Foto: Sérgio Lima/Poder 360

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta 4ª feira (4) ser “importante” que os Poderes públicos se contenham dentro de seus limites constitucionais. De sua parte, afirmou que a Câmara “cultiva e respeita” suas funções delimitadas na Carta Magna.

Deu a declaração em evento sobre os 35 anos da Constituição de 1988 realizado na Casa.

“[A Constituição] estabelece as balizas que delimitam o campo de ação de cada um dos Poderes do Estado e é importante sempre que nós saibamos nos conter, cada Poder desta nação nos seus limites constitucionais. Eu tenho absoluta certeza de que o Parlamento brasileiro os obedece, os cultiva e os respeita”, disse.

A declaração de Lir ocorre no momento em que o Parlamento e o Judiciário estão em atrito, após decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre temas polêmicos, como descriminalização do aborto e do porte de drogas. Lira afirmou que a Carta Magna é o “triunfo” da democracia. “Não podemos transigir jamais com autoritarismos e com ameaças à soberania popular”, disse.

Em entrevista a jornalistas depois do evento, Lira destacou que a Constituição “delimita claramente quais são as atribuições” de cada Poder.

“Eu penso sempre que o equilíbrio entre os Poderes é a melhor maneira de viver em harmonia, e é o que se prega: independência com harmonia. Eu posso falar só pela Câmara, não posso falar pelos outros Poderes, e com a Câmara eu posso afirmar que ela sempre se conteve dentro dos seus limites constitucionais e assim permanecerá”, afirmou.

Poder 360

O presidente da Câmara dos Deputados,

Foto: Pedro França/Agência Senado

, se juntou a um time de peso, na tentativa de influenciar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na escolha para a chefia da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Conforme Malu Gaspar em sua coluna no jornal O Globo, o deputado teve uma longa conversa reservada com Lula, em Nova York, nos Estados Unidos, na qual deixou claro ser contra à indicação do subprocurador Antônio Carlos Bigonha para a vaga. A indicação é defendida por uma ala do PT, que o vê como progressista e liga a causas de esquerda.

De acordo com a coluna, Arthur Lira está entre os que temem que Bigonha seja um “Janot piorado” ou “lavajatista”. Esta mesma visão é compartilhada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é inimigo do ex-procurador-geral Rodrigo Janot e defende o nome do vice-procurador geral eleitoral Paulo Gonet para a vaga. Quem também defende Gonet para o cargo é o ministro Alexandre de Moraes.

Interlocutores do presidente da Câmara apontam que ele é favorável à recondução do atual PGR, o baiano Augusto Aras, que atuou em toda gestão de Jair Bolsonaro (PL). A posição de Lira se dá por conta do perfil anti-Lava Jato e da blindagem montada pelo atual procurador-geral, que costuma criticar o que chama de “criminalização da política” e também tem trabalhado para se manter no cargo.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários decidiram votar na semana que vem o projeto que prorroga até 31 de dezembro de 2027 a desoneração da folha de pagamento para os 17 setores da economia que mais empregam.

A decisão foi tomada nesta terça-feira, 22, em reunião na residência oficial de Lira. De acordo com o líder do Cidadania, Alex Manente (SP), os deputados devem aprovar, provavelmente na próxima terça-feira, 29, um requerimento de urgência para que o projeto seja votado diretamente no plenário, sem precisar da aprovação em comissões. Atualmente, o projeto está no colegiado de Desenvolvimento Econômico da Câmara, sob relatoria de Any Ortiz (Cidadania-RS).

Manente sinalizou, contudo, que a tendência é a Câmara derrubar o dispositivo aprovado no Senado que prevê a redução da contribuição social, de 20% para 8%, sobre a folha de pagamento de cidades com até 142,6 mil habitantes. “Neste momento, estamos avaliando. Mas acredito que o relatório não deva contemplar os municípios”, disse o deputado, ao sair da reunião com Lira.

A desoneração da folha permite às empresas dos setores beneficiados pagarem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários. A União deixou de arrecadar com a medida R$ 9,2 bilhões só no ano passado.

“É fundamental. São setores importantes para nossa economia, que precisam que essa prorrogação ocorra rapidamente para ter segurança”, disse Manente, ao defender que a política de desoneração garante empregos no País.

Estadão Conteúdo

 

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), segue otimista em relação à votação da reforma tributária, e não descarta votar ainda nesta semana o segundo turno.

Segundo interlocutores de Lira, ele acredita que terá condições de votar os dois turnos nesta semana se, na primeira votação, a reforma for aprovada com folga. São necessários pelo menos 308 votos. Se ele conseguir um placar perto de 400 votos, significaria um amplo apoio à medida.

A ordem é tentar agilizar a análise do texto para evitar que os adversários consigam demonizar a proposta, como integrantes da oposição têm feito, ao classificar a medida como “reforma da fome”. Um ataque na linha de que o preço da cesta básica irá aumentar.

O relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) diz que isso não acontecerá e, para se contrapor a essa ofensiva, propôs no relatório apresentado na quarta-feira (5) a criação da Cesta Básica Nacional, que seria isenta de tributação.

 

Foto: Marina Ramos

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira (3) que é “chegada a hora” de a Casa aprovar a nova legislação tributária do Brasil. “É chegada a hora de darmos um salto e aprovarmos a nova legislação tributária que o Brasil merece.

Daremos celeridade à votação dessas matérias fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do país”, afirmou. A ideia é aprovar o texto antes do recesso parlamentar, que começa oficialmente no dia 18 de julho.

No fim de semana, Lira anunciou um esforço concentrado para votar, além da reforma tributária, dois temas da pauta econômica do governo: o novo marco fiscal e o voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

As votações foram acertadas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Não teremos reuniões de comissões nem de CPIs ou sessões solenes. As bancadas e as frentes parlamentares se dedicarão ao debate dessas três pautas para que até o fim tenhamos aprovado as matérias”, completou Lira.

Mais cedo, o presidente publicou um ato que exige dos parlamentares o registro biométrico presencial nas sessões e reuniões deliberativas convocadas para esta semana. Com isso, os deputados são obrigados a comparecer às votações.

R7

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a perda de mandato do deputado Deltan Dallagnol, decidida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), será analisada pela Corregedoria da Câmara dos Deputados.

Os procedimentos são regulamentados pelo Ato da Mesa 37/09. “A Mesa seguirá o que determina esse ato: a Câmara tem que ser citada, a Mesa informará ao corregedor, o corregedor vai dar um prazo ao deputado, o deputado faz sua defesa e sucessivamente”, disse Lira durante a sessão do Plenário.

Ele respondeu a uma questão de ordem do deputado Maurício Marcon (Pode-RS), para quem a Câmara deve se pronunciar sobre a decisão da Justiça Eleitoral. “O mandato deve ser cassado somente por esta Casa”.

O TSE cassou na terça-feira (16), por unanimidade, o registro de candidatura do então candidato Deltan Dallagnol nas últimas eleições (outubro de 2022). O tribunal considerou que Dallagnol pediu exoneração do Ministério Público para não ser alvo de processo administrativo, que poderia torná-lo inelegível. Cabe recurso da decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A Constituição garante aos deputados cassados pela Justiça Eleitoral o direito a ampla defesa dentro da Câmara dos Deputados. Conforme a Constituição, a perda de mandato será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação, assegurada a ampla defesa.

O Ato da Mesa assegura ao deputado alvo de representação prazo de cinco dias úteis para a manifestação. Quando a representação é fundamentada em ato da Justiça Eleitoral, cabe apenas ao corregedor tratar dos aspectos formais da decisão judicial.

Fonte: Agência Câmara

 

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), disse que o Congresso Nacional não apoiará propostas que cancelem leis aprovadas nos governos passados. Declaração ocorreu em entrevista ao jornal BandNews nesta segunda-feira (15).

Lira também falou da relação da Câmara dos Deputados com o governo Lula. Após ser questionado, ele disse que não há possibilidade de rompimento, mas sugeriu mudanças na articulação governista. O presidente da Câmara também disse que Governo precisa descentralizar, confiar e delegar.

“O que eu penso, e apelo, é que o governo precisa de três movimentos: o governo precisa descentralizar, confiar e precisa delegar. Ele descentralizando, acreditando, confiando, melhorará a sua articulação política”, disse.

Lira reforçou ainda que o Congresso não vai apoiar propostas que cancelem leis aprovadas nos governos passados, como a da independência do Banco Central ou o marco legal do saneamento. No início do mês a Câmara anulou trechos de dois decretos presidenciais que alteravam ponto desse marco legal.

Outro ponto comentado por Lira foi o projeto que pretende coibir a disseminação de discursos de ódio e notícias falsas na internet (PL 2630/20). Lira defendeu a regulamentação do que é divulgado por meio das grandes plataformas de internet, preservando a liberdade de expressão, mas disse que ainda não há clima político para votar a matéria.

Reprodução

 

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não usou meias-palavras na conversa de ontem com Luiz Inácio Lula da Silva. Ao falar sobre as CPIs que prometem atormentar o Palácio do Planalto, como a dos Atos Golpistas, Lira cobrou reciprocidade para garantir governabilidade. No tête-à-tête com o presidente, o líder do Centrão reclamou que os acordos não têm cumprido o tempo da política para sair do papel e disse que o governo precisa “entregar”, se quiser ter apoio.

As queixas de Lira são vistas no Planalto como forma de pressionar Lula a lhe dar cada vez mais poder. Não é de hoje que o presidente da Câmara exige “instrumentos” para assegurar maioria ao governo, a cada votação. “Não sou João de Deus”, costuma repetir.

Lula prometeu resolver o imbróglio. Primeiro, chamou o o titular da Fazenda, Fernando Haddad. Depois, determinou a outros ministros que comecem a liberar R$ 10 bilhões em emendas para deputados e senadores, além dos “restos a pagar” do governo de Jair Bolsonaro.

Na prática, desde que o Supremo Tribunal Federal decretou o fim do orçamento secreto – ressuscitado agora em novo modelo –, a distribuição desse dinheiro está sob controle do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. “Um sujeito fino e educado, mas que tem tido dificuldades”, disse Lira, em entrevista a O Globo. “Sou fino e educado. Então, não vou responder”, devolveu Padilha.

Os atritos entre os dois vieram à tona após a criação das CPI dos Atos Golpistas, das invasões do MST e na esteira da guerra envolvendo a frustrada votação do PL das Fake News. Nos bastidores, Lira também acusou Padilha de não o defender após o ministro da Justiça, Flávio Dino, ter vetado a indicação de João Carlos Mayer Soares, feita por ele para o Tribunal Regional Federal da 1.ª Região. O nome havia sido negociado com o próprio Padilha.

Se pudesse, Lira substituiria o articulador político do Planalto pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). O presidente, porém, não vai entregar essa cabeça. Na tentativa de acalmar os ânimos, o Diário Oficial trará agora nomeações em diretorias de Sudam, Sudene, Dnit e Dnocs, entre outras. Há cerca de 400 cargos de segundo e terceiro escalões nos Estados, ainda não preenchidos.

Aliados do governo acusam o chefe da Casa Civil, Rui Costa, de segurar as indicações, mas ele responde com a necessidade de “pente-fino”. Diante de tanta crise, ninguém percebeu, mas Lira demorou quase dois meses para pautar o projeto da igualdade salarial entre homens e mulheres. “Estava todo bichado”, justificou ele à coluna. Há mesmo muitos jabutis rondando a Praça dos Três Poderes. Presidente da Câmara ‘chora’ e consegue promessa de liberação de R$ 10 bi em emendas.

Por Vera Rosa/Estadão.

Foto: REUTERS/Adriano Machado

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deve colocar em votação nesta semana o projeto de lei das fake news. Lira diz que pretende votar um pedido de urgência (ou seja, para que ele seja levado ao plenário) e, possivelmente, o próprio mérito da proposta.

Tudo isso dependerá das negociações que o relator do projeto, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), terá com líderes da Casa nos próximos dias. O governo federal já apresentou, recentemente, uma série de sugestões ao relator para que pudessem ser analisadas e, eventualmente, incorporadas ao texto. A proposta é polêmica por estabelecer regras em um ambiente ainda nebuloso: as redes sociais e serviços de mensagens.

Uma dessas regras, por exemplo, envolve a retirada imediata da internet de conteúdos que possam causar dano iminente de difícil reparação ou que violem direitos de criança e adolescentes, em resposta aos recentes ataques em escolas em todo o país. A proposta também deve prever que as chamadas “big techs”, como Meta e Alphabet, que controlam plataformas como Facebook e Google, respectivamente, a manter sedes no Brasil. A medida tem como objetivo obrigar as empresas a responderem judicialmente no país.

Ao contrário de outras propostas tidas como prioritárias na agenda da Câmara, como o novo regime fiscal e a reforma tributária, o projeto das fake news não deve ter a tramitação prejudicada pela instabilidade política recente pela qual o governo Lula passa, segundo líderes partidários e aliados de Lira ouvidos pela CNN sob reserva.

O presidente da Câmara insiste que a votação da proposta será feita nesta semana, com um “debate amplo e claro”. Os ruídos políticos do governo se intensificaram após a CNN divulgar, com exclusividade, imagens do circuito interno do Palácio do Planalto durante a invasão de 8 de janeiro.

O general Gonçalves Dias, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), estava no local e foi filmado interagindo com invasores, retirando-os do terceiro andar do Planalto, onde fica o gabinete presidencial. O episódio culminou na demissão de Dias do GSI.

CNN Brasil

 

Foto: Lula Marques /Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta sexta-feira (7) que o Parlamento não vai admitir retrocessos no novo marco legal do saneamento, regulamentado por decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Defendo a revisão do Marco Legal do Saneamento com o propósito de aperfeiçoar a legislação vigente. Porém, alerto que o Parlamento irá analisar criteriosamente as sugestões, mas não vai admitir retrocessos”, disse Lira nas redes sociais.

A declaração ocorre depois de Lula ter assinado dois decretos que visam a ampliação de investimentos públicos e privados em projetos de saneamento básico. Segundo o governo, serão ao menos R$ 120 bilhões para programas de melhoria dos serviços de água e esgoto.

Os decretos do governo atualizam o marco legal do saneamento básico, norma responsável por atrair investimentos para o setor com o objetivo de universalizar serviços de água e esgoto nas cidades do país até 2033, fornecendo água para 99% da população e coleta e tratamento de esgoto para 90%.

O investimento anunciado, além de servir para ações de abastecimento de água e esgotamento sanitário, será usado para projetos de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais. Todas as iniciativas precisam ser elaboradas de forma adequada à saúde pública e à proteção do meio ambiente.

Segundo o Executivo, os atos assinados vão permitir que 1.113 cidades, que reúnem 29,8 milhões de brasileiros, voltem a acessar recursos de saneamento básico do governo federal para que cumpram a meta de universalização dos serviços de água e esgoto. De acordo com o Palácio do Planalto, esses municípios tiveram seus contratos com os prestadores estaduais declarados irregulares e, portanto, não poderiam contar com verbas federais para buscar a universalização.

A nova metodologia proposta permite que prestadores possam comprovar sua capacidade econômico-financeira para 351 municípios e assim evitem a interrupção dos investimentos. Além disso, 762 cidades poderão ser incluídas no processo de comprovação e regularizar a situação da prestação, evitando a suspensão dos serviços ou dos investimentos.

Outra mudança promovida pelo governo foi a extinção de uma regra que limitava em 25% para a realização de Parcerias Público-Privadas (PPP) pelos estados. Segundo o Executivo, o objetivo é ampliar a participação da iniciativa privada e atrair novos investimentos para o saneamento básico.

Ainda de acordo com o governo, as agências reguladoras vão acompanhar o cumprimento das metas por parte das empresas autorizadas a oferecer os serviços. As que não respeitarem o cronograma serão impedidas de receber recursos públicos.

R7

 

Foto: Bruno Spada

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou nesta segunda-feira (6), que o governo Lula não tem força para aprovar propostas no Congresso Nacional. A declaração ocorreu durante evento na Associação Comercial de São Paulo.

“Teremos um tempo para que o governo se estabilize internamente, porque hoje o governo ainda não tem uma base consistente nem na Câmara, nem no Senado para enfrentar matérias de maioria simples, quanto mais matérias de quórum constitucional”. Entretanto, Lira ressaltou que a reforma tributária é a prioridade do primeiro semestre, e que há vontade política para isso.

“Temos uma vontade conjunta, do governo eleito e do Congresso, em dialogar para tentarmos votar a reforma tão falada, tão difícil, que é a reforma tributária”. O deputado destacou que o Grupo de Trabalho sobre a reforma tributária já foi criado e que aguarda o recebimento da proposta do Executivo.

“Nós temos um Congresso que hoje tem atribuições mais amplas e que isso precisa ser negociado com bom-senso, muita conversa, amplitude, clareza, mas com rumo e o rumo precisamos defini-lo agora em março. Nós não temos um rumo definido, um encaminhamento feito”.

Tem que ser rápido

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin também se manifestou sobre a reforma tributária. Ele acredita que é necessário celeridade sobre o tema.   “Tem que ser rápido. Aproveitar o primeiro ano”. Alckmin defende que os impostos federais, estaduais e municipais deveriam ser unificados em um único tributo.

“O mundo inteiro tem um IVA, Imposto sobre Valor Agregado. Nós temos PIS, Confins, ICMS, ISS. O mundo inteiro tem um tributo sobre mercadorias e serviços”.

Diário do Pode

Com 464 votos, o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi reconduzido para mais um mandato no biênio 2023-2024. Lira foi apoiado por um único bloco parlamentar reunindo 20 partidos, incluindo duas federações. Ele obteve a maior votação absoluta de um candidato à Presidência da Câmara nos últimos 50 anos.

O deputado Chico Alencar (Psol-RJ), lançado pela Federação Psol-Rede, obteve 21 votos; e o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) obteve 19 votos. Houve 5 votos em branco

Após assumir o novo mandato para o biênio 2023-2024, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou os eleitos para os demais cargos da Mesa Diretora.

Os cargos foram distribuídos conforme acordo entre os partidos e federações que compõem o único bloco parlamentar que apoiou a candidatura de Lira. Em seguida, a sessão do Plenário foi encerrada. Confira:

– 1ª Vice-Presidência: Marcos Pereira (Republicanos-SP), com 458 votos. Houve 51 votos em branco;

– 1ª Secretaria: Luciano Bivar (União-PE), com 411 votos. Outros 98 votaram em branco;

– 2ª Secretaria: Maria do Rosário (PT-RS), com 371 votos. Houve 138 votos em branco;

– 3ª Secretaria: Júlio Cesar (PSD-PI), com 467 votos. Houve 42 em branco;

– 4ª Secretaria: Lucio Mosquini (MDB-RO), com 447 votos. Outros 62 votaram em branco.

Para a 2ª Vice-Presidência houve disputa entre dois candidatos: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) foi eleito com 385 votos. Luciano Vieira (PL-RJ), concorrente como candidato avulso, obteve 94 votos. Houve 30 em branco.

Na suplência ficaram os deputados:

– Gilberto Nascimento (PSC-SP), com 420 votos;

– Pompeo de Mattos (PDT-RS), com 398 votos;

– Beto Pereira (PSDB-MS), com 389 votos; e

– André Ferreira (PL-PE), com 382 votos;

Houve 447 votos em branco para suplentes.

Arthur Lira foi a campo com um argumento de peso para conquistar os votos de bolsonaristas para a sua reeleição: a liberdade de Jair Bolsonaro. Deputados bolsonaristas dizem ter ouvido de cabos eleitorais de Lira a promessa de que, se o atual presidente da Câmara tiver o voto deles para um novo mandato à frente da Casa, ele garantirá que Bolsonaro não seja preso por nenhum dos crimes de que o ex-presidente é acusado.

Lira trabalha para ser praticamente ungido na disputa, com o apoio de governistas e da oposição bolsonarista. Alguns deputados da oposição, entretanto, têm questionado por que apoiar um presidente da Câmara que também é apoiado pelo governo.

*As informações são do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Às vésperas da eleição para a presidência da Câmara, quando tentará a reeleição, Arthur Lira (PP-AL) reajustou os valores destinados à chamada verba de gabinete dos deputados. Segundo a decisão, a verba será reajustada em 6% a partir de 1º de fevereiro de 2023. O mesmo percentual será reajustado em fevereiro de 2024. Em 2025, o reajuste previsto é de 6,13%.

O ato foi publicado no Diário da Câmara dos Deputados de sábado (14/1) e é assinado também por todos os outros cinco integrantes da Mesa Diretora da Casa.

Na decisão, a Mesa Diretora justifica que o reajuste da verba foi necessário em razão do reajuste salarial concedido em janeiro aos servidores. Entre eles, os secretários parlamentares, cujo salário é pago com a verba de gabinete.

“A fim de dar cumprimento à previsão legal relativa ao reajuste da remuneração desses servidores, faz-se necessário adequar o valor da verba destinada aos Gabinetes Parlamentares, na forma do presente Ato da Mesa”, afirmou Lira na justificativa.

Antes do reajuste, o valor mensal da verba de gabinete é de R$ 111.675,59. O montante serve para pagar salários dos secretários parlamentares e de funcionários escolhidos diretamente pelos parlamentares.

Além da verba de gabinete, cada um dos 513 deputados têm direito a um salário mensal (atualmente de R$ 39,2 mil) e à chamada “cota parlamentar” (usada para bancar custos como viagens, locomoção e escritório político).

Metrópoles

Foto: REUTERS/Adriano Machado

 

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Estouro deve ser votada nesta terça-feira (20) no plenário da Câmara, conforme anunciado pelo presidente da Casa na última quinta-feira (15).

A PEC que busca viabilizar o pagamento de R$ 600 mais o adicional do Auxílio Brasil –ou Bolsa Família, caso o nome seja alterado– no ano que vem.

A aprovação da PEC do Estouro estava travada na Câmara por conta da disputa entre os partidos por cargos na futura Esplanada dos Ministérios.

No domingo (18), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniram para tentar resolver o impasse.

O grupo ligado a Lira quer postos no primeiro escalão do governo para garantir os votos, mas Lula resiste.

No mesmo dia, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na noite que os benefícios destinados a garantir uma renda mínima aos brasileiros sejam excluídos do teto de gastos.

Ele também afirmou que os recursos para o aumento do benefício podem ser obtidos pela abertura de um crédito extraordinário por meio de medida provisória.

A medida interfere diretamente na queda de braço entre o governo eleito e o Congresso para a aprovação da PEC do Estouro, que provoca um aumento das despesas públicas de cerca de R$ 200 bilhões.

Com o aval do STF para reajustar o Bolsa Família por meio de medida provisória, o governo eleito fica menos dependente da aprovação da PEC.

CNN Brasil

19
dez

STF barrar orçamento secreto

Postado às 21:41 Hs

Foto: PABLO VALADARES/CÂMARA DOS DEPUTADOS

 

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta segunda-feira (19) que a casa “continuará a trabalhar pela estabilidade do país”. Ele fez o comentário depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou inconstitucionais as emendas de relator — que compõem o chamado orçamento secreto.

As emendas de relator passaram a compor o Orçamento federal em 2020, quando foi permitido que o parlamentar responsável por elaborar o parecer da LOA (Lei Orçamentária Anual) indicasse a aplicação de uma parte dos recursos públicos.

Todos os deputados e senadores podiam sugerir ao relator qual deve ser a destinação dessas emendas. Contudo, não existia uma regra específica para a aplicação dos recursos. Dessa forma, não havia uma distribuição igualitária das verbas e, na maioria das vezes, não era possível saber o nome do parlamentar que registrou o pedido, tampouco o destino do dinheiro.

A falta de transparência e de publicidade foi um dos principais motivos para que o STF decidisse derrubar o orçamento secreto. Com a determinação do Supremo, os recursos reservados para as emendas de relator passam a ser usados apenas para correções no Orçamento.

Na semana passada, o Congresso até tinha aprovado um novo formato para as emendas de relator, no qual 80% dos recursos seriam repassados de acordo com o tamanho das bancadas partidárias, sendo dois terços para a Câmara e um terço para o Senado.

Do restante, 7,5% ficariam com a mesa diretora do Senado, 7,5% com a mesa diretora da Câmara, e 5% seriam compartilhados entre o presidente da CMO (Comissão Mista de Orçamento) do Congresso e o relator do Orçamento federal. Além disso, o novo modelo para o orçamento secreto previa a destinação obrigatória de, no mínimo, 50% dos recursos para ações e serviços públicos de saúde ou de assistência social.

A alteração não foi suficiente para evitar a derrubada pelo STF. “Ainda que reconheça avanços alcançados com a resolução 3 de 2022, sobretudo por atender a algumas preocupações ventiladas pelos meus pares no curso deste julgamento quanto a maior transparência, proporcionalidade e generalidade das emendas de relator, entendo que os vícios apontados nas ações sob julgamento continuam persistindo, pois a sistemática ainda vigente para distribuição de verbas afronta normas constitucionais que regem a matéria”, disse o ministro Ricardo Lewandowski nesta segunda. Com o voto dele, o STF formou maioria para barrar o orçamento secreto.

R7

17
dez

O minueto de Lira e Lula

Postado às 13:06 Hs

Por Marcio de Freitas*

No princípio era a verba, e ela se moveu sobre as águas e se transmutou em emendas. As trevas cobriram a face das transferências e os atos se faziam mistérios no orçamento. Haja recursos, falou o relator. E houve até pix. E criou-se tudo que os parlamentares sempre sonharam em segredo: rios de mel, árvores de votos. Então foi aprovada a PEC, recursos iriam chover para todos, antes da transição do início de tudo.

Mas o inferno fica do outro lado da Praça, no Supremo Tribunal Federal – com sua pauta de transparência e publicidade das transferências de recursos seguindo a Constituição. E a relatora determinou: Haja luz, instaure-se a transparência! E houve um apagão no funcionamento do Congresso, porque assim se abriu a porta do paraíso ao novo governo, e do purgatório ao parlamento.

Isso porque a gênese de poder de um governo pode ser verificada na construção de uma base parlamentar própria, mesmo que adquirida de um governo anterior no mercado de segunda mão da política. O que ainda não é, de fato já existe quando a vitória é proclamada. Mas é inédito que se traduza em ação ainda antes da posse, com negociação direta com o parlamento antes do início oficial do mandato para mudar até a Carta Magna.

A votação da Proposta de Emenda à Constituição da Transição no Senado mostrou a musculatura do futuro governo Lula. Conseguiu, com pragmatismo, avançar em mais recursos que o previsto inicialmente para irrigar o Orçamento Geral da União de 2023. A Câmara de Arthur Lira (Progressistas-AL) tende a seguir o ritmo do tilintar das moedas a mais para gastar em 2023. Quer o recurso, mas o STF quer que a trilha do dinheiro seja visível a todos.

Risco fiscal e impacto junto ao mercado não são preocupação fundamental neste momento. O essencial é pagar o Bolsa Família de R$ 600 no próximo ano e cumprir a promessa de campanha, minimizando os danos sociais que a pandemia deixou sobre os brasileiros mais vulneráveis. Esse é o público que elegeu o futuro presidente. Lembrando que, popularidade, é força política junto ao Congresso.

Mais recursos liberam margens mais amplas no orçamento, alargando as bordas de ação do convencimento do governo no legislativo a outros temas. Se ultrapassar a casa de R$ 200 bilhões, a margem extra para emendas parlamentares é ainda maior. Ora, interessa ao futuro governo, interessa ao Congresso. A aprovação foi contada com folga, 64 senadores contra 13.

Sinal de que a Câmara também deve aprovar, mesmo com muxoxo e negociação de sua cota parte em cargos no futuro governo – mesmo à custa da lei das estatais, onde se abre mais um acesso ao maná do Estado. Não existe margem para negar ajuda aos pobres neste momento. Nem para recusar dinheiro para investimento que melhora as condições mínimas de começo do governo, além de ajustar contas deixadas pelo atual.

E o governo jovem, com popularidade em alta, é muito sedutor. Uma fatia de parlamentares olha seduzida o Palácio do Palácio somente com porta de entrada, nunca de saída. É o famoso Centrão. Troca-se governo, lá estão eles. O italiano Vilfredo Pareto classificou isso de teoria da circulação das elites, pela tendência histórica de uma classe dominante se agarrar ao poder.

Seja com Bolsonaro, seja com Lula, alguns partidos integrantes do Centrão (ou todos eles) estarão no governo, do qual preferem nunca usar as porta de saída. Esses partidos são fins de si próprios, cujo único objetivo é ser meio de se perpetuar no poder.”A classe política dispõe, sem dúvida, de um sentido muito apurado das possibilidades e meios da sua autoconservação. Desenvolve uma poderosa força de atração e capacidade de absorção que só raramente é ineficaz, mesmo face aos seus adversários mais irredutíveis e consequentes”, declarou Robert Michels, falando sobre a lei de ferro das oligarquias. Na forma de ditado italiano: “cambia il maestro di capella, ma la musica è sempre quella”.

É por isso que Lula olha o Congresso e os parlamentares observam Lula. Um minueto conhecido. Dança de aproximação. Com interesses comuns e convergentes, mesmo com diferenças fundamentais em alguns conceitos. É pelos interesses comuns que partidos que estiveram com Bolsonaro querem entrar no governo petista. Ideologia é coisa para acadêmico.

A música é a mesma, por que se importar com o maestro? Mas o cuidado agora é não errar na composição da orquestra, para não desafinar. Lula espera a aprovação da PEC para montar o ministério político, a Câmara esperar o juramento do Orçamento Secreto para votar com o governo. Quem piscará primeiro?

*Analista político da FSB Comunicação

TRIBUNA DA INTERNET | Orçamento secreto pode passar por mudanças no fim do ano, preveem líderes dos partidos

Charge do Cazo (Arquivo Google)

Por Weslley Galzo / Estadão

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mudou o tom de seu discurso de campanha, em que defendeu o fim do orçamento secreto, que é o esquema de distribuição de recursos para redutos políticos de parlamentares. Lula passou a dizer, agora, que o tema está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista nesta sexta-feira, 9, o petista defendeu que seja mantida a distribuição de emendas parlamentares, desde que de maneira transparente e alinhada com projetos prioritários do governo.

Lula ainda ressalvou que não tem ingerência sobre o STF, a quem caberá definir o julgamento das ações que contestam a legalidade do mecanismo de distribuição de recursos públicos.

A SOMBRA DE LIRA – O novo discurso do petista ocorre em meio à tentativa de evitar atritos com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para evitar dificuldades na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia o teto de gastos em até R$ 200 bilhões para custear o pagamento de R$ 600 reais aos beneficiários do Bolsa Família.

“Esse processo das emendas do orçamento secreto está na Suprema Corte (desde) antes das eleições, antes de eu ser presidente da República, e se está na Suprema Corte em algum momento eles (ministros) vão pautar”, disse, acrescentando:

“Eu, sinceramente, não tenho nenhuma interferência ou poder sobre a Suprema Corte para decidir como e quando eles vão votar”, disse Lula.

ERA ‘EXCRESCÊNCIA” – Durante a campanha, o então candidato pelo PT chamou as emendas de relator utilizadas no esquema do orçamento secreto de “excrescência” e acusou Arthur Lira de agir como “imperador do Japão” na distribuição sem transparência desses recursos aos parlamentares que votavam alinhados ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

As críticas de Lula iam além da falta de publicidade do dispositivo. Ele se queixava que o esquema esvazia parte dos poderes do chefe do Executivo para transferi-los à cúpula do Congresso, no que chamou de “a maior bandidagem já feita em 200 anos de República”.

Passada a eleição, Lula tem remodelado esse discurso. “Eu fui deputado constituinte e eu sempre achei que a emenda parlamentar é uma coisa importante, o que não precisa é ser secreta. A emenda de deputado pode ser algo muito importante se estiver acoplada ao governo e às obras preferenciais do governo. Quem decide liberar a emenda é o Poder Executivo. Todo mundo sabe que eu penso isso. O presidente Lira sabe disso”, afirmou nesta sexta-feira.

PELO TELEFONE – Como mostrou o Estadão, Lula conversou por telefone com Lira num movimento para evitar um revés na votação da PEC pela Câmara. O petista procurou deixar claro ao deputado que não fez nenhum movimento para o Supremo derrubar o orçamento secreto.

Garantiu, ainda, que o novo governo não quer tirar emendas de deputados e senadores, mas apenas ajustar os procedimentos. Agiu assim por receio de que o Centrão faça tudo para dar o troco, diminuindo o prazo do aumento do teto de gastos, de dois anos para um.

Alguns interlocutores de Lula têm dito que o presidente quer uma saída política para o orçamento secreto em vez de uma decisão jurídica do Supremo. A manutenção do esquema é colocada como uma condição dos cardeais do Centrão para garantir a aprovação da PEC e não tornar difícil, já de início, a governabilidade de Lula a partir de janeiro do ano que vem. As emendas utilizadas no esquema também passam pelas negociações que vão definir as eleições para presidente da Câmara e do Senado.

abr 26
sexta-feira
22 37
ENQUETE

Você acha que o brasileiro acostumou-se com a Corrupção ao longo do tempo ?

Ver resultado parcial

Carregando ... Carregando ...
PREVISÃO DO TEMPO
INDICADOR ECONÔMICO
92 USUÁRIOS ONLINE
Publicidade
  5.953.845 VISITAS