A cidade do Rio recebeu neste domingo o título de Patrimônio Cultural da Humanidade concedido pela Unesco, a divisão da ONU (Organização das Nações Unidas) voltada para educação, ciência e cultura.

O resultado foi anunciado às 8h25 horas (horário de Brasília) na convenção da entidade realizada na cidade de São Petersburgo, na Rússia.

A ministra da cultura, Ana de Hollanda, liderou a comitiva brasileira presente no auditório, que defendeu a candidatura carioca diante de representantes dos 21 países que integram o comitê da Unesco.

Para obter a chancela da organização, o Rio estava inscrito como “paisagem cultural”, categoria associada a casos onde a natureza é valorizada pela ação do homem.

Foi a primeira metrópole a receber o título da Unesco na classificação citada, que costumava ser vinculada às localidades em áreas rurais.

“O reconhecimento alcançado pelo Rio hoje representa uma visão nova de pensar em patrimônio que engloba a natureza e o homem”, disse Ana de Hollanda, em entrevista concedida por telefone, após o fim da sessão da Unesco.

“O mundo considerou o Rio um patrimônio da humanidade. Isso vai dar uma consciência maior da responsabilidade que todos nós temos com relação à cidade”, acrescentou a ministra.(Folha)

18
abr

Volta às aulas em Realengo

Postado às 14:17 Hs

Onze dias depois do massacre que deixou 12 estudantes mortos, a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, retoma nesta segunda-feira (18) as atividades escolares. Os professores e funcionários receberão os alunos de volta com oficinas de pintura e poesia como readaptação dos adolescentes.

Durante a semana, os docentes e as famílias também serão atendidos por equipes de psicólogos. De acordo com a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, a readaptação dos estudantes deve levar três semanas.

No sábado (16), um grupo de cerca de 100 voluntários, funcionários e ex-alunos pintaram o muro e reformaram as instalações da escola. O muro, antes verde, foi pintado de branco e as salas de aula, reorganizadas. A intenção é que as lembranças do dia do atentado sejam amenizadas no retorno dos estudantes.

A volta às atividades também será marcado pelo reforço na segurança do colégio. Em reunião com os pais na semana passada, a direção decidiu pedir que a Guarda Municipal tome conta da escola durante os três turnos, por tempo indeterminado.

14
abr

Charge Animada

Postado às 23:48 Hs

13
abr

Unidos pela Paz…

Postado às 8:13 Hs

Deu em Marcelo Abdon

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), defendeu a retomada da discussão sobre o desarmamento no Brasil. Para o presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, o massacre que deixou 12 crianças mortas, na última quinta-feira (7), deve servir como reflexão para os riscos que a sociedade corre com o livre acesso de cidadãos a armas de fogo.

“Uma tragédia como essa, infelizmente, acaba servindo de lição, por conta da facilidade com que se consegue adquirir armas no Brasil. Wellington de Oliveira, não era membro de quadrilha, não era do crime organizado, era um descontrolado que tinha acesso com facilidade a uma arma”, disse.

Em 2005, em um referendo que perguntava “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”, 63,94% dos brasileiros disseram não ao desarmamento contra 36,06% que votaram pelo fim do acesso às armas.

“Talvez a sociedade brasileira tenha amadurecido do referendo para cá”, pondera Damous. Na avaliação do jurista, a retomada do debate nacional sobre o desarmamento poderia ser feita inclusive com a convocação de um novo referendo. “Essa é uma discussão que merece ser feita democraticamente. Um novo referendo seria oportuno e democrático.”

Damous lembra que a legalidade do porte de armas no Brasil é responsável por “tragédias domésticas diárias” e acaba abastecendo grupos criminosos. “Não há porque o cidadão, a sociedade civil estar armada. Quando o cidadão tenta usar a arma normalmente é morto ou tem a arma roubada e aumenta o poder de fogo dos criminosos. E a arma ainda incentiva a noção de fazer justiça com as próprias mãos, o que exime o Estado da responsabilidade de garantir a segurança”, avalia Damous.

Campanha do Desarmamento

A tragédia na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, fez o Ministério da Justiça adiantar a campanha nacional do desarmamento para o dia 6 de maio. De acordo com o ministro José Eduardo Cardozo, um conselho, formado por representantes do governo federal e da sociedade civil, vai coordenar a implementação da campanha no país.

A reunião do conselho está marcada para a próxima segunda-feira (18). Além de organizações da sociedade civil, entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Conselho Nacional de Segurança Pública e o Conselho Nacional do Ministério Público deverão integrar o conselho.

11
abr

Crônicas & Dicas – ” Por que ???”

Postado às 14:22 Hs

Por Renato Mezan – O Estado de S.Paulo

O que se passa na mente de um desequilibrado como Wellington Menezes de Oliveira, que ganhou seus 15 minutos de fama assassinando crianças na escola em que estudou? Não se pode saber com certeza, porque nessa esfera de questões não existe prova irrefutável. Contudo, baseando-nos em fatos conhecidos e em declarações do sujeito, é possível chegar a algumas hipóteses pelo menos plausíveis.

No caso que consterna o País, as informações disponíveis até o momento permitem supor que o rapaz carregava no íntimo uma imensa angústia, com a qual procurou lidar criando um sistema delirante que funcionou por algum tempo, mas acabou por se esboroar sob a pressão de fantasias extremamente ameaçadoras, das quais dão alguma ideia a carta que deixou.

Ela está redigida em longas frases, pontuadas só por vírgulas. As ideias se sucedem como em jorros, e é visível um desespero crescente, manifestado na extensão igualmente crescente dos parágrafos. Não se trata, é óbvio, de erro de redação: o pensamento tentou se focar, porém a angústia era tão avassaladora que acabou se sobrepondo ao esforço intelectual para a dominar. A repetição dos temas, e um certo grau de incoerência na escrita, dão testemunho desse fracasso.

Do que Wellington tinha tanto pavor? Nada deixa pensar que fosse de extraterrestres, do Juízo Final ou de outras coisas frequentes em delírios paranoicos. A abertura falando das “mãos impuras dos adúlteros”, o pedido para ser lavado (das suas próprias impurezas?) e envolvido num lençol branco, as referências à castidade, sugerem que era a sexualidade que ele temia, e em primeiro lugar, como assinalou Barbara Gancia na Folha de S. Paulo, da sua própria. Sexualidade que, a julgar pela menção enfática a sua virgindade, não chegou a ser exercida com outrem.

A solicitação para ser enterrado ao lado da mãe nos dá uma pista sobre qual poderia ser o objeto dela. Tudo indica a existência de poderosas fantasias incestuosas, das quais talvez o rapaz tivesse algum vislumbre consciente. Que não se trata de piedade nem de amor filial comum, como poderia ser o caso em outras circunstâncias, pode ser deduzido da convocação ao “fiel seguidor de Deus”, no masculino, cuja prece ao lado das duas sepulturas (pois uma ficaria junto à outra) teria o condão de o fazer ser perdoado “pelo que fez”. A meu ver, isso não alude ao crime que pretendia praticar, mas aos desejos incestuosos, e o “seguidor de Deus” seria o pai de Wellington – ou, como este já falecera, um representante dele.

A menção aos animais ressalta que são “desprezados” e “não podem trabalhar para se sustentar”. A escolha dessas características inusuais faz pensar que os bichos são uma personificação do próprio Wellington, que possivelmente se desprezaria e odiaria por seus sentimentos “pecaminosos”, e se demitira do emprego meses atrás. O apelo à generosidade das instituições parece dirigir-se a esses pais, cuja vontade ele quer cumprir: teriam a intenção de lhe deixar a casa de Sepetiba, e os familiares deveriam acatar tal intento. Ou seja, ele pede a estes que o ajudem a cumprir o desejo dos pais: ao ceder a casa a uma dessas instituições, estariam reconhecendo que pertencia a Wellington, com o que se realizaria a (suposta) vontade deles de que ele a herdasse.

A referência aos pais e à obediência filial aponta para o medo do superego, que na psique é o representante da autoridade parental. Como Wellington era um paranoico, o receio que todos temos da punição por nossos desejos edipianos tomou nele um matiz muito mais feroz que nas pessoas comuns. Sua timidez, o recolhimento em que vivia, a docilidade do seu caráter – era pacato e obedecia sem dificuldade aos superiores, lê-se na imprensa – podem ter sido tentativas de aplacar esse censor interno, mas, como acabou se revelando, nada disso foi suficiente.

O embate entre impulsos impossíveis de serem reconhecidos e elaborados e uma instância mental que os condenava sem apelação foi se avolumando até se tornar insuportável. O “mau” que o rapaz julgava abrigar em si não podia mais permanecer dentro dele: precisou ser expulso, literalmente projetado sobre alguém como ele – daí, possivelmente, a escolha dos alunos da escola em que estudara. É provável que tenha sido na puberdade que o conflito edipiano tenha se acentuado na mente de Wellington: se assim for, compreende-se que o tenha deslocado para adolescentes, nos quais procurou eliminar o que não conseguia mais suportar em si mesmo.

Ao mesmo tempo, a “gravidade” dos seus “pecados” os tornava imperdoáveis: era preciso punir-se por eles, como os pais o teriam feito se estivessem vivos – e, paradoxalmente, no lugar deles (identificação) e antes deles (triunfo). O suicídio se apresenta então como a única via para tal fim: com o sacrifício da vida, talvez esperasse aplacar a ira dos pais e – mais uma vez paradoxalmente – unir-se a eles numa espécie de cena primitiva macabra (o pai rezando ao lado da cova/leito que partilharia com a mãe).

Essa reconstrução dos processos psíquicos que podem ter levado Wellington a um crime tão hediondo é, repito, apenas conjetural. Ela não pode, é claro, trazer de volta as vítimas da sua loucura; pode no máximo ajudar-nos a compreender por que ele o praticou. Mas o horror que nos assaltou ao tomarmos conhecimento do que ele estava fazendo mostra mais do que compaixão pelas vítimas: penso que se deve ao receio de, por termos sido na infância pequenos Édipos, um dia nos vermos atirando em inocentes depositários das nossas angústias. Embora (se formos “neuróticos normais”) não precisemos recorrer às mesmas defesas psicóticas que esse moço teve de mobilizar, no fundo somos tão humanos quanto ele – e o desfecho trágico da sua loucura deve nos fazer pensar na nossa própria violência, que por se exercer por meios mais sutis não deixa de ter semelhança com a dele.

09
abr

Já presos…

Postado às 12:17 Hs

Dois homens foram presos na noite de ontem sob suspeita de terem vendido uma das armas usadas por Wellington Menezes de Oliveira, 23, no ataque à escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio. Doze estudantes morreram na ocasião.

Segundo informações da Divisão de Homicídios, a Polícia Civil encaminhou à Justiça um pedido de prisão preventiva contra os dois suspeitos, que foi acatado durante a madrugada de hoje. Eles foram localizados na noite de ontem e encaminhados para prestar depoimento, mas a corporação não informou detalhes.

O massacre na escola deixou 12 mortos – dez meninas e dois meninos. O atirador, que era ex-aluno da unidade, se matou após o crime. Também há dez alunos internados em seis hospitais do Rio. Alguns deles estão em estado grave.

Onze das 12 vítimas do massacre foram enterradas ontem. O corpo da garota Ana Carolina Pacheco da Silva será cremado na manhã deste sábado, no Crematório do Memorial do Carmo, no Cemitério do Caju.

Maio 1
quarta-feira
21 54
ENQUETE

Você acha que o brasileiro acostumou-se com a Corrupção ao longo do tempo ?

Ver resultado parcial

Carregando ... Carregando ...
PREVISÃO DO TEMPO
INDICADOR ECONÔMICO
37 USUÁRIOS ONLINE
Publicidade
  5.954.087 VISITAS