenhados numa guerra de extermínio contra o governo federal.

Em 50 dias de funcionamento, a investigação do Senado não descobriu um único fato objetivo capaz de comprovar qualquer responsabilidade, por parte de qualquer autoridade do governo, em qualquer coisa com alguma relevância no assunto.

MAIS TEMPO? – Se não descobriu nada até agora, não foi, obviamente, por falta de tempo, nem de recursos e nem de autoridade. Para que, então, querem mais 90 dias de função, depois do encerramento do prazo?

Desde que começou a funcionar, no último dia 7 de maio, a CPI não foi impedida de ouvir ninguém – a não ser as “autoridades locais” que está protegendo. Não foi proibida ou cerceada de fazer o que quer que seja. Chamou quem quis chamar. Fez as perguntas que quis fazer. Gastou os recursos que exigiu. Quebrou sigilos telefônicos e bancários. Insultou, ameaçou e humilhou em público os convocados que fazem parte da sua lista negra. Tem mais 40 dias de funcionamento pela frente. Do que mais ela necessita?

Cerca de um mês e meio antes de acabar o seu prazo legal de atividade, os controladores da CPI já sabem que precisam de mais 90 dias para o seu inquérito. Não fornecem, é claro, nenhuma explicação sobre essa certeza. Nem é preciso. O que querem está mais do que claro, desde sempre.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (1º) que não considera haver condição política e materialidade para o andamento de um impeachment do presidente Jair Bolsonaro, e que um processo como esse não se dá tendo como base apenas depoimentos. A declaração de Lira faz referência aos recentes depoimentos na CPI da Covid no Senado denunciando supostos esquemas de corrupção na negociação de vacinas pelo Ministério da Saúde. Uma dessas suspeitas teria sido relatada pessoalmente ao presidente pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luís Ricardo Miranda, servidor da pasta, segundo depoimento de ambos à comissão. “Não há impeachment, como eu disse, em cima de discurso. Há impeachment em cima de materialidade e de disposição política, o que não se apresenta nesse momento nem fora nem dentro do Congresso Nacional”, disse o deputado.
A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (30) a convocação do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e do agora ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias. Ao todo, foram aprovadas as convocações de 21 pessoas (confira a lista abaixo). Servidores do Ministério da Saúde e empresários do ramo farmacêutico também foram atingidos. Com a medida, os senadores buscam avançar sobre o que chamam de uma nova fase de investigação. A cúpula da CPI avalia que há indícios de “desvio de dinheiro público no âmbito da administração federal”, nas palavras do relator Renan Calheiros (MDB-AL). A convocação do líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros, acontece após depoimento dos irmãos Miranda à CPI. Segundo eles, houve pressão pela liberação da vacina indiana Covaxin, embora a área técnica do Ministério da Saúde tenha constatado irregularidades no contrato.

O vice-presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), conseguiu apoio suficiente para estender o funcionamento do colegiado por 90 dias. Até agora, o requerimento do senador recebeu 27 assinaturas, segundo informação de sua assessoria, número que permite a prorrogação automática dos trabalhos da comissão.

A CPI foi instalada em 27 de abril, com duração de 90 dias. Seu prazo atual se encerra daqui a 40 dias, em 7 de agosto. Na justificativa do pedido para prorrogá-la, Randolfe argumenta que a “vasta” documentação recebida e os fatos levantados até agora demandam um aprofundamento das investigações. Cita diretamente o caso da vacina Covaxin.

O regimento interno do Senado estabelece que o prazo de CPIs “poderá ser prorrogado, automaticamente”, a pedido de ⅓ dos 81 senadores. As 27 assinaturas ao ofício de Randolfe cumprem esse requisito. O passo seguinte é comunicar o requerimento à Mesa Diretora do Senado para que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o leia em plenário.

Eis a lista de assinaturas divulgada pela assessoria do vice-presidente da CPI:

1. Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
2. Jorge Kajuru (Podemos-GO)
3. Izalci Lucas (PSDB-DF)
4. Omar Aziz (PSD-AM)
5. Eliziane Gama (Cidadania-DF)
6. Fabiano Contarato (Rede-ES)
7. Weverton (PDT-MA)
8. Flávio Arns (Podemos-PR)
9. Mara Gabrilli (PSDB-SP)
10. Alessandro Vieira (Cidadania-SE)
11. Zenaide Maia (Pros-RN)

A bancada de oposição será maioria na comissão da CPI da Covid no Rio Grande do Norte. A informação foi confirmada pelo deputado estadual Kelps Lima, que destacou a formação de um ‘super bloco’ com seis partidos para realizar as indicações dos integrantes da CPI.

“Os líderes de partidos de oposição (Kelps Lima, Tomba Farias, Galeno Torquato, Coronel Azevedo, Nelter Queiroz, Getúlio Rêgo e Galeno Torquato) formaram um super-bloco com 6 partidos e com isso ficaremos com a maioria na CPI da COVID. Eu serei o líder do bloco formado por: Solidariedade, PSC, PSD, DEM, PMDB e PSDB”, disse em uma rede social. “Na primeira sessão da próxima semana faremos nossas indicações e já podemos iniciar a CPI da COVID”, completou.

Como de praxe, as vagas de presidente e relator da CPI devem ser ocupadas por um representante da oposição e outro da situação – como prevê o regimento interno. O próximo passo – após a definição dos membros e quantitativo – será o início das atividades da CPI da Covid.

Grande Ponto

23
jun

Opinião: Ducha fria na CPI  

Postado às 8:15 Hs

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), jogou, ontem, uma ducha fria na CPI da Covid no Senado, que está sendo tocada na outra casa. “Não vai trazer efeito algum”, previu, diante dos rumos que

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

as investigações estão tomando, servindo muito mais para palanque político.  Responsável por pautar pedidos de impeachment, o deputado alagoano afirma que não há “circunstâncias” para abertura de um processo contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Neste momento, a CPI é um erro. A guerra está no meio. Como é que você vai apurar crime de guerra no meio da guerra? Como vai dizer qual é o certo?”, disse Lira em entrevista ao jornal O Globo. “A CPI polarizou politicamente e não vai trazer efeito algum, a não ser que pegue alguma coisa”, acrescentou. Lira acha que a demora para o governo assinar o contrato com a Pfizer não resolveria o problema da pandemia.

Segundo ele, do momento da proposta da farmacêutica até a assinatura do contrato pelo governo, o Brasil poderia ter recebido três milhões de doses a mais da vacina contra a covid-19. “É muita dose. Ajudaria muita gente. Mas resolveria o problema da pandemia?” Lira também diz que a situação é diferente de outros países com populações menores. “Três milhões de doses no Brasil não vacinam Alagoas”.

O presidente da Câmara disse também que um impeachment precisa de circunstâncias específicas. “Falta um conjunto de coisas. Enquanto a economia tiver em crescimento… Veja bem, não estou faltando com respeito a nenhuma vítima. 499 mil [mortos], 501 mil, são todas significativas como uma vida. Pelo amor de Deus! O que estou dizendo é que o impeachment não é feito só disso”.

Lira também afirmou que, no momento, Bolsonaro tem votos na Câmara para segurar processos abertos contra ele. Segundo o congressista, pautar o impeachment agora seria um teste com “122 votos que querem contra 347 que não querem”.

Blog do Magno

19
jun

Opinião : Bolsonaro no enfrentamento

Postado às 11:01 Hs

(Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Com prazo para acabar, tendo feito, ontem, as primeiras recomendações para uma investigação mais a fundo, a CPI da Covid, no Senado Federal, criada para concluir que Bolsonaro é genocida e com isso pedir o seu impeachment, está sendo enfrentada no gogó pelo presidente da República. Ao invés de se intimidar, Bolsonaro parte para o confronto.

Falando ontem num evento no Pará, ele disse que seus adversários estão iludidos, achando que vão derrubá-lo. “Não desistiremos, porque o presidente, além de imorrível, é imbroxável também. Não vai ser uma CPI da mentira, onde não se busca a verdade, uma CPI que se ilude achando que vai derrubar o governo federal, um presidente que nunca se furtou ao seu dever de decidir”, disse.

Relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou, ontem mesmo em Brasília, antes do presidente se pronunciar no Pará, os primeiros nomes dos que passarão da condição de testemunhas para investigados pelo colegiado. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e Eduardo Pazuello, ex-ministro da mesma pasta, estão na relação. Ainda ontem, para provocar ainda mais a CPI, Bolsonaro voltou a defender o tratamento precoce contra a covid-19. “Recomendo àqueles que por ventura tenham problema com a covid, procurem o seu médico para o tratamento precoce. [Vou] dizer a vocês que eu, lá atrás, tomei hidroxicloroquina, assim como muitos tomaram ivermectina. Isso não mata ninguém”, declarou.

E completou: “Ninguém morreu por causa disso; muito pelo contrário, salva vidas. Não somos coniventes com a indústria farmacêutica, não buscamos lucro”. A Anvisa registrou em abril 9 mortes por uso de medicamentos que compõem o “kit covid”, desde março de 2020. No período, que corresponde ao da pandemia no Brasil, também cresceu o número de reações adversas pelo uso de remédios.

Mais uma vez, o presidente criticou governadores que adotaram medidas restritivas para conter o alastramento da pandemia. E disse que pretende entregar o comando do Brasil a alguém “de direita, conservador, que respeita a família, os seus militares e, acima de tudo, que tenha lealdade ao seu povo”.

Blog do Magno 

Primeira depoente a falar à CPI da Covid na condição de convidada, a médica Nise Yamaguchi negou, hoje, que tenha tentado mudar a bula da cloroquina – para incluir a medicação como indicada para tratamento da Covid – e que faça parte de um “ministério paralelo” da Saúde no Palácio do Planalto. Yamaguchi é uma das principais defensoras do tratamento precoce e do uso da cloroquina, remédio ineficaz para o combate ao coronavírus. Ela foi convidada para falar à CPI a fim de dar explicações sobre a existência do chamado “gabinete paralelo” o que teria definido diretrizes sobre a pandemia, à margem das regras científicas e das recomendações oficiais do Ministério da Saúde. Senadores apuram se existe um grupo de conselheiros informais do governo e se a médica é uma das integrantes dele. Ela negou qualquer participação. “Eu desconheço um gabinete paralelo e muito menos que eu integre qualquer gabinete paralelo. Sou uma colaboradora eventual”, afirmou.

Governadores bateram o martelo sobre a decisão de protocolar uma ação conjunta no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender suas convocações pelos membros da CPI da Covid.  A iniciativa está em debate desde ontem, quando a Comissão convocou nove chefes de Estado para prestarem depoimento.

O plano é apresentar até esta segunda-feira, ao Supremo, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), que tem como finalidade combater atos que desrespeitam preceitos fundamentais da Constituição. A peça, que está em elaboração, apontará a violação do artigo 50 da Constituição, que não prevê a convocação do presidente da República para prestar depoimento na CPI.

Foto: ALRN

Dez deputados estaduais assinaram e protocolaram nesta quinta-feira (27) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades nos contratos no período da pandemia da Covid-19 no Rio Grande do Norte. A CPI é uma comissão temporária, destinada a investigar fato certo e determinado, que tem fundamento no art. 43 da Constituição Estadual. Assinaram a CPI os deputados Gustavo Carvalho (PSDB), José Dias (PSDB), Kelps Lima (SDD), Cristiane Dantas (SDD), Getúlio Rêgo (DEM), Tomba Farias (PSDB), Coronel Azevedo (PSC), Subtenente Eliabe (SDD), Nelter Queiroz (MDB) e Galeno Torquato (PSD).

De acordo com o Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, ao presidente cabe a análise inicial do requerimento para verificação dos requisitos:

1) fato certo e determinado bem detalhado, referente a um acontecimento relevante para a vida pública, econômica e social, mas excluídos os fatos relacionados ao Governo Federal e aos Municípios em situação de intervenção;

2) quantidade mínima de assinaturas: 8 deputados;

3) prazo certo e não superior a 120 dias;

Após a análise dos fatos, o presidente deverá despachar:

a) mandando para publicação (se presentes os requisitos);

b) ou devolvendo ao deputado autor do requerimento por não ter descrito fato relevante, certo e determinado.

Se aprovado, o requerimento vai para Mesa Diretora fixar a quantidade de membros. Os integrantes da CPI serão nomeados por resolução, ouvidos os líderes e suas indicações.

O presidente da CPI deverá ser eleito, a quem caberá a indicação do relator. Se o presidente for da maioria, deverá indicar o relator pela minoria, e vice-versa.

Os encaminhamentos da CPI da Covid serão divulgados através dos canais oficiais da Assembleia como o site al.rn.leg.br e nas redes sociais @assembleiarn e na Tv Assembleia RN, 10.3.

26
Maio

Opinião: Visão de especialistas

Postado às 8:44 Hs

Após três semanas de atuação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o saldo para o governo de Jair Bolsonaro não é nada positivo, avaliam analistas políticos. Se por um lado as testemunhas ouvidas não trouxeram revelações bombásticas sobre a atuação federal na pandemia, de outro os depoimentos serviram para detalhar com mais profundidade falhas da gestão Bolsonaro que já eram conhecidas, como a demora para fechar contratos na compra de vacinas e a reação insuficiente ao colapso do sistema de saúde do Amazonas. “O efeito que me parece mais concreto (da CPI) é cristalizar uma rejeição alta do governo. Se de fato esse cenário ocorrer, já é suficientemente relevante porque, com a rejeição ao governo em torno de 50% do eleitorado, me parece que é um patamar que sugere transição eleitoral em 2022”, analisa o cientista político Rafael Cortes, da Consultoria Tendências. “Se a CPI fortalecer essa rejeição (à gestão Bolsonaro) isso significa diminuir o peso eleitoral de uma eventual retomada da economia ou da tentativa do governo de surfar no avanço da imunização”, acrescenta.

Com 10 assinaturas, a CPI da Covid para investigar os gastos do governo Fátima Bezerra durante a pandemia será protocolada na quinta-feira, às 10h, na Assembleia Legislativa. A informação foi confirmada pelo deputado estadual Gustavo Carvalho, em seu perfil no Instagram.

“CPI com 10 assinaturas confirmadas será protocolada quinta-feira às 10h na Assembleia Legislativa. Apuração de gastos e investimentos do RN com recursos encaminhados para a pandemia”, escreveu o parlamentar na publicação.

A assinatura foi dos seguintes deputados:

Coronel Azevedo (PSC)
Cristiane Dantas (Solidariedade)
Eliabe (Solidariedade)
Galeno Torquato (PSD)
Getúlio Rêgo (DEM)
Gustavo Carvalho (PSDB)
Kelps Lima (Solidariedade)
Nelter Queiroz (MDB)
Tomba Farias (PSDB)
José Dias (PSDB)

 

A deputada estadual Cristiane Dantas (Solidariedade), uma das dez parlamentares que assinaram no início da noite desta terça-feira (25), o requerimento que pede a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no RN, disse que “os fatos que nos motivam a pedir a abertura da CPI são graves , tanto por ações erradas como por omissões no enfrentamento da pandemia da Covid-19 na saúde pública do Rio Grande do Norte”

Rosângela Bittar /

Foto: Reprodução

Estadão

As consequências vêm sempre depois, costumava avisar o prudente e discreto Marco Maciel para conter ousadias de efeito imprevisível. Hoje, quando se iniciar a sessão plenária da CPI da Covid, a máxima, óbvia, será contrariada. As consequências já aconteceram. São conhecidos, em extensão e profundidade, os desastres produzidos pelo depoente, ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. Os riscos que representava já se materializaram.

O papel de executor de ordens exercido pelo general foi constatado em registro público. O mandante tem notória identidade. Os resultados da performance do executor e do mandante são expostos em números indiscutíveis: 436 mil mortos, 15 milhões de infectados, uma exposição iminente do País à terceira onda da pandemia. A que se deve acrescentar o falho plano de vacinação, em vigor, e as projeções pouco críveis para o futuro. Além da reincidência agressiva do presidente da República, que insiste no negacionismo irracional.

IMAGEM DO EXÉRCITO – A consequência menos letal, porém politicamente delicada, também já emergiu: o desgaste à imagem do Exército.

Da mesma maneira que o presidente Jair Bolsonaro se esconde por trás das atuações pirotécnicas dos filhos, dos seguidores fanáticos e dos ministros, Pazuello sempre manteve o Exército como um biombo, recusando-se a passar à reserva exatamente para não perder tal vantagem.

Não faz sentido a questão, explorada entre membros da CPI, sobre o tratamento a ser dispensado a Pazuello. Deve ser chamado de general ou ministro? Melhor evitar provocações adicionais.

SUPERPROTEGIDO – Só o fato de ter sido levantada a discussão já demonstra que Pazuello é, de fato, um tremendo general da ativa, e sua fuga das responsabilidades atinge, sim, o Exército. Ou, visto por outro ângulo, Pazuello está resguardado, de um lado, pelo mandante, de outro, pela patente. Superprotegido.

Não há mais dúvidas sobre o perfil do inacreditável terceiro ministro da Saúde deste governo. Pazuello está carimbado como inconsequente e incompetente. E medroso, pois tentou escapar da CPI. Justamente quando se delineia o uso e abuso do seu habeas corpus como forma de todos os implicados escaparem da investigação.

Todos alegarão, como fizeram o ex-chanceler Ernesto Araújo e o ex-ministro Eduardo Pazuello, que tudo se fez para atender ao Ministério da Saúde. E assim está resolvido o problema do governo.

ASSISTIDO E AMPARADO – Por sua importância na estratégia das defesas, Pazuello continua totalmente assistido e amparado. A decisão de órgão técnico da Saúde contra o receituário do doutor Bolsonaro para o tratamento da covid, por exemplo, só agora foi tomada. Pazuello pode justificar-se, dizendo que, no seu tempo, não havia orientação oficial ainda. Outras virão.

Há quem desqualifique os generais que restaram no governo como distraídos, simplórios. Mas ficaram porque refletem a imagem e semelhança do presidente. Bolsonaro não costuma realçar qualidades como critério de escolha. Trabalha com uma só exigência: subserviência, quesito em que Pazuello recebeu grau dez.

O Exército está tentando manter distância, mas não está fácil. Bolsonaro o envolveu não só através do general da ativa no cargo mais polêmico do seu governo, mas também da participação direta dos seus laboratórios na frenética produção da cloroquina, um dos principais malfeitos sob investigação no inquérito parlamentar.

abr 26
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