Por Mauro Ferreira Lima*
Após o desdém inicial com relação ao coronavírus, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mudou o tom.
Como tem moeda forte, anunciou um “socorro” de 2 trilhões de dólares (sic). US$ 150 bilhões a mais do que o PIB do Brasil de 2019, para que a economia local não desagregue geral. Esperto e com fino faro, assim agiu tendo em vista as eleições próximas. Será imbatível, tudo indica.
Por aqui, o Bolsonaro bate-boca constantemente com os governadores, com foco no governador Doria. Reporta-se diretamente a uma eleição que já passou e dá um salto para a que virá em 2022. Destempero explícito!
Fala do passado e do futuro. Já do presente, apenas muita verborragia e desconexões de pensamentos e de atitudes construtivas. Zero iniciativa convincente para buscar um mínimo equilíbrio entre o combate ao vírus e a manutenção do funcionamento institucional, econômico, social e político do país.
Isto teria que vir apoiado em recursos governamentais (federais, sim!) garimpados no meio desta drástica emergência para socorrer as atividades econômicas. Aí se inclui o universo de empresas de todos os portes. Em paralelo, teria que se “acudir” o exército, destituídos de segurança financeira mínima, que sobrevivem na atroz informalidade cotidiana nacional.
Tarefa hercúlea que exigirá a superação urgente de idiossincrasias políticas sob pena de, realmente, virarmos a curto prazo em um Chile conflagrado. 12 vezes mais do que vimos há pouco tempo por lá.
O Brasil, de 211 milhões de habitantes, corre sério risco de esfacelar-se profundamente se esse cenário de digladiação e carnificina política continuar. Para quem tem fé religiosa, urgem orações e correntes fervorosas para sairmos disso.
*Professor da Universidade de Pernambuco e mestre em Desenvolvimento Socioeconômico e Meio Ambiente
Faleceu nesta sexta-feira (27) no Rio de Janeiro o desenhista, pintor e cartunista Daniel Azulay. O artista plástico, de 72 anos, estava internado havia duas semanas no CTI da Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul carioca. Daniel lutava contra a leucemia e contraiu coronavírus, segundo o setor de internação da unidade.
Daniel ganhou notoriedade no Brasil inteiro nos anos 70 e 80 por participar de programas educativos para públicos infantis, como a Turma do Lambe Lambe, em canais como TV Educativa e Bandeirantes. Posteriormente continuou trabalhando em outros programas e projetos na internet. Pita, Piparote, Ritinha, Damiana, Xicória, Gilda, Professor Pirajá, Bufunfa e Tristinho eram os personagens da Turma do Lambe-Lambe.
O trabalho de Daniel também ensinava a importância de conceitos como sustentabilidade e meio ambiente. Ao longo da carreira, o artista também foi envolvido em vários projetos sociais.
G1
A Justiça Federal proibiu, na tarde desta sexta-feira (27), o governo federal de adotar medidas contrárias ao isolamento social como forma de prevenção da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Também suspendeu a validade de dois decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que classificaram igrejas e casas lotéricas como serviços essenciais, o que permitia seu funcionamento mesmo com proibições de aglomerações em estados e municípios. A medida tem efeito imediato e vale para todo o Brasil.
A decisão liminar atende pedido feito pelo (Ministério Público Federal). Nela, o juiz federal Márcio Santoro Rocha, da 1ª Vara Federal de Duque de Caxias, determina que o governo federal e a prefeitura de Duque de Caxias “se abstenham de adotar qualquer estímulo à não observância do isolamento social recomendado pela OMS”. sob pena de multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento da decisão.
UOL
TRT-RN mantém atendimentos de urgência na Central de Apoio à Execução
A Central de Apoio à Execução (CAEX) do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN) montou uma dinâmica de atendimento para partes, advogados e demais interessados durante o período de quarentena.
As solicitações para a análise de casos urgentes devem ser encaminhadas por meio de formulário especial, que será repassado automaticamente ao setor que cuida da demanda. Serão priorizadas as tutelas de urgência e a liberação de valores aos jurisdicionados.
Atualmente, os juízes e servidores do TRT-RN estão trabalhando em regime de teletrabalho, devido à quarentena do coronavírus. O formulário pode ser acessado neste endereço: https://bit.ly/33H6HgV
A ordem cronológica de envio será respeitada. A CAEX permanece disponível nos endereços eletrônicos dint@trt21.jus.br e caex@trt21.jus.br
mar
Papa Francisco reza só e concede indulgência plenária por pandemia de coronavírus
Postado às 17:49 Hs
Atitude inédita permite que mais de 1,3 bilhão de católicos obtenham a indulgência plenária, ou seja, o perdão de seus pecados, em meio a medidas de confinamento que afetam mais de 3 bilhões de pessoas.
O Papa Francisco rezou nesta sexta-feira (27) sozinho diante da imensa praça de São Pedro vazia e deu a bênção e a indulgência plenária ao mundo pela pandemia de coronavírus que o assola. Não há registro de gesto semelhante na história do Vaticano.
Foi um ritual inédito, durante o qual ele deu a bênção “Urbi et Orbi” (à cidade e ao mundo) a todos os fiéis. A bênção permite que mais de 1,3 bilhão de católicos obtenham a indulgência plenária, ou seja, o perdão de seus pecados, em um momento tão difícil, com medidas de confinamento que afetam mais de 3 bilhões de pessoas.
A bênção extraordinária Urbi et Orbi é a mesma que os pontífices costumam transmitir apenas em 25 de dezembro e no domingo de Páscoa, datas em que se lembra o nascimento e a morte de Jesus. A imagem do chefe da Igreja católica orando sozinho diante da imensa esplanada pelo fim da guerra contra um inimigo invisível é quase cinematográfica.
mar
Brasil tem 92 mortes e 3.417 casos confirmados de novo coronavírus, diz Ministério da Saúde
Postado às 17:19 Hs
O Ministério da Saúde divulgou o mais recente balanço dos casos da Covid-19, doença causada pelo coronavírus Sars-Cov-2. Os principais números são:
92 mortes
3.417 casos confirmados
2,7% é a taxa de letalidade
São Paulo concentra 1.223 casos, e o Rio, 493. No balanço anterior, que marcou o primeiro mês da circulação do novo coronavírus Sars-Cov-2 no Brasil, os números apontavam 77 mortes e 2.915 casos confirmados. Em relação às mortes, o aumento foi de 19%, e de 17% em relação aos casos do dia anterior.
G1
mar
Bancada federal remaneja R$ 65,3 milhões para ações de combate ao coronavírus no RN
Postado às 13:03 Hs
Os deputados federais e os senadores do Rio Grande do Norte remanejaram, nessa quinta -feira (26), R$ 65,3 milhões das emendas parlamentares de bancada para ações emergenciais de combate ao avanço do novo coronavírus no Estado.
O remanejamento diz respeito a emendas ao Orçamento 2020 e será utilizado para custeio e investimentos.
Duas emendas de R$ 14,6 milhões indicadas pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Natal no final do ano passado foram integralmente remanejadas para a realização de ações emergenciais, conforme solicitação da governadora Fátima Bezerra e do prefeito da capital, Álvaro Dias.
Os senadores Jean Paul Prates (R$ 6 milhões), Styvenson Valentim (R$ 3 milhões) e Zenaide Maia (R$ 3,6 milhões) e os deputados federais Beto Rosado (R$ 9,6 milhões), Fábio Faria (R$ 7,3 milhões), Natália Bonavides (R$ 2,3 milhões) e Rafael Motta (R$ 4 milhões), juntos, acresceram ao montante R$ 36 milhões, oriundos de emendas com indicação individual, totalizando os R$ 65,3 milhões à disposição do Rio Grande do Norte.
Os recursos poderão ser utilizados pelo Estado e por municípios. A previsão é de que o pagamento aconteça de imediato.
A possibilidade de remanejamento foi aberta pelo Governo Federal após o reconhecimento do estado de calamidade pública em razão do avanço do novo coronavírus no Brasil.
mar
“A recessão resultante de se tirar a economia da tomada vai gerar muito mais mortes”, diz Flávio Rocha sobre paralisação
Postado às 12:46 Hs
Não cai do céu O empresário Flávio Rocha (Riachuelo), que passou o último ano defendendo uma reforma tributária capaz de desonerar a folha de pagamento com base no resgate de um tributo sobre movimentação financeira, viu seu sonho murchar diante do coronavírus, mas não desistiu do objetivo. Afeito a analogias, ele diz que “não adianta jogar dinheiro de helicóptero, se continuar com o aspirador de dinheiro ligado, ou seja, a arrecadação de impostos, principalmente os incidentes sobre a folha”.
Bem maior Rocha, que pouco se manifestou nos últimos dias no debate sobre a eficácia do confinamento para frear o coronavírus, avalia que é tudo um “falso dilema”. Para ele, alguns de seus colegas empresários que recentemente atacaram a quarentena acabaram sendo mal interpretados.
A vida é… “Ou são vidas ou é a economia. Não se trata disso. O bem maior é a vida. Não são só vidas do coronavírus. São vidas que serão perdidas com desemprego, desalento, violência, que serão mais numerosas”, afirma ele.
…feita de escolhas Rocha faz comparações entre as mortes provocadas por H1N1 ou por acidentes de carro com aquelas que o novo coronavírus vem causando.
Cinto de segurança “Poderíamos ter evitado mortes proibindo o automóvel, com um impacto muito menor do que desligar toda a economia: bastaria desligar os veículos. Pouparia 10 mil vezes mais vidas do que o coronavírus”, diz ele.
Paralisação Na semana passada, a Riachuelo suspendeu as atividades de lojas e fábricas da marca.
“Há maneiras de não parar a economia sem colocar a população em risco. A recessão resultante de se tirar a economia da tomada vai gerar muito mais mortes
Flávio Rocha
presidente do conselho de administração da Riachuelo
Painel – Folha de São Paulo
mar
Jair Bolsonaro menospreza a pandemia e diz que brasileiro mergulha no esgoto e “não pega nada”
Postado às 12:24 Hs
A Prefeita Olga Fernandes anunciou nesta quinta-feira (26), no programa Canal do Povo, programa de rádio institucional da Prefeitura de Martins, o cancelamento do Festival Gastronômico e Cultural de Martins (em julho), em virtude da pandemia do COVID-19 (Corona vírus).
A Gestora ressaltou a importância do evento para o Município, mas enfatizou que no momento, nada é mais importante do que o zelo com a vida dos martinenses, que pode ser posta em risco com um evento que atrairia milhares de pessoas para a cidade.
Além do Festival Gastronômico, a Chefe do Executivo Municipal anunciou também o cancelamento de mais dois eventos que aconteceriam nos próximos meses, a Festa das Mães Martinenses e o Arraiá na Serra.
A medida segue a linha de outras cidades do estado como por exemplo Mossoró, que cancelou o Mossoró Cidade Junina, além de outras tantas cidades e instituições que vêm suspendendo ou cancelando eventos, onde dá-se destaque às olimpíadas que foram adiadas.
Segundo a Prefeita, todos os recursos que seriam investidos nesses eventos serão destinados à Secretaria de Saúde, para serem aplicados na rede de proteção do Município.
Na oportunidade, Olga agradeceu a toda população pela colaboração que vem dando nas ações de prevenção a doença, insistiu que todos sigam as orientações da OMS para sairmos o mais rápido possível dessa situação e exclamou: “FICA EM CASA MARTINS!”.
Por Revista Forum
O governador de São Paulo, João Doria, recebeu ontem ameaças de morte. Ele também recebeu mensagens dizendo que a sua casa seria invadida, nas redes sociais e em seu celular.
Doria fez um boletim de ocorrência e a Polícia Civil vai abrir uma investigação. A Casa Militar do Palácio dos Bandeirantes decidiu cercar a casa do governador durante a noite. As informações foram divulgadas pela jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
Segundo a coluna, a equipe do governador informou ter indícios de que as ameaças partem de um movimento bolsonarista e suspeita de uma articulação do chamado gabinete do ódio, liderado pelo filho do presidente, Carlos Bolsonaro.
Os ataques teriam sido iniciados devido a liderança que Doria estaria mostrando no combate ao coronavírus. Na última quarta-feira, Bolsonaro e Doria bateram boca em videoconferência que reuniu o presidente e os governadores do Sudeste. No Twitter, robôs impulsionaram campanhas de apoio a Bolsonaro e pelo impeachment de Doria, nos últimos dois dias.
Na primeira conferência reunindo os 27 governadores sem a presença do presidente Bolsonaro, na última quarta-feira, para tratar de coronavírus, dá para concluir que houve, na prática, uma desordem federativa. Pela primeira vez, chefes de Estado se confrontaram, na lei e no direito, com o presidente da República. Saíram do encontro ignorando qualquer recomendação do Planalto.
Foram para o confronto. Além de serem unânimes na reprovação ao tom do discurso do presidente na noite anterior em rede nacional de rádio e TV, afirmaram que suas medidas, mesmo desagradando frontalmente o Planalto, estavam mantidas. Em português claro, isso é desobediência civil. Nunca um presidente foi tão desmoralizado. Bolsonaro insultou os governadores na TV, mas nenhum se curvou a ele.
O Brasil é uma Federação de Estados e o ente mandatário é a União, estando os Estados subordinados e obedientes ao que vier de cima. É verdade que o mundo está em pânico e não convém flexibilizar ou afrouxar medidas para conter o avanço do coronavírus no País, como deseja o presidente. Mas o País não tem, na verdade, um líder, um mandatário, um estadista para um momento tão dramático.
Governador nenhum tem instrumentos para se rebelar contra a União. Os Estados estão quebrados, de pires nas mãos, reféns da União, mas, politicamente, nesse episódio, os governadores se fortalecem, falam grosso diante do que seria o rei soberano, porque tomaram medidas em sintonia com a sociedade, em nome da vida, para evitar que a pandemia resultasse no ceifamento de muitas almas.
O País passa pelo momento mais difícil e complicado dos últimos anos. Em meio às turbulências na saúde e na economia, cresce o questionamento sobre a falta de um governante de visão mais ampla de Estado. Estadista é aquele versado nos princípios ou na arte de governar, ativamente envolvido em conduzir os negócios de um governo e em moldar a sua política.
São nos momentos de turbulências que aparecem as qualidades do estadista. Sob seus ombros e sua responsabilidade, decisões são tomadas. Um líder detentor de autoconfiança consegue determinar os caminhos de uma Nação. São nas crises que se agigantam os líderes que dão novo rumo ao sistema político e aos rumos de seus países. É certamente por isso que Jair Bolsonaro não é a mais genuína definição do que vem a ser um estadista.
Blog do Magno