Após a aprovação da Emenda Constitucional que exclui cerca de R$ 200 bilhões em despesas do Teto de Gastos, os investidores esperam que o governo passe agora a apresentar os nomes que devem compor parte importante dos ministérios para condução econômica.

A expectativa é que o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indique ainda hoje novos secretário da Receita Federal do Brasil, Tesouro Nacional e Política Econômica. Além disso, o mercado aguarda a indicação de novos ministros importantes para a condução econômica.

A agenda econômica nacional está vazia hoje. Amanhã, a divulgação do IPCA-15, conhecido como a prévia da inflação, pode mexer com os juros futuros.

No exterior, principais mercados operando próximo a estabilidade após ganhos nas sessões de ontem. Na China, o principal indicador das empresas de tecnologia na Bolsa de Hong Kong subiu 4,61% com reforço de medidas de estímulo econômico no setor imobiliário local e notícias indicando avanço na reabertura chinesa, apesar do número de casos de Covid terem disparado nos últimos dias.

O minério de ferro fechou a primeira parte da sessão em Singapura em queda de pouco mais de 1%, mas ainda cotado acima dos US$ 110 a tonelada. O petróleo era negociado em alta de 1,90%, com o barril tipo Brent a US$ 83,72.

O Antagonista

Câmara aprovou em 1º turno nesta terça-feira (20.dez.2022) o texto-base da PEC (proposta de emenda à Constituição) que autoriza o futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastar fora do teto de gastos para cumprir promessas de campanha.

O texto aprovado por 331 votos favoráveis e 168 contrários permitirá pagar o Auxilio Brasil de R$ 600 – que poderá voltar a ser chamado de Bolsa Família – e R$ 150 para crianças até 6 anos em 2023. O rompimento do teto terá impacto fiscal de mais R$ 200 bilhões. A equipe de transição de Lula precisava de 308 votos para conseguir aprovar a proposta.

A proposta ainda precisa ser votada em 2º turno, além de um 3º destaque, do Novo, que foi adiado para quara-feira (21.dez). Os outros 2 destaques -trechos votados separados que podem alterar o texto- foram analisados nesta terça (20.dez): do PL e do Republicanos.

A proposição do Partido Liberal, que retira do texto o trecho que autorizava à equipe de transição sugerir a destinação dos R$ 145 bilhões fora do teto de gastos, foi aprovada com 393 votos a favor.

Já a proposta do Republicanos, que propunha suprimir o dispositivo que prorrogava para 2024 a regra de uso livre dos 30% das receitas de contribuições sociais, foi reprovada com 326 votos contrários.

O tempo de vigência da proposta era o principal ponto de discordância entre os congressistas. Parte dos deputados do Centrão queria reduzir o prazo de 2 anos para 1 ano.

Poder360

Foto: REUTERS/Adriano Machado

 

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Estouro deve ser votada nesta terça-feira (20) no plenário da Câmara, conforme anunciado pelo presidente da Casa na última quinta-feira (15).

A PEC que busca viabilizar o pagamento de R$ 600 mais o adicional do Auxílio Brasil –ou Bolsa Família, caso o nome seja alterado– no ano que vem.

A aprovação da PEC do Estouro estava travada na Câmara por conta da disputa entre os partidos por cargos na futura Esplanada dos Ministérios.

No domingo (18), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniram para tentar resolver o impasse.

O grupo ligado a Lira quer postos no primeiro escalão do governo para garantir os votos, mas Lula resiste.

No mesmo dia, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na noite que os benefícios destinados a garantir uma renda mínima aos brasileiros sejam excluídos do teto de gastos.

Ele também afirmou que os recursos para o aumento do benefício podem ser obtidos pela abertura de um crédito extraordinário por meio de medida provisória.

A medida interfere diretamente na queda de braço entre o governo eleito e o Congresso para a aprovação da PEC do Estouro, que provoca um aumento das despesas públicas de cerca de R$ 200 bilhões.

Com o aval do STF para reajustar o Bolsa Família por meio de medida provisória, o governo eleito fica menos dependente da aprovação da PEC.

CNN Brasil

Foto: REUTERS/Adriano Machado

Depois de adiar, por falta de consenso, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Estouro, que abre espaço para um Bolsa Família de R$ 600, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) deve se reunir nesta sexta-feira (16), em Brasília, com presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para discutir o alinhamento da proposta.

O senador Jaques Wagner (PT-BA), articulador da PEC no Senado e futuro líder do partido na Casa, também estará presente.

A ideia é diminuir a dificuldade de articulação política que o governo eleito enfrenta para viabilizar a votação do texto original, como chegou do Senado, com valor de quase R$ 200 bilhões e dois anos de vigência.

Lideranças do centrão insistem em apoiar um valor menor, de R$ 80 bilhões, com vigência reduzida de um ano.

Lira passou a semana em conversas com líderes partidários para resolver as dificuldades, mas a votação da PEC acabou sendo adiada para a próxima terça-feira (20), também em meio a votação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade das emendas de relator.

CNN Brasil

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

 

Aprovada no Senado com ampla margem de votos, a PEC da Transição, que retira o Bolsa Família da regra teto de gastos, enfrenta dificuldade para ser votada na Câmara dos Deputados.  A dificuldade é admitida tanto pelo relator da proposta na Casa, Elmar Nascimento (União-BA), quanto parlamentares do PT. Ambos admitem não haver hoje votos suficientes para aprovar a PEC.

A conta é um pouco diferente, dependendo do interlocutor, mas o resultado é o mesmo. Elmar tem dito, nos bastidores, que a a proposta teria hoje apenas 200 votos favoráveis. Por esse cálculo do relator, faltariam, então, mais 108 para alcançar os 308 votos mínimos necessários para aprovação de uma emenda constitucional.

No PT, a conta é de 250 votos a favor da PEC até o momento. O partido diz que o restante seria completado com cerca de 90 votos que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), teria prometido entregar. O problema, contudo, é que tanto a base do futuro governo Lula, quando parlamentares do Centrão admitem que Lira, no momento, não consegue entregar esses votos.

Alternativas

O principal motivo seria a “sangria” desatada pelo voto da presidente do STF, Rosa Weber, pelo fim das emendas de relator, base do chamado orçamento secreto e principal ferramenta de Lira para controlar sua base.

Outra possível solução seria atrair votos do Centrão com mudanças no texto. Lideranças do bloco admitem apoiar a PEC, caso o valor fora do teto seja reduzido para menos de R$ 100 milhões e o tempo de duração passe para um ano.

Essa alternativa, até o momento, é rechaçada pelo PT. Petistas dizem que, caso haja mudanças, a ordem de Lula é desistir da PEC e buscar outras alternativas para viabilizar o Bolsa Família.

A principal alternativa, defendida por caciques do MDB, seria o presidente eleito editar uma medida provisória em janeiro abrindo créditos extraordinários no orçamento.

Metrópoles

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), marcou para a próxima terça-feira (13) a votação da Proposta de Emenda à Constituição

Foto: reprodução/CNN Brasil

que trata da liberação de recursos extras, fora do teto, para programas sociais.

Conhecida como PEC do estouro, por ultrapassar o limite orçamentário previsto para gastos públicos, a emenda é a principal aposta do novo governo para cumprir promessas de campanha. Lira incluiu a proposição no texto de outra proposta de emenda que trata da liberação de recursos para as universidades.

A anexação do texto permite uma tramitação mais rápida, fazendo com que as mudanças entrem em vigor já para o orçamento de 2023. Se aprovado o mesmo texto que já passou pelo Senado, a alteração legislativa permite o pagamento de R$ 600 para beneficiários do Bolsa Família, mais R$ 150 por filho e aumento real do salário mínimo, que pode ser fixado em R$ 1.312.

Uma sessão deliberativa semipresencial também foi marcada para segunda. De acordo com fontes, a reunião foi convocada para ajudar na contagem dos prazos necessários para aprovação do texto. A legislação prevê o respeito ao intervalo entre sessões da Câmara para votar mudanças na Constituição.

No senado, a medida passou com 64 votos favoráveis entre 81 senadores. Na Câmara, podem ocorrer alterações no texto. Atualmente, a previsão é de um gasto extra-teto de R$ 145 bilhões.

Do valor total, R$ 70 bilhões são para complementar R$ 105 bilhões já previstos ao Bolsa Família, R$ 16,5 bilhões para a saúde, R$ 12 bilhões a educação e R$ 6,8 bilhões para aumento do salário mínimo e mais R$ 6 bilhões para programas de moradia.

R7

Charge do Clayton (O Povo)

Por Pedro do Coutto

Na noite desta quarta-feira, o Senado aprovou por larga margem a emenda constitucional projetada pelo presidente eleito, Lula da Silva, para assegurar a continuidade do novo Bolsa Família e cobrir as lacunas urgentes deixadas pela atual administração. No O Globo, reportagem de Fernanda Trisotto, Manoel Ventura, Natália Portinari e Bruno Góes focaliza amplamente o assunto. A emenda alcançou 64 votos, quando eram necessários apenas 49. Prova de que o governo consolidou uma base nessa Casa do Congresso. Provavelmente, o desfecho na Câmara dos Deputados será semelhante.

APOIO – O governo inicia, assim, a sua atividade apoiado por uma maioria parlamentar importante e que não deve causar qualquer problema à etapa que começa em 1º de janeiro. Mas o problema é a reorganização do governo que implica também na reorganização do próprio país, pois uma coisa não vive sem a outra.

O Globo iniciou uma série de matérias de página inteira com o título “E agora, Brasil” ?, inspirado, é claro, na poesia de Drummond de Andrade “E agora, José?”. Um marco no tempo, nos projetos, nas situações encontradas e nas modificações que deverão ocorrer. É importante que a equipe de transição do PT conclua por um relatório final capaz de revelar em detalhes  para o interesse da população, a real situação econômica, financeira e social em que o Brasil se encontra. Problemas não faltam. Ana Bottallo e Samuel Fernandes, Folha de S. Paulo de ontem, por exemplo, destacam o problema dos cortes na área da Educação que deixaram 200 mil alunos bolsistas sem recursos. Uma parte dos atingidos protestou ontem na Cinelândia. Afinal, contavam receber o que lhes era devido.

DISPOSITIVO – Enquanto isso, foi acrescentado pelo senador Fernando Bezerra um dispositivo na PEC do Orçamento permitindo, aliás como fora proposta pelo senador Flávio Bolsonaro, a aplicação de R$ 24 bilhões, saldos não sacados no PIS/PASEP, para serem usados em investimentos públicos no período que se aproxima.

O PIS é a contribuição dos empregadores particulares para os seus funcionários. O PASEP é a contribuição de órgãos públicos para servidores. Provavelmente, essa omissão decorre ou de desconhecimento das pessoas ou do falecimento dos titulares das contas.

TENTATIVA DE GOLPE – No Peru, o ex-presidente Pedro Castillo, depois de anunciar o fechamento do Congresso e a convocação de novas eleições, terminou sofrendo impeachment do mesmo Congresso, destituído e preso após a tentativa fracassada quando se dirigia para a Embaixada do México para pedir asilo.

Assumiu a vice-presidente Dina Boluarte. Tudo isso aconteceu num espaço de tempo de três horas. O ritmo dos fatos parecia o de uma comédia chapliniana. Mas a tentativa de golpe foi uma tragédia.

CONTRASTES –  Reportagens de Bela Megale, no O Globo, e de Luís Vassalo e Gustavo Queiroz, Estado de S. Paulo, destacaram a iniciativa do PL do Paraná que está recorrendo à justiça para cassar o mandato do senador eleito, Sergio Moro.

Logo ele que apoiou totalmente a candidatura de Jair Bolsonaro. Acusando golpe, Moro procurou o presidente da República, mas Bolsonaro afirmou que o problema é do PL do Paraná. O motivo apresentado pela legenda é o de que as contas da campanha de Sergio Moro encontram-se ainda sob investigação. Não tendo, portanto, sido aprovadas.

A IMAGEM DA MULHER –  Na coluna de ontem, escrevi sobre a imagem da mulher, a mais focalizada, observada de todo o mundo. Escrevi sobre as restrições de países do Oriente Médio sobre a liberdade feminina. Uma escravidão cujas algemas está nas vestes e no véu obrigatório.

Ontem mesmo, 12 manifestantes contra esses absurdos foram condenados à morte no Irã, conforme publicações. Mas quero apenas acrescentar a respeito da presença da mulher na publicidade. O seu vulto, o seu corpo, suas vestes multicoloridas, sua elegância são objetos visuais de desejo e que envolvem as peças publicitárias num clima de sensualidade fundamental para a vida humana.

PUBLICIDADE  – Podem observar a presença da mulher na publicidade na TV. É enorme e bem feita na maioria dos casos. Uma peça da Samsung, por exemplo, recentemente exibida, impressiona muito pela beleza estética, pela inteligência do jogo das imagens e pelo gesto da mulher que observa a Monalisa, obra-prima de Leonardo da Vinci.

Se compararmos as roupas masculinas com as usadas pelas mulheres, vamos constatar a gigantesca diferença na multiplicidade de cortes, estilos, cores, de mistura entre o corpo e os tecidos. Um outro plano para valorizar ainda mais a presença da mulher na comunicação e em todo o mundo.

O impacto fiscal total da versão da PEC do Estouro que o Senado vota nesta quarta-feira (7) pode alcançar ao menos R$ 204,1 bilhões. A estimativa leva em conta os dispositivos que liberam até R$ 24,6 bilhões de contas do PIS/Pasep, R$ 7,5 bilhões para a Fiocruz e R$ 5 bilhões para universidades.

O relator da PEC, Alexandre Silveira (PSD-MG), escreveu em seu parecer que o impacto fiscal seria de R$ 168,9 bilhões. Mas, sem detalhar valores, incluiu no texto novas exceções permanentes ao teto de gastos que fazem o furo total superar os R$ 200 bilhões. A estimativa do impacto fiscal total da PEC é do especialista em orçamento público Dalmo Palmeira.

As exceções permanentes se somam à folga de R$ 145 bilhões que o texto abre no teto de gastos em 2023 e 2024. Apesar de ser mais um furo no mecanismo, o relator da PEC descreveu a medida como uma “ampliação” do teto. O valor é fruto de um corte de R$ 30 bilhões da quantia proposta inicialmente, de R$ 175 bilhões, que corresponde ao custo total do Auxílio Brasil de R$ 600 e do adicional de R$ 150 por família beneficiária com crianças de até 6 anos.

Para aprovar a PEC na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), senadores aliados do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aceitaram a redução da cifra.

Foto: Pedro França/Agência Senado

O que não estava claro era o impacto fiscal das exceções permanentes ao teto de gastos.

Em seu parecer, Silveira afirma que o efeito fiscal das despesas realizadas com recursos próprios, doações e convênios “é nulo, porque a despesa é realizada na medida que há receitas equivalentes”.

Eis os tipos de despesa que a PEC tira do teto:

  • dinheiro de contas do PIS/Pasep sem movimentação há mais de 20 anos – até R$ 24,6 bilhões;
  • investimentos pagos com excesso de arrecadação – até R$ 23 bilhões;
  • despesas da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) pagas com receitas próprias, doações ou de convênios – R$ 7,5 bilhões;
  • despesas de instituições federais de ensino pagas com receitas próprias, doações ou de convênios – R$ 5 bilhões;
  • projetos socioambientais pagos com doações ou recursos de acordos judiciais e extrajudiciais – R$ 42 milhões;
  • investimentos em infraestrutura de transportes pagos via empréstimos junto a organismos multilaterais – sem valor estimado;
  • obras e serviços de engenharia executados pelo Exército com dinheiro de transferências de Estados e municípios – sem valor estimado.

Os valores que a PEC liberaria para a Fiocruz, as universidades e os projetos ambientais estão previstos no PLOA (projeto de lei orçamentária anual) 2023.

Já o valor em contas esquecidas do PIS/Pasep está no último balanço divulgado pela Caixa Econômica Federal, em agosto. Segundo a Caixa, o dinheiro foi deixado por 10,6 milhões de pessoas que trabalhavam com carteira assinada ou como funcionários públicos de 1971 a 1988.

Poder 360

O artigo mais relevante da PEC fura-teto para lubrificar o apoio à proposta no Congresso é o que permite liberar até R$ 22,97 bilhões que podem ser gastos ainda em 2022, sem grandes vinculações sobre como o dinheiro será empregado.

Na prática, parte desse dinheiro servirá para liquidar até 31 de dezembro de 2022 o pagamento das chamadas emendas de relator, do tipo RP 9 (uma classificação interna do Congresso). Parte da mídia chama esse tipo de gasto de “orçamento secreto”, embora tudo seja publicado no Diário Oficial da União quando o dinheiro é liberado.

Segundo o Poder360 apurou, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), gostaria de pagar cerca de R$ 10 bilhões em emendas de relator para os deputados ainda em 2022. Isso deixaria ainda mais garantida a reeleição de Lira para mais um mandato de 2 anos no comando da Câmara –a eleição é na 1ª semana de fevereiro, depois da posse dos novos deputados (em 1º de fevereiro de 2023).

Os deputados terão de ponderar o que vale mais. De um lado, ter cerca de R$ 10 bilhões para irrigar projetos em suas bases eleitorais no interior do país. A contrapartida é que darão a Lula dezenas de bilhões de reais para pagar benefícios sociais e ainda ter um troco para outros projetos durante 2 anos. O petista pode consolidar o seu governo com esses recursos e tornar a vida dos deputados que hoje pretendem ser oposição muito mais difícil.

06
dez

Na pauta

Postado às 7:10 Hs

Enfim, PEC fura-teto na pauta

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), marcou para amanhã a votação da PEC fura-teto, mas dependerá da análise da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que ainda não definiu uma data para votar o texto, segundo o site Poder360. A proposta estipula que o Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, seja pago fora do teto de gastos públicos.

Também permite investimentos fora do teto quando houver alta arrecadação de impostos. A data da votação atende às expectativas do grupo político de Lula, que espera que a CCJ vote a PEC amanhã de manhã e que o plenário seja analisado durante a tarde. O presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União Brasil), é o provável relator da PEC.

A partir daí começa a última contagem informal de votos. É quando os lulistas saberão se a proposta tem viabilidade ou se será necessário fazer mais alterações para obter apoio de senadores. O calendário é apertado. É necessário ter aprovação no Senado e na Câmara ainda neste ano. O Legislativo trabalha só até 22 de dezembro. Depois, começa o recesso.

A PEC foi apresentada no Senado em 28 de novembro e é a aposta do governo eleito para bancar promessas de campanha, principalmente na área social. A proposta tem como objetivo acomodar o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 no Orçamento de 2023. O texto apresentado pelo governo eleito também propõe retirar R$ 23 bilhões do teto de gastos para investimentos, em caso de excesso de arrecadação.

Sem explicações – O PT ainda não especificou onde o saldo de recursos será aplicado. A PEC também deixa de fora “despesas com projetos socioambientais ou relativos às mudanças climáticas” que sejam “custeadas por recursos de doações”, como os repasses do Fundo Amazônia. A proposta também permite gastos, sem atingir a regra do teto, de receitas que universidades federais obtiverem por conta própria, como por convênios e doações.

A janela de oportunidades aberta pela PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da transição no balcão de negócios da política em Brasília fez crescer os olhos do centrão. Em meio às negociações, partidos até então da base do presidente Jair Bolsonaro (PL), colocaram o pé na porta para articular espaços no próximo governo, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na última semana, outras preocupações mais urgentes dos parlamentares, como o bloqueio de emendas, colocaram a prioridade de Lula em segundo plano no Congresso. O grupo colocou na balança o pagamento dos recursos em troca de apoio à PEC, que sequer teve o texto concluído e encaminhado às lideranças partidárias. As informações são do UOL. Há, ainda, uma série de reivindicações que travam o andamento da proposta, como a formação de blocos partidários, a eleição da Presidência da Câmara e do Senado e o prazo para o pagamento do Bolsa Família fora do teto de gastos. Aliados de Lula correm contra o relógio para barganhar um melhor cenário no Congresso, uma vez que não elegeu uma das maiores bancadas nas duas Casas.

Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

As dificuldades em avançar com a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que permite a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) furar o teto de gastos públicos para bancar promessas de campanha acirraram e expuseram disputas internas do PT nas últimas semanas. É consenso no partido que há problemas na articulação da proposta, que deve começar a tramitar no Senado. O diagnóstico, porém, dividiu deputados e senadores.

A bancada na Câmara tentou puxar o início da tramitação da PEC para a Casa Baixa na última semana, desagradando aos senadores do partido. Além disso, há descontentamento de petistas com o senador eleito Wellington Dias (PT-PI). Diversos correligionários, reservadamente, colocam na conta dele o fato de a PEC ter empacado. Em algumas conversas também sobra para o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA).

O novo governo defende que sejam retirados do teto de gastos R$ 198 bilhões para bancar os R$ 600 do Auxílio Brasil em 2023 e para ajustar o orçamento de outros gastos sociais. Querem que a vigência das regras valha por 4 anos.

Líderes do Centrão, porém, já disseram que só topam a aprovação da PEC se a validade do texto for de 1 ano e com um valor próximo a R$ 80 bilhões. Além disso, o grupo quer negociar diretamente com Lula, que terá a caneta na mão em 2023, e não com seus aliados. A falta de acordo fez com que a apresentação oficial da PEC fosse postergada ao longo das últimas semanas. Agora, a expectativa é que o texto seja divulgado na 3ª feira (29.nov).

COBRANÇA POR MINISTROS

A cobrança por nomeação de um ministro da Fazenda, verbalizada publicamente por Jaques Wagner, é quase unânime dentro do PT. Também há uma demanda pela indicação de um ministro de articulação política. Lula, porém, não dá pistas sobre quando anunciará os nomes nem para os aliados mais próximos. Com a pressão, a expectativa de petistas é de que o presidente eleito faça as indicações na próxima semana.

Com informações de Poder360

Foto: ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO

 

Sem consenso para garantir a aprovação e ainda em fase de construção, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do estouro deve chegar ao Senado na próxima semana. Nesta quinta-feira (24), o autor da matéria e relator-geral do Orçamento de 2023, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), afirmou que vai protocolar o texto até terça-feira (29).

A expectativa da equipe de transição era que a PEC já estivesse construída e amarrada nesta semana, para ser discutida e votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na terça (29). A demora se dá pela necessidade de articulação com os demais parlamentares que não fazem parte da base aliada do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Os dois grandes desafios que temos para que o país continue funcionando são a aprovação da PEC do Bolsa Família e o Orçamento do próximo ano. Para que possamos focar na elaboração do orçamento de 2023, precisamos que a PEC seja aprovada no Senado e na Câmara até o dia 10 de dezembro”, afirmou Castro.

O PT tem pressa para aprovar a PEC e admite que o tempo é um dificultador. Por isso, trabalha para afinar o texto com o objetivo de não encontrar muitas barreiras quando a tramitação começar. “Irei protocolar o texto da PEC para darmos celeridade à aprovação da matéria nas duas Casas e garantirmos a continuidade do pagamento dos R$ 600 do Bolsa Família e mais R$ 150 por criança de até 6 anos de idade”, completou Castro.

A ideia inicial do governo de transição era que a PEC contasse com todo o montante necessário para pagar o incremento do Auxílio Brasil. Os R$ 105 bilhões já previstos no Orçamento de 2023, para garantir R$ 405 do benefício, serviriam para bancar outras promessas de campanha, como o aumento real do salário mínimo, além de programas na área da saúde, educação e obras que não tiveram verba prevista para o próximo ano.

O estouro no teto de gastos seria permanente ou pelo menos pelos próximos 4 anos, de acordo com a proposta almejada pelo PT. No entanto, não há consenso para nada além do que garantir o incremento do Auxílio Brasil apenas para 2023.

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Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Os gráficos da Bolsa de Valores brasileira mostram o mau humor do mercado com os últimos anúncios da equipe da transição de governo e as recentes manifestações do presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva (PT) sobre o futuro econômico de sua terceira gestão à frente do país. As sucessivas quedas nas cotações das principais empresas de capital aberto contrastam com o tamanho do impacto orçamentário que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pelos petistas para manter o Auxílio Brasil, que voltará a ser chamado de Bolsa Família, em R$ 600.

No dia 11 de novembro, em primeira manifestação como próximo chefe do Executivo aos políticos apoiadores da sua candidatura, Lula chamou o mercado de “sensível” e afirmou que a sua regra de ouro é “garantir que nenhuma criança vá dormir sem tomar um copo de leite”. Ao atacar o teto de gastos e a principal regra constitucional que proíbe o aumento de gastos para despesas correntes, o Ibovespa registrou quase 4% de queda – com uma desvalorização de R$ 156,269 bilhões em valor de mercado –, também com uma disparada no dólar, que passou a ser cotado em R$ 5,40.

Sem ministro da Fazenda definido para explicar os planos da economia para os próximos meses, o coordenador da equipe de transição e vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB) esteve no Senado Federal e na Câmara dos Deputados na última quarta-feira, 16, para entregar uma sugestão de PEC que prevê um rombo orçamentário de quase R$ 200 bilhões para cumprir promessas de campanha, fora do teto de gastos e sem data para que o aumento nas despesas tenha fim. O site da Jovem Pan conversou com economistas para entender o impacto da proposta no orçamento do próximo ano e nas contas públicas do governo brasileiro.

Na visão de Rodrigo Moliterno, Head de Renda Variável da Veedha Investimentos, embora o mercado financeiro tenha entendido a necessidade de haver uma proposta para garantir o pagamento dos R$ 600, o “derretimento” do Ibovespa se deve à indefinição quanto às diretrizes da proposta, como o tempo de duração e a quantia necessária para financiar as promessas de campanha. “Essa falta de comprometimento com a estratégia fiscal é um cheque em branco, sem data específica e sem valor. Ninguém quer chancelar o cheque em branco. Voltaria inflação, teria mais juros”, disse o economista após chamar a proposta de “PEC do Apocalipse” e acusar o novo governo de não ter responsabilidade fiscal.

“Mercado não é ‘confie em mim’, é ‘show me the money’”, acrescenta. Ao longo da campanha eleitoral, Lula ressaltou que a garantia de que seu terceiro mandato seria responsável em termos fiscais seria o desempenho produzido nas primeiras gestões. Em 27 de outubro, o então candidato petista disse seu futuro ministro da Economia precisaria conciliar “responsabilidade fiscal e social”. Passada a eleição, em 17 de novembro, o presidente eleito mudou seu discurso e afirmou que “não adianta” ter uma responsabilidade fiscal sem pensar na questão social.

Para Igor Lucena, economista e doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Lisboa, o mercado financeiro já teria precificado uma proposta de PEC da Transição com um “waiver”, ou seja, uma licença para gastar, entre R$ 50 bilhões e R$ 70 bilhões para custear o pagamento do Bolsa Família em R$ 600 no próximo ano. Porém, a decisão da equipe em apresentar uma sugestão de texto com quase o triplo do esperado criou estresse nos economistas.

De acordo com o especialista, os petistas criaram um projeto que prevê aumentar o gasto público em quase R$ 200 bilhões sem tempo determinado em uma situação diferente do negociado. “Ou seja, no próprio mandato do presidente Lula, você estaria incorrendo em quase R$ 800 bilhões em dívidas. Casas de análises colocaram isso, somando ao aumento do salário mínimo real, com a trajetória da dívida do Brasil explodiria e chegaria próximo aos 100% nos próximos anos”, explicou. Nesta sexta-feira, 18, a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado projetou que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) pode chegar a 95,3% em relação ao PIB até 2031. Segundo a IFI, a PEC da Transição é um dos principais fatores para o crescimento da dívida pública.

Lucena ressalta, porém, que o “mercado não é um monte de gente sentado em uma mesa na Faria Lima”, e ressalta que sua composição é feita de “gestores de gestão da Petrobras, do Correios, de professores de escolas universitárias” que precisam de resultados palpáveis em seus investimentos. “Quando você encontra um projeto como aquele que foi apresentado, todo mundo joga para cima dólar e juros. Não foi uma reação exagerada [o derretimento do mercado]”, considera Lucena, que discorda da avaliação de ser um projeto que apresenta um cheque em branco, mas afirma: “Prefiro dizer que foi pedido muito, porque dinheiro não cai em árvore. Foi pedido algo que as gerações subsequentes não conseguirão pagar”. Ambos os economistas, porém, entendem que o valor aprovado pelo Congresso Nacional será de, no máximo, R$ 80 bilhões, apenas com o Auxílio Brasil sendo custeado fora do teto de gastos e válido somente para o próximo ano.

Jovem Pan

Depois de partir para o confronto com o mercado financeiro, ao não se comprometer com a responsabilidade fiscal, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva baixou o tom, ontem, e prometeu fazer uma gestão responsável das contas públicas. Ele afirmou que, assim como nos dois mandatos em que comandou o país, seguirá a receita de zelo com o Orçamento. Portanto, acrescentou, não há razão para se ter medo.

“Aprendi com a minha mãe, que era analfabeta, que a gente só pode gastar o que a gente tem ou o que a gente ganha. Mas se a gente tiver de fazer uma dívida para construir um ativo novo, que faça com responsabilidade, para que o país volte a crescer”, afirmou. “Então, vou cuidar do povo brasileiro com muito respeito, com muita autoridade. Quero dizer, em alto e bom som, que tenho um compromisso com o povo brasileiro, e vou cuidar desse povo como ninguém jamais cuidou”, acrescentou. As informações são do Correio Braziliense.

O líder brasileiro também disse ter humildade suficiente para ouvir os conselhos de economistas como Armínio Fraga, Edmar Bacha e Pedro Malan, seus eleitores, que o alertaram, em carta aberta ao país, sobre os riscos de se acabar com o teto de gastos e não se comprometer com nenhuma política fiscal. Para os economistas, o desequilíbrio das finanças públicas resulta em mais inflação e baixo crescimento, sendo os mais pobres, que Lula promete proteger, os principais prejudicados. Responsabilidade fiscal e responsabilidade social andam juntas, enfatizaram.

“Eu ainda não li a carta, mas fiquei feliz quando companheiros me ligaram dizendo que tinham lido uma carta de pessoas importantes, inclusive de ex-ministros, me alertando sobre problemas econômicos e me aconselhando. Sou um cara muito humilde. Gosto de conselho e, se for bom, vocês podem ter certeza de que eu sigo”, destacou.

O temor de um descontrole fiscal no terceiro mandato de Lula — que começará em janeiro — aumentou diante da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, elaborada para retirar do teto de gastos os recursos destinados ao Bolsa Família e a outras despesas, em um total de cerca de R$ 200 bilhões.

Foto: Reprodução

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), apresentou ao Senado no início da noite desta quarta-feira (16) a minuta do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição.

A PEC deverá apontar as mudanças no Orçamento Federal para viabilizar as promessas de campanha do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como o Bolsa Família (atual Auxílio Brasil) de R$ 600 e o aumento do salário mínimo acima da inflação. O relator do Orçamento para 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), afirmou em entrevista coletiva que o texto tem “R$ 175 bilhões fora do teto e sem prazo definido”.

CNN Brasil

Foto: KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO-13/10/2022

 

O dólar saltou frente ao real nesta quarta-feira (16), com investidores buscando proteção conforme aguardavam definições sobre o gastos extra-teto que serão incluídos na PEC da Transição, além do tempo de vigência das exceções, em meio ainda a receios externos na esteira de dados econômicos norte-americanos mais fortes do que o esperado.

A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 1,50%, a R$ 5,3824 na venda, depois de mais cedo ter saltado até 1,83%, a R$ 5,3995. Na B3, às 17h06 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,84%, a R$ 5,4045.

O Ibovespa, índice de referência do mercado brasileiro, despencou 2,58%, a 110.243,33 pontos, nesta quarta-feira pós-feriado, mais uma vez pressionado por preocupações sobre o potencial desfecho envolvendo a PEC da Transição e rumores ligados à equipe econômica do governo eleito.

No pior momento, chegou a 109.512,22 pontos (-3,49%). O giro financeiro foi elevado, somando R$ 51 bilhões, em dia marcado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa. Na sexta-feira, expiram contratos de opções sobre ações.

O vice-presidente eleito e coordenador da transição de governo, Geraldo Alckmin, apresentará o texto da PEC da transição de governo nesta quarta-feira, às 19h, no Senado, segundo informou o gabinete do relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI). Uma entrevista coletiva deve ocorrer às 20h.

Mais cedo, o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), disse que o texto da PEC não trará prazo de duração da exceção à regra fiscal, mas a expectativa nos mercados é de que ela dure pelo resto do mandato de Lula.

R7

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